quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

E a Verdade os Libertará!

João 8.31-36
31 Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. 32 E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
33 Eles lhe responderam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?”
34 Jesus respondeu: “Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. 35 O escravo não tem lugar permanente na família, mas o filho pertence a ela para sempre. 36 Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres. (NVI)


Jesus acabara de receber novos adeptos, o versículo 30 diz que muitos creram em Jesus, sendo assim, Jesus podia já ficar feliz.
Era como um final de culto onde houve apelo e muitos levantaram a mão, o pastor manda alguém pegar os nomes e logo haverão muitos batismos e a igreja vai ter novos membros, isso sem falar no relatório pastoral que vai estar recheado. Todo mundo sai feliz.
Jesus é diferente dos pastores que estão por aí, ele não se dá por vencido quando muitos o abandonam, mas não se dá por vencedor quando muitos dizem crer em suas palavras.
Jesus não está preocupado em ter um numero grande de ouvintes, ele quer discípulos, pessoas que estejam dispostos a fazer mais do que dizer “sim” as suas palavras. Sendo assim, não basta aceitar suas palavras, é preciso seguir seus passos, Jesus anuncia uma importante e impactante frase (Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos). Uma frase antiga diz: "não basta ser pai, tem que participar!” aplicado a Jesus, este dito ficaria assim: “não basta dizer sim, tem que seguir!”
Suas palavras são diretas e dificilmente algum pastor atualmente fala algo assim, pois dizer isso é correr o risco de perder adeptos, e ninguém quer isso, eu vejo pastores reclamando de membros de suas igrejas que dão trabalho, mas eles não estão dispostos a dispensar suas ovelhas trabalhosas, isso diminui a receita da igreja, da descontentamento em muita gente, da mais trabalho se livrar de ovelha ruim do que agüentar as mesmas. A opção menos trabalhosa é sempre a escolhida.
Jesus anuncia isso na frente dos fariseus, que acabaram de perder adeptos para ele, e ainda completa com a frase famosa: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará!”
Jesus viu aquelas pessoas saindo de um sistema opressor para integrarem a nova vida que ele oferece, ele os chamara para caminharem no novo êxodo que ele propusera, sendo assim algo precisava ser acrescentado às mentes que tão tinham a completa noção do que acabaram de fazer, sendo assim Jesus anuncia  sua liberdade, eles não precisavam mais ser oprimidos, não precisavam mais ser escravos de um sistema que era bom para os que estavam no poder.
Com Jesus não temos que estar presos a qualquer coisa, ele nos oferece liberdade, não somente no que se refere a ir e vir, mas também liberdade intelectual, filosófica (seja lá o que isso quer dizer) ou psicológica. Suas palavras são a verdade e a verdade nos torna livres.
De quem somos escravos? Esta pergunta fez eco na cabeça dos fariseus, no exato momento em que Jesus disse a frase acima. Afinal, só precisa de liberdade quem é escravo, eles serviam ao império romano naquele exato momento, mas sua mente hipócrita não admitia isso, sendo assim o convite de Jesus à liberdade fez muito sentido, mas eles sempre batiam no peito para afirmar a linhagem de Abraão (que provavelmente nem tinham) não poderiam admitir que não eram homens livres. Eles mantinham outros em rédeas, não poderiam admitir que eram escravos.
Jesus apresenta a seus seguidores a beleza da opção que eles fizeram: a liberdade. Interessante que a igreja hoje abandonou esta mesma liberdade, no lugar de gozar a liberdade ela prefere dizer que é livre, e para gozar dessa tal liberdade ela se prende em vários sistemas (doutrinários, teológicos, constitucionais, etc).
Jesus mostra a impossibilidade da afirmação dos fariseus em dizer que eram livres afirmando que na vida (cheia de pecados) que eles tinham e propunham não havia liberdade, pois quem peca, é escravo do pecado, e quem é escravo não vive em liberdade. Há portanto dois caminhos a seguir, seguir os dirigentes do templo (escravidão) ou seguir Jesus (liberdade).
Com suas palavras, Jesus não somente reafirma a opressão do templo, mas a mentira que era a vida da forma como os religiosos propunham, pois a verdade acabara de libertar vários oprimidos, e de que a verdade liberta?
Os judeus afirmaram serem descendentes de Abraão. É importante lembrar que o simples fato de ser filho de Abraão não indica liberdade. Abraão tinha dois filhos, Ismael, filho da escrava e Isaque, filho da promessa. Seguir Jesus, a palavra/promessa tornou aqueles homens filhos de Deus, algo que realmente os habilitou a bater no peito por alguma coisa, porém, eles nada disseram.
Ser descendente da escrava faz da igreja uma descendente de Abraão, mas a mantém como escrava da mesma forma. É preciso então gozar da liberdade que Cristo propõe, deve-se aderir a Cristo, não ao sistema.
Sendo assim Jesus lança mão do convite à vida verdadeira e mostra como é impossível para quem não é seu discípulo viver essa vida, temos hoje muitas escolhas, mas apenas uma é crucial: a quem seguir. Todos fazemos essa escolha, ainda que muitos afirmem nunca ter feito esta escolha, ainda que muitos morram afirmando que não fizeram escolha alguma, a verdade é que nascemos como seguidores do sistema opressor quando não escolhemos outra coisa, permanecemos seguidores desse sistema.
O convite de Cristo não permaneceu somente para aqueles homens do passado, a vida verdadeira (possível somente para quem segue a Cristo) continua sendo possível e a decisão de seguir a Cristo tem a mesma urgente necessidade de ser efetivada na vida de todos e qualquer um pode fazer essa decisão. Termino este texto com a seguinte e importante pergunta: você já tomou essa decisão?

