segunda-feira, 9 de maio de 2011

[REFORMANDA] Celebração dos 493 anos da Reforma Protestante (5)



Sola Gratia
“Então lhe disse Davi: Não temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa. Então se inclinou, e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?” (2 Samuel 9:7-8)
Somente pela graça, e unicamente por ela, é que somos abençoados por Deus. A graça é o favor imerecido de Deus às suas criaturas. Tal como Davi favorecendo Mefibosete por amor a Jonatas, assim também nós somos alvos do favor de Deus por causa do amor de Deus Pai à Deus Filho.
Assim como Mefibosete se viu indigno do favor do Rei “Quem é o teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?”, assim também nós devemos nos prostrar em face à maravilhosa graça do Senhor em nos estender o seu favor na pessoa de Cristo. Não temos o direito de estar diante de Deus, mas, unicamente pela Graça, temos o privilégio de estarmos na presença dEle. Somos como um cão morto diante de Deus, somente pela Sua infinita Graça é que somos aceitos diante dEle em Cristo.
A graça exalta a Deus e humilha o pecador. Aqueles que a si mesmo tem se considerado um cão morto têm entendido o real significado da graça de Deus. Hoje onde ouvimos “eu determino”, “eu declaro”, “eu isso”, “eu aquilo”, tais pessoas nada sabem de Deus e muito menos da Sua graça, pois se acham dignos e merecedores das coisas que estão reivindicando diante de Deus.
Auto-exame:
1) Você entra na presença de Deus humilde e confiadamente como um cão dependendo exclusivamente da graça dele ou entra ousada e tolamente como uma pessoa não-convidada na corte real?
2) você reconhece que: (1) o ar que você respirou agora e todo funcionamento biológico correto ou não do seu corpo, (2) todas suas posses ou ausência de posses, (3) todos seus relacionamentos bons ou ruins, (4) e, principalmente, toda sua salvação, incluindo, sua fé, suas boas obras, seu novo coração, sua perseverança na fé, sua santificação e, no final, sua glorificação vem exclusivamente pela graça? E se é pela graça, você não tem o direito de se gloriar por nada? Você entende que se você crê em Cristo hoje e é salvo isso é por conta da graça de Deus e não nada de bom que haja em você (porque não há nada de bom em sua carne)?
3) Você compreende que quando você reclama ou murmura você está insinuando que a graça de Deus não te é suficiente?
fonte: voltemos

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Luto, Alegria: A Morte de Osama Bin Laden





Christopher Morgan
Osama bin Laden está morto.
Como nós Cristãos devemos reagir?
Assistindo às notícias, várias passagens me vieram à mente – tudo desde o ensinamento de Jesus sobre amar e orar pelos inimigos até uma cena forte citada por Tiago sobre um futuro matadouro vindo sobre os opressores do povo de Deus. Quanto mais eu reflito nisso, mais me dou conta de que minha tensão interna é similar àquela outra que senti muitas vezes antes – relacionada com a doutrina bíblica do inferno.
Por mais estranho que possa parecer, o inferno é retratado na Bíblia como tragédia e vitória. O inferno é trágico, assim como é horrível que pessoas se rebelem contra Deus e persistentemente desprezam o Salvador. Deus retarda a sua cólera, é “abundante em amor e fidelidade” (Ex. 34:6-7) e não tem prazer em punir o perverso; Ele só não encontra satisfação na existência do pecado (Ez. 18:23). Jesus, da mesma maneira, ficou de luto e lamentou sobre a perdição humana, o pecado e o juízo iminente (Mt. 23:37; Lc. 19:41; Lc. 23:34). O apóstolo Paulo também partilhou sua perspectiva, sinceramente, desejando e orando pela conversão dos seus companheiros Judeus perdidos, mesmo a ponto de estar disposto a sofrer a ira de Deus por eles (Rm. 9:1-6; Rm. 10:1). O fato de pecadores irem ao inferno é trágico e deve quebrantar nossos corações.
Porém, o inferno é também retratado como o triunfo de Deus. O inferno é ligado ao Seu justo julgamento e ao dia de Yahweh, também chamado “o dia da ira de Deus” (Rm. 2:5). Como tal, o inferno responde (e não levanta) questões fundamentais relacionadas com a justiça de Deus. Através da ira vindoura, julgamento e inferno, a vitória final de Deus sobre o mal é exibida e Sua justiça é vindicada. Há um “conforto” para o inferno (2Tes. 1:5-11; Tg. 5:1-6; Ap. 18-22), como sua dura realidade oferece esperança e encoraja a perseverança nos santos perseguidos. Deus irá julgar a todos e Ele vai vingar Seu povo; Deus vai vencer no fim e a justiça irá prevalecer. E, por intermédio do Seu justo julgamento e da vitória final, Deus irá glorificar a Si mesmo, exibindo Sua grandeza e recebendo o louvor que é devido (Rm. 9:22-23; Ap. 6:10; Ap. 11:15-18; Ap. 14:6-15:4; Ap. 16:5-7; Ap´. 19:1-8).
Embora a comparação não seja perfeita e também por ser em menor escala, tenho tendência a pensar que nós podemos lamentar de forma justa que Osama Bin Laden se opôs ao Deus vivo e verdadeiro e será punido adequadamente. Mas nós também podemos nos alegrar, da mesma forma, na derrota e no julgamento que recai sobre pessoas que são más – e ele era claramente mal e merecedor de toda punição que a terra poderia dar. As danças nas ruas podem não ser meramente um nacionalismo Americano, mas uma resposta apropriada para a exibição parcial da justiça humana, enquanto aguardamos a exibição final e perfeita da justiça divina no tempo que há de vir.
Christopher Morgan serve como professor de teologia e reitor da Escola de Ministros Cristãos da Universidade Batista da Califórnia em Riverside. Ele é co-editor do livro “Hell Under Fire: Modern Scholarship Reinvents Eternal Punishment” e “Faith Comes by Hearing: A Response to Inclusivism”.
 fonte: iPródigo