quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Denúncia



João 8.25-30

25 “Quem é você?”, perguntaram eles.
“Exatamente o que tenho dito o tempo todo”, respondeu Jesus. 26 “Tenho muitas coisas para dizer e julgar a respeito de vocês. Pois aquele que me enviou merece confiança, e digo ao mundo aquilo que dele ouvi.”
27 Eles não entenderam que lhes estava falando a respeito do Pai. 28 Então Jesus disse: “Quando vocês levantarem o Filho do homem, saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou. 29 Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, pois sempre faço o que lhe agrada”. 30 Tendo dito essas coisas, muitos creram nele. (NVI)


O texto começa com uma pergunta feita pelos fariseus (“Quem é você?”). O mais interessante é que esta pergunta vem logo após Jesus dizer quem ele é. A questão não surgiu porque os fariseus não soubessem quem era Jesus, mas porque a declaração de Jesus sobre quem ele é não foi satisfatória, sendo assim, eles se fingiram de desentendidos por algumas razões, e uma delas é porque eles não esperavam um Messias como Jesus.
Jesus reafirma o que havia dito, ele não volta atrás e nem fala novamente. O que ele diz é só pra lembrar as suas próprias palavras.
Jesus não reclama o titulo de Messias, pois ele não era o Messias que os religiosos esperavam. Sua autoridade é segundo a lei de Deus, não segundo a lei dos homens.
Em um momento de pressão, Jesus não dá pra trás, ele não desmente o que havia dito, ele confirma, assim como ele espera que nós façamos e não o neguemos, ele também não nega quem ele é por causa da circunstância.
Jesus anuncia então o que tem a fazer, ele não somente diz quem é, como anuncia a posição condenável em que os fariseus se colocaram. Jesus diz que há um julgamento esperando pelos seus adversários não só pelo que eles planejam fazer com Jesus, mas pelo que eles vêm fazendo com o povo.
Isso faz pensar em nossas próprias ações injustas, o que fazemos e que também é condenável, será que estamos tão diferentes dos fariseus? É bom pensar nisso.
Jesus julga baseado no que ouviu de seu Pai, mas quem é seu Pai? Essa pergunta fez eco na cabeça dos fariseus, sua mentalidade religiosa não pode aceitar o fato de que Deus está em favor do homem, sua preocupação é antes julgar do que ajudar. Mal sabiam eles que sua atitude em julgar e condenar os outros era exatamente o que os levaria a serem condenados.
As palavras de Jesus o levariam ao madeiro, ele não somente sabe disso como prediz sua morte (Quando vocês levantarem o Filho do homem). Os fariseus queriam a morte de Jesus, achando que estariam acabando com Jesus. Não sabiam que sua atitude iria exaltar Jesus acima de todos, tudo que Jesus fez (o discipulado de doze homens, suas parábolas, seus discursos, seus milagres, enfim, seu ministério), tudo isso deveria resultar em sua exaltação, e nisso os fariseus tem grande parte.
O que aparentemente seria uma vitória para os fariseus, foi a vitória e exaltação de Jesus. Diante disso Jesus não precisa e nem vai dar pra trás, afinal ele tem a companhia do Pai, ele está muito bem protegido, assim como um pai conduz seu filho protegendo-o, o Pai conduzirá Jesus (seu filho) e irá protegê-lo. Jesus age com ousadia e não volta atrás em suas declarações, se seu pai é Deus em favor do homem, ele também é.
Impressionante disso tudo é que quando Jesus fala, suas palavras causam transformação, muitos aderiram a ele depois de seu discurso.
Quando Jesus fala há transformação, sendo assim, por que muitos vão à igreja e não se convertem?
Este texto me fez lembrar que muitas vezes as pessoas vão à igreja e não são convertidas porque Jesus não esta falando lá. A pregação é coerente, o pregador usa técnicas para causar boa impressão, há demonstração de poder através de exorcismos, louvor “extravagante”, testemunhos diversos. Mesmo assim, Jesus não se faz presente, neste caso, a falta de conversão é culpa da igreja, pois está sendo como o templo era e seus lideres como os fariseus.
Por outro lado, há também a possibilidade de irem no intuito de se divertir, aproveitam as músicas, e até participam de alguma coisa, mas não dão atenção ao que Jesus está falando, sendo assim eles responderão pelos seus próprios atos, assim como os que não aderiram a Jesus no caso citado.

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