John Piper – A Centralidade de Deus em Si Mesmo


Em 2007, numa entrevista para a revista Parade, o ator Brad Pitt descreve como ele tropeçou no ego de Deus, assim como C.S. Lewis, Michael Prowse e Erik Reece antes dele.
Pitt foi criado como um Batista do Sul conservador. Por algum tempo, sua religião funcionou. Mas não por muito tempo.
“A Religião funciona. Eu sei que há conforto lá, um crashpad. É algo que pode explicar o mundo e te dizer que há algo maior que você, e que vai ficar tudo bem no final. Funciona porque é reconfortante. Eu cresci acreditando nisso, e funcionou pra mim em o que quer que tenha sido minha pequena crise pessoal no colégio; mas não durou muito para mim.”
Por que não? Ele aponta para o ego de Deus.
“Eu não entendia essa ideia de um Deus que diz: “Você tem que me reconhecer. Você tem que dizer que eu sou o melhor, e então eu lhe darei a felicidade eterna. Se você não fizer isso, não vai ganhar!” Parecia pra mim algo relacionado a ego. Eu não consigo ver Deus operando a partir do ego, então não fez sentido para mim.”
Então aí está novamente.
Deus é infinitamente sábio, justo, santo, forte e bom. Mas a ordem de Deus de que o vejamos como ele é, e sermos felizes com isso, é a razão pela qual Pitt achou Deus ininteligível. O fato de Deus ser Deus tem sido sempre o principal problema.
Há uma resposta para a aparente egomania de Deus e sua exigência de que o abracemos como o supremo — e supremamente satisfatório — Tesouro do universo:
1ª Razão — Ele é supremamente valioso e supremamente satisfatório.
2ª Razão — Recebê-lo como tal é a única forma de encontrarmos plena e eterna alegria.
3ª Razão — Portanto, sua exigência de que façamos tal é amor, não egomania.
Ore para que os milhares de Brad Pitts vejam que a exigência de Deus de adoração é uma exigência em que apreciamos o que é supremamente apreciável.
 extraido de : Voltemos ao Evangelho

Satanás fez o Mal se suicidar na Cruz


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ONIPOTÊNCIA E BONDADE DE DEUS - POR ED RENÉ KIVITZ


Acho que Epicuro foi quem formulou a questão a respeito da relação entre a onipotência e a bondade de Deus. A coisa é mais ou menos assim: se Deus existe, ele é todo poderoso e é bom, pois não fosse todo-poderoso, não seria Deus, e não fosse bom, não seria digno de ser Deus. Mas se Deus é todo-poderoso e bom, então como explicar tanto sofrimento no mundo? Caso Deus seja todo-poderoso, então ele pode evitar o sofrimento, e se não o faz, é porque não é bom, e nesse caso, não é digno de ser Deus. Mas caso seja bom e queira evitar o sofrimento, e não o faz porque não consegue, então ele não é todo-poderoso, e nesse caso, também não é Deus. Escrevendo sobre a Tsunami que abalou a Ásia, o Frei Leonardo Boff resume: “Se Deus é onipotente, pode tudo. Se pode tudo porque não evitou o maremoto? Se não o evitou, é sinal de que ou não é onipotente ou não é bom”.
Considerando, portanto, que não é possível que Deus seja ao mesmo tempo bom e todo-poderoso, a lógica é que Deus é uma impossibilidade filosófica, ou se preferir, a idéia de Deus não faz sentido, e o melhor que temos a fazer é admitir que Deus não existe.
Parece que estamos diante de um dilema insolúvel. Mas Einstein nos deu uma dica preciosa. Disse que quando chegamos a um “problema insolúvel”, devemos mudar o paradigma de pensamento que o criou. O paradigma de pensamento que considera o binômio “onipotência/bondade” como ponto de partida para pensar o caráter de Deus nos deixa em apuros. Existiria, entretanto, outro paradigma de pensamento? Será que as palavras “onipotência” e “bondade” são as que melhor resumem o dilema de Deus diante do mal e do sofrimento do inocente? Há outras palavras que podem ser colocadas neste quebra-cabeça?
Este problema foi enfrentado por São Paulo, apóstolo, em seu debate com os filósofos gregos de seu tempo. A mensagem cristã era muito simples: Deus veio ao mundo e morreu crucificado. Pior do que isso: Deus foi crucificado num “jogo de empurra” entre judeus e romanos, isto é, diferentemente dos outros deuses, o Deus cristão foi morto não por deuses mais poderosos, mas por homens. Sendo Deus, jamais poderia ser morto por mãos humanas, e sendo o Deus onipotente, jamais poderia nem mesmo ser morto. Paulo, apóstolo, estava, portanto, diante de um dilema semelhante ao proposto por Epicuro: Deus era uma impossibilidade filosófica.
Foi então que os apóstolos surgiram com uma resposta tão genial que os cristãos acreditam que foi soprada pelo Espírito Santo: antes de vir ao mundo ao encontro dos homens, Deus se esvaziou da sua onipotência, isto é, abriu mão do exercício de sua onipotência, e por amor, deixou-se matar por eles. (Eu disse que “Deus abriu mão do exercício de sua onipotência”, bem diferente de “Deus abriu mão de sua onipotência”).
O apóstolo Paulo admitia que não era possível pensar em Deus sem considerar o binômio bondade/onipotência. Optou pela palavra amor, assim como o apóstolo João, que afirmou “Deus é amor”. Jesus de Nazaré foi Deus encarnado na forma de Amor, e não Deus encarnado na forma de Onipotência. Os cristão não dizem “Deus é poder”, dizem “Deus é amor”.
Isso faz todo o sentido. Um Deus que viesse ao encontro das pessoas em trajes onipotentes chegaria para se impor e reivindicar obediência irrestrita, impressionando pela sua majestade e força sem iguais. Jung Mo Sung adverte que “a contrapartida do poder é a obediência, enquanto a contrapartida do amor é a liberdade”. Também assim pensou o apóstolo Paulo, ao afirmar que o que constrange as pessoas a viver para Deus é o amor de Deus (demonstrado na morte de Jesus na cruz). Não é o poder de Deus que cativa o coração das gentes, mas sim o amor de Deus.
Na verdade, “Deus não tinha escolha”. Ao decidir criar o ser humano à sua imagem e semelhança, deveria criá-lo livre. Desejando um relacionamento com o ser humano, deveria dar ao ser humano a liberdade de responder voluntariamente ao seu amor, sob pena de ser um tirano que arrasta para sua alcova uma donzela contrariada. Somente o amor resolveria esta equação, pois somente o amor possibilita a liberdade para que o outro possa inclusive rejeitar o amor que se lhe quer dar.
André Comte-Sponville é um ateu confesso (sei que vou levar pedradas) que discorre a respeito do amor divino como poucos que já li. Acredita que o amor divino é um ato de diminuição, uma fraqueza, uma renúncia. Usa os argumentos de Simone Weil: “a criação é da parte de Deus um ato não de expansão de si, mas de retirada, de renúncia. Deus e todas as criaturas é menos do que Deus sozinho. Deus aceitou essa diminuição. Esvaziou de si uma parte do ser. Esvaziou-se já nesse ato de sua divindade. É por isso que João diz que o Cordeiro foi degolado já na constituição do mundo. Deus permitiu que existissem coisas diferentes Dele e valendo infinitamente menos que Ele. Pelo ato criador negou a si mesmo, como Cristo nos prescreveu nos negarmos a nós mesmos. Deus negou-se em nosso favor para nos dar a possibilidade de nos negar por Ele. As religiões que conceberam essa renúncia, essa distância voluntária, esse apagamento voluntário de Deus, sua ausência aparente e sua presença secreta aqui embaixo, essas religiões são a verdadeira religião, a tradução em diferentes línguas da grande Revelação. As religiões que representam a divindade como comandando em toda parte onde tenha o poder de fazê-lo são falsas. Mesmo que monoteístas, são idólatras”.
Você já imagina onde quero chegar. Isso mesmo, entre a onipotência e a bondade de Deus existe a liberdade do homem, e o compromisso de Deus em respeitar esta liberdade. Isso ajuda a entender porque existe tanto sofrimento no mundo. O mal não procede de Deus e não é promovido ou determinado por Deus. O mal é conseqüência inevitável da liberdade humana, que teima em dar as costas para Deus e tentar fazer o mundo acontecer à sua própria maneira. Diante do mal e do sofrimento, o Deus com os homens, encarnado em Amor, também sofre, se compadece, tem suas entranhas movidas de compaixão. E morre. O Deus Amor encarnado em Jesus de Nazaré é assim, entre matar e morrer, prefere morrer.
Mas você poderia perguntar por que razão Deus não acaba com o mal. Isso é simples: Deus não acaba com o mal porque o mal não existe, o que existe é o malvado. O mal não é uma entidade ao lado de Deus. O mal é o resultado de uma ação humana em afastar-se do Deus, sumo bem. O monoteísmo cristão afirma que há um só Deus, e que o mal é a privação da presença de Deus. Os cristãos não são dualistas que postulam a existência do bem e do mal. O mal é apenas a ausência do bem. Por isso, o mal não existe, o que existe é o malvado, aquele que faz surgir o mal porque se afasta de Deus, o supremo e único bem.
Ariovaldo Ramos me ensinou assim, e completou dizendo que “para acabar com o mal, Deus teria que acabar com o malvado”. Mas, sendo amor, entre acabar com o malvado e redimir o malvado, Deus escolheu sofrer enquanto redime, para não negar a si mesmo destruindo o objeto do seu amor. Por esta razão Deus “se diminui”, esvazia-se de sua onipotência, abre mão de se relacionar em termos de onipotência-obediência, e se relaciona com a humanidade com base no amor, fazendo nascer o sol sobre justos e injustos, e mostrando sua bondade, dando chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo sustento com fartura e um coração cheio de alegria a todos os homens.
A equação amor e liberdade na relação entre Deus e o homem resulta um escândalo: um Deus que sofre por amor. E quando Deus sofre, o homem sofre. Ou, na verdade, Deus sofre porque o homem sofre, isto é, Deus sofre porque ama o homem que sofre.
extraído de Paulo Cilas

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Denúncia



João 8.25-30

25 “Quem é você?”, perguntaram eles.
“Exatamente o que tenho dito o tempo todo”, respondeu Jesus. 26 “Tenho muitas coisas para dizer e julgar a respeito de vocês. Pois aquele que me enviou merece confiança, e digo ao mundo aquilo que dele ouvi.”
27 Eles não entenderam que lhes estava falando a respeito do Pai. 28 Então Jesus disse: “Quando vocês levantarem o Filho do homem, saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou. 29 Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, pois sempre faço o que lhe agrada”. 30 Tendo dito essas coisas, muitos creram nele. (NVI)


O texto começa com uma pergunta feita pelos fariseus (“Quem é você?”). O mais interessante é que esta pergunta vem logo após Jesus dizer quem ele é. A questão não surgiu porque os fariseus não soubessem quem era Jesus, mas porque a declaração de Jesus sobre quem ele é não foi satisfatória, sendo assim, eles se fingiram de desentendidos por algumas razões, e uma delas é porque eles não esperavam um Messias como Jesus.
Jesus reafirma o que havia dito, ele não volta atrás e nem fala novamente. O que ele diz é só pra lembrar as suas próprias palavras.
Jesus não reclama o titulo de Messias, pois ele não era o Messias que os religiosos esperavam. Sua autoridade é segundo a lei de Deus, não segundo a lei dos homens.
Em um momento de pressão, Jesus não dá pra trás, ele não desmente o que havia dito, ele confirma, assim como ele espera que nós façamos e não o neguemos, ele também não nega quem ele é por causa da circunstância.
Jesus anuncia então o que tem a fazer, ele não somente diz quem é, como anuncia a posição condenável em que os fariseus se colocaram. Jesus diz que há um julgamento esperando pelos seus adversários não só pelo que eles planejam fazer com Jesus, mas pelo que eles vêm fazendo com o povo.
Isso faz pensar em nossas próprias ações injustas, o que fazemos e que também é condenável, será que estamos tão diferentes dos fariseus? É bom pensar nisso.
Jesus julga baseado no que ouviu de seu Pai, mas quem é seu Pai? Essa pergunta fez eco na cabeça dos fariseus, sua mentalidade religiosa não pode aceitar o fato de que Deus está em favor do homem, sua preocupação é antes julgar do que ajudar. Mal sabiam eles que sua atitude em julgar e condenar os outros era exatamente o que os levaria a serem condenados.
As palavras de Jesus o levariam ao madeiro, ele não somente sabe disso como prediz sua morte (Quando vocês levantarem o Filho do homem). Os fariseus queriam a morte de Jesus, achando que estariam acabando com Jesus. Não sabiam que sua atitude iria exaltar Jesus acima de todos, tudo que Jesus fez (o discipulado de doze homens, suas parábolas, seus discursos, seus milagres, enfim, seu ministério), tudo isso deveria resultar em sua exaltação, e nisso os fariseus tem grande parte.
O que aparentemente seria uma vitória para os fariseus, foi a vitória e exaltação de Jesus. Diante disso Jesus não precisa e nem vai dar pra trás, afinal ele tem a companhia do Pai, ele está muito bem protegido, assim como um pai conduz seu filho protegendo-o, o Pai conduzirá Jesus (seu filho) e irá protegê-lo. Jesus age com ousadia e não volta atrás em suas declarações, se seu pai é Deus em favor do homem, ele também é.
Impressionante disso tudo é que quando Jesus fala, suas palavras causam transformação, muitos aderiram a ele depois de seu discurso.
Quando Jesus fala há transformação, sendo assim, por que muitos vão à igreja e não se convertem?
Este texto me fez lembrar que muitas vezes as pessoas vão à igreja e não são convertidas porque Jesus não esta falando lá. A pregação é coerente, o pregador usa técnicas para causar boa impressão, há demonstração de poder através de exorcismos, louvor “extravagante”, testemunhos diversos. Mesmo assim, Jesus não se faz presente, neste caso, a falta de conversão é culpa da igreja, pois está sendo como o templo era e seus lideres como os fariseus.
Por outro lado, há também a possibilidade de irem no intuito de se divertir, aproveitam as músicas, e até participam de alguma coisa, mas não dão atenção ao que Jesus está falando, sendo assim eles responderão pelos seus próprios atos, assim como os que não aderiram a Jesus no caso citado.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ponto Com - Cristo Reina

sempre penso em letras de música, porque a música 
influencia muito e eu gosto de musicas com letras boas, 
quando descubro musicas profundas eu gosto mais ainda. 
Gostei dessa musica e vejo que ela reflete o sentimento 
que queremos passar no metal discípulos. 








Se quer vencer tem que lutar 


levante a mão pra guerrear


o anjo vem tocar voce e te dar força pra vencer


não precisa mais temer Cristo guarda voce


a chave da vitória esta em suas mãos 


Cristo Reina Deus de salvação


receba agora a vitoria que DEUS entrega pra voce


se algum demonio se levantar por sete caminhos vai se


mandar


não precisa mais temer


cristo guarda voce a chave da vitoria esta em suas


mãos....


é só buscar e acreditar e as muralhas derrubar


agora que ja venceu de um brado forte e glorifique a


DEUS

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

UM JESUS UNDERGROUND






Por muito tempo indaguei o por que da religião ter se tornado o maior inimigo do Reino de Deus. Eu me pergunto se Jesus faria muita das coisas que julgamos ser certo ou errado. Ele tinha um jeito todo peculiar de ser, cuspir nos olhos de um cego, por exemplo, permitir que uma prostituta o beijasse, dentre outros acontecimentos chocantes aos olhos dos judeus.
Ao estudar um pouco sobre a cultura no oriente, passamos a ver o quão chocante foram as  atitudes de Jesus. Se você me perguntar se um cristão deve usar tatuagem eu lhe digo com toda certeza que o escândalo cultural que Jesus causou foi muito maior que uma simples tatuagem nos dias de hoje, por  exemplo.
Uma coisa é fato: Jesus foi e é UNDERGROUND !!! Eu poderia falar de homens que são exemplos de vida e santidade na cena cristã, mas tomei a responsa de falar do Rei dos Reis: Jesus – o Messias.    O maior exemplo de paixão e radicalismo.
Ele como nosso modelo de vida, estilo, fé e devoção nos inspira a deixar as coisas insignificante da vida para buscar o que realmente é importância… as pessoas. Nunca vi um cara tão apaixonado por vidas como Ele. Ele me constrange com sua devoção e caráter.

Segue então a pergunta. Se Ele é nosso exemplo de vida, se devemos imitá-lo, porque não nossos levados ao mesmo grau de radicalismo? Será por medo, rejeição ou vergonha? Ser cristão não é um status e nem uma marca de tênis famosa e muito menos uma modinha formulada pela mídia.
Sabe, tenho acompanhado as noticias tanto no meio secular como cristão e te  digo com certeza que o mundo esta clamando por um cristianismo extremo na mesma intensidade que Jesus pregava… Brother, não tô falando de gritos, lindas performaces, oratórias e sim alguém que tem seus olhos abertos para o Reino, um lugar onde Deus é o centro… não um julgo, um peso, uma obrigação, mas um estilo de vida sadio.

“Ser cristão não é ser alienado e sim alguém que
enxerga a vida por um prisma bem amplo”

Gostaria de citar aqui alguns pontos que julgo de suma importância para que possamos compreender  um pouco da visão de Cristo quando veio a terra:

1.   IDENTIDADE
Algo que gostaria de citar é o falto de Jesus ter convicção de quem ele É.
O seculo XX e XXI tem sido mestre em gerar pessoas sem identidade. Garotos que vivem a copia de uma astro do rock, garotas que se vestem como as mulheres frutas, novelas, filmes, seriados e bandas tem sido os grandes influenciadores para nossos adolescentes, gerando essa falta de identidade. Então brother não adianta comprar roupas caras para seu filho, dá a chave do carro para seu guri, se você nunca falou que o ama e nunca esta perto dele nos momentos de duvidas. Ok???
Quando o Espirito dirigiu Jesus para o deserto o diabo fez a seguinte pergunta: “Se tu és o filho de Deus”. Cara, nessa frase poderia está o cheque mate para detonar Jesus. O que satanás não contava é que Ele tinha e tem convicção de quem Ele é. Se houvesse alguma duvida seria mole fazer Jesus obedecer as ordens do inimigo já que buscaria provar quem era. Por que Jesus não transformou pedra em pão você já se perguntou?  Simples, ele não precisava provar nada para ninguém para ser Deus. Ele é Deus e ponto final. E que exploda quem pense o contrario.
Saiba quem você é em Cristo, esse é o primeiro passo de quem esta se enraizando no caminho do Senhor. Ter uma identidade sadia em Deus.

2.  PRECONCEITO
Em meu ultimo post mostrei algumas fotos que chocaram e causaram uma certa indignação por parte de muitas pessoas pelo fato de trazer injustiça, dor e covardia.
Sabe, um filme que gostei muito foi: Crash – no limite, ao abortar um tema como preconceito e como erramos ao procurar definir uma pessoa por aquilo que “aparenta ser”.  Fala-se muito em igualdade social, racial, religiosa, etc. Mas sera que temos experimentado isso?  Será que a cota de negro nas universidade vão diminuir o preconceito? Me desculpe Brasil, mas o preconceito esta mais vivo do que nunca em nossos dias.
Jesus foi totalmente contra qualquer tipo de preconceito ao tratar todos de igual valor. Um samaritano, ladrão, prostitutas, adulteras, gentios, etc… Ele agiu na base do Reino.
Ser preconceituoso é ser injusto, covarde e sem amor próprio. Porque julgar alguém pelo que pensa, atitude ou aparência? O que faria Jesus em seu lugar? Pense nisso!

3.  QUEBRANDO BARREIRAS
Ele era fora de sério. Pensar em Jesus é muito diferente daquilo que vemos na TV, internet e qualquer outro meio de comunicação. Ele é único. Nos mostrou um amor diferente, um amor que vai além do conforto e orgulho próprio.
Consigo ver Ele cuidando de cada discípulo com amor, posso imaginar quantas besteiras Pedro, João, Tiago, eles fizeram que não constam na Bíblia. Um clima de irmandade foi gerado entre eles, de paz. Mas mesmo assim não poupou nenhum deles… Ao dizer: Ide…. Ide… Ide…
Ide a todos !!! esse todos é justamente TODOS(tribos, povos e raças).  Cristo amava um desafio e um deles era conquistar o coração humano com seu modo de viver.  Pense comigo.. Você consegue imaginar o olhar da samaritana quando Jesus falou com ela? O de Zaqueu? De Madalena? Ele nunca médio esforços para conquistar uma vida! Quebre barreiras… A religiosidade dos judeus não foi suficiência para paralisar Jesus.
Seja uma benção aos que estão ao seu redor!

4.  AMIGO DE CRUZ
O que vem a sua mente a primeira vez quando se fala de ser amigo de Cruz?
Penso na cenas de uma pequena ilustração onde o personagem principal esta em uma guerra e  mesmo ferido volta ao campo de batalha para resgatar seu companheiro apenas para ouvir as palavras do amigo que estava quase morto dizer: “Eu sabia que você voltaria amigo”.  Assim como o personagem da historia, Jesus nos mostrou um outro lado de sua face. Um amor incondicional cheio de compreensão e interesse pelo próximo.
Imagina comigo uma geração toda sangrando a dor do pecado, todos a sua volta insistem em dizer que não há mais solução e que a morte é certa. Um homem veio de sua glória para resgatar essa geração. Sofreu dores, rejeição, foi traído, mas mesmo assim Ele tanto amou. O que vem a ser o amor em tempo onde viver para si é tao normal? O capitalismo contaminou nossa alma e só pensamos em nós.
O que fez Jesus descer dos céus e nos resgatar como o personagem da historia? Ele sentiu a dor dos doentes, da sociedade e não ignorou sua “lepra”. É tao fácil ignorar os portadores de HIV, as prostitutas, os drogados, os bêbados, os mendigos.. Mas quem vai ser o “amigo de cruz”?
Sabe, hoje em dia ser evangélico é legal.. mas não quero ser legal e sim ser Cristão. Um Cara que sente a dor dos doentes e maltratados pela sociedade.
Ser amigo de cruz é ajudar ao próximo no mais extremo da palavra.
Agir e não fingir. Chorar e não murmurar diante das adversidades.”
É tempo de despertar!
Muitas pessoas adorariam ser seu amigo.
Curtir sua companhia.
Faça a Diferença!

CONCLUSÃO

Eu tive fome,
e tu formaste um grupo humanitário
para discutir minha fome.
Estive preso
e tu te retiraste discretamente para a tua igreja
e oraste pela minha libertação.
Estava nua
e, na tua mente, questionaste
a moralidade da minha aparência.
Estiver enferma
e tu te ajoelhaste e agradeceste a Deus por tua saúde.
Estava desabrigada
e tu me falaste do abrigo espiritual do amor de Deus.
Estava solitária
e tu me deixaste sozinha a fim de orar por mim,
Parecias tão santo, tão próximo de Deus!
Mas eu ainda estou com fome… e sozinha… e com frio.


Querido, faça a diferença!
Em Cristo, com Amor
Extraído de: Jason Mastral

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A morte que ameaça



João 8.21-24
21 Mais uma vez, Jesus lhes disse: “Eu vou embora, e vocês procurarão por mim, e morrerão em seus pecados. Para onde vou, vocês não podem ir”.
22 Isso levou os judeus a perguntarem: “Será que ele irá matar-se? Será por isso que ele diz: ‘Para onde vou, vocês não podem ir’?”
23 Mas ele continuou: “Vocês são daqui de baixo; eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo; eu não sou deste mundo. 24 Eu lhes disse que vocês morrerão em seus pecados. Se vocês não crerem que Eu Sou, de fato morrerão em seus pecados”. (NVI)

Jesus acabou de combater as idéias religiosas que o classificavam como falso profeta e impostor, ele tinha ido contra os fariseus e afirmado sua legitimidade como Filho de Deus. Jesus está no mesmo lugar ainda, com uma ênfase diferente, ele pretende falar de outras coisas agora.
Jesus anuncia sua partida, porém há o acréscimo de sua advertência contra a atitude dos fariseus em querer mata-lo. Jesus aponta para o paradoxo que pairava na atitude dos seus adversários, eles queriam matar aquele que tem o dom da vida, matar Jesus era justamente o que causaria sua morte. Interessante que a atitude deles em tirar a vida de Jesus era o que iria causar justamente a sua morte. O dono de toda a vida poderia lhes doar vida, porém, quando eles se levantam para tirar-lhe a vida, é sua própria vida que estão tirando.
Ele entregará sua vida quando chegar a hora, a sua hora, sua morte será dolorosa a um ponto insuportável para qualquer ser humano, por isso que ele diz: “Para onde vou, vocês não podem ir!”
Os fariseus, que queriam a morte de Jesus, fazem um comentário recheado de ironia, eles pensam que Jesus irá se suicidar, eles não param de pensar na morte de Jesus. Sua ira contra ele é tão grande que eles não vêem outra solução que não seja sua morte.
A afirmação de Jesus põe os fariseus em seu devido lugar. Ele mostrou porque eles não poderiam compreendê-lo e tampouco se colocar no mesmo nível que ele. Eles não eram dignos de Jesus, nem ao menos poderiam se por a discutir com Jesus, mesmo seu mais sublime pensamento ainda seria terreno, Jesus por outro lado é o filho de Deus, não ha comparação sadia entre uns e outros.
Jesus, portanto, não necessitava de respondê-los ou de ficar a discutir com eles.
Isso nos mostra uma realidade contemporânea e importante para nós. Nós muitas vezes nos colocamos a discutir com Deus, pensamos coisas como: porque Deus faz as coisas assim? Por que minha vida não está melhor? Por que Deus não faz isso ou aquilo por mim? Interessante que nossas questões são geralmente centradas em nós ou em coisas que nos beneficiam. Deus, porém não é deste mundo, ele não é daqui de baixo e tem preocupações maiores do que ficar a nos agradar.
É precisamente isso que Jesus esta dizendo aos fariseus, eles tinham sua atenção centrada nas coisas aqui da terra, como o que comer, ou em que dia trabalhar, Jesus tem sua atenção nas coisas do alto, ele tem preocupações maiores que nós e expõe este fato aos fariseus.
Jesus repete o aviso dado anteriormente aos religiosos, opor-se a ele iria conseqüente e rapidamente levá-los a morrer em seus pecados, eles estavam entrando por uma porta que não tinha volta, era necessário que eles se arrependessem desse caminho, pois era um caminho sem volta. A situação deles não era final ainda, eles poderiam simplesmente voltar atrás. Crer em quem é Jesus não somente os livraria da morte, como também lhes daria a vida eterna.
A realidade nossa não é tão diferente da realidade dos fariseus, temos Jesus bem perto, no entanto, não o reconhecemos e nem o respeitamos como Deus que ele é. Porém, Jesus nos alerta através do tempo, pois o que ele disse a 2 mil anos é valido para nós, morreremos em nossos pecados se não crermos que ele é quem ele é.
Não podemos nos igualar a ele, ele é lá do alto, não é deste mundo, sua mentalidade ultrapassa a nossa em larga escala. Sendo assim, o que nos resta é crer nele.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Tal Filho tal Pai




João 8.19-20
Os fariseus sinceramente não acreditavam nas palavras de Jesus. Se ele tinha um pai que era testemunha, eles queriam ver esse pai. Jesus disse ser filho de Deus, mas a mente religiosa não acredita que Deus possa ser um pai, eles pensam que Deus é um condenador, vêem Deus a partir deles mesmos. Eles não eram pais amorosos, não tratavam o povo como seus filhos, sendo assim, não acreditavam que Deus pudesse tratar bem a ninguem. A mente religiosa está fechada pra qualquer outra coisa. Assim como hoje em dia, eles se esqueceram da paternidade de Deus.
Jesus não se preocupa em responder uma questão feita pra provocá-lo e mostra que eles na verdade não estavam preparados para a resposta que ele poderia dar. Eles na verdade não eram dignos de Jesus, sua pergunta não merecia resposta alguma, e Jesus não lhes deu resposta. Jesus na verdade em lugar de lhes dar a resposta de forma fácil, lhes aponta o caminho para a mesma. Jesus mostra não somente aos fariseus, mas também ao povo que o caminho para conhecer Deus é conhecer a Jesus.
A questão referente a conhecer Deus tem a resposta na seguinte afirmação: quem conhece o Filho conhece o Pai.
Para conhecer a Deus é preciso conhecer Jesus. Jesus não faz um convite, apenas aponta para a sua falta de capacidade em conhecer Jesus.
Jesus não somente denuncia o sistema injusto, como também o faz no templo, em terreno adversário. Interessante que aquele deveria ser o terreno de Jesus, o templo era, para todos os efeitos, a casa de Deus. Mas não vinha sendo assim a um bom tempo. Jesus disse anteriormente que o templo havia se tornado em mercado, e que, portanto, não era mais a casa de seu pai, sendo assim, ele se posiciona justamente no lugar onde se colocavam as ofertas (onde era depositado todo o sustento dos opressores) para falar a respeito de si mesmo, o verdadeiro santuário.
O povo, ao olhar pra Jesus, vê onde deveriam depositar suas esperanças, e viam ao seu lado, o lugar de depositar as ofertas, sustento dos opressores. Jesus coloca lado a lado a vida (ele mesmo) e a morte (fariseus), opressão (templo) e liberdade (Ele mesmo).
Jesus via os fariseus como adversários, os fariseus o viam como inimigo, mas Jesus não terá sua vida tirada a força antes da hora, ele mesmo a dará.