segunda-feira, 9 de maio de 2011

[REFORMANDA] Celebração dos 493 anos da Reforma Protestante (5)



Sola Gratia
“Então lhe disse Davi: Não temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa. Então se inclinou, e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?” (2 Samuel 9:7-8)
Somente pela graça, e unicamente por ela, é que somos abençoados por Deus. A graça é o favor imerecido de Deus às suas criaturas. Tal como Davi favorecendo Mefibosete por amor a Jonatas, assim também nós somos alvos do favor de Deus por causa do amor de Deus Pai à Deus Filho.
Assim como Mefibosete se viu indigno do favor do Rei “Quem é o teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?”, assim também nós devemos nos prostrar em face à maravilhosa graça do Senhor em nos estender o seu favor na pessoa de Cristo. Não temos o direito de estar diante de Deus, mas, unicamente pela Graça, temos o privilégio de estarmos na presença dEle. Somos como um cão morto diante de Deus, somente pela Sua infinita Graça é que somos aceitos diante dEle em Cristo.
A graça exalta a Deus e humilha o pecador. Aqueles que a si mesmo tem se considerado um cão morto têm entendido o real significado da graça de Deus. Hoje onde ouvimos “eu determino”, “eu declaro”, “eu isso”, “eu aquilo”, tais pessoas nada sabem de Deus e muito menos da Sua graça, pois se acham dignos e merecedores das coisas que estão reivindicando diante de Deus.
Auto-exame:
1) Você entra na presença de Deus humilde e confiadamente como um cão dependendo exclusivamente da graça dele ou entra ousada e tolamente como uma pessoa não-convidada na corte real?
2) você reconhece que: (1) o ar que você respirou agora e todo funcionamento biológico correto ou não do seu corpo, (2) todas suas posses ou ausência de posses, (3) todos seus relacionamentos bons ou ruins, (4) e, principalmente, toda sua salvação, incluindo, sua fé, suas boas obras, seu novo coração, sua perseverança na fé, sua santificação e, no final, sua glorificação vem exclusivamente pela graça? E se é pela graça, você não tem o direito de se gloriar por nada? Você entende que se você crê em Cristo hoje e é salvo isso é por conta da graça de Deus e não nada de bom que haja em você (porque não há nada de bom em sua carne)?
3) Você compreende que quando você reclama ou murmura você está insinuando que a graça de Deus não te é suficiente?
fonte: voltemos

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Luto, Alegria: A Morte de Osama Bin Laden





Christopher Morgan
Osama bin Laden está morto.
Como nós Cristãos devemos reagir?
Assistindo às notícias, várias passagens me vieram à mente – tudo desde o ensinamento de Jesus sobre amar e orar pelos inimigos até uma cena forte citada por Tiago sobre um futuro matadouro vindo sobre os opressores do povo de Deus. Quanto mais eu reflito nisso, mais me dou conta de que minha tensão interna é similar àquela outra que senti muitas vezes antes – relacionada com a doutrina bíblica do inferno.
Por mais estranho que possa parecer, o inferno é retratado na Bíblia como tragédia e vitória. O inferno é trágico, assim como é horrível que pessoas se rebelem contra Deus e persistentemente desprezam o Salvador. Deus retarda a sua cólera, é “abundante em amor e fidelidade” (Ex. 34:6-7) e não tem prazer em punir o perverso; Ele só não encontra satisfação na existência do pecado (Ez. 18:23). Jesus, da mesma maneira, ficou de luto e lamentou sobre a perdição humana, o pecado e o juízo iminente (Mt. 23:37; Lc. 19:41; Lc. 23:34). O apóstolo Paulo também partilhou sua perspectiva, sinceramente, desejando e orando pela conversão dos seus companheiros Judeus perdidos, mesmo a ponto de estar disposto a sofrer a ira de Deus por eles (Rm. 9:1-6; Rm. 10:1). O fato de pecadores irem ao inferno é trágico e deve quebrantar nossos corações.
Porém, o inferno é também retratado como o triunfo de Deus. O inferno é ligado ao Seu justo julgamento e ao dia de Yahweh, também chamado “o dia da ira de Deus” (Rm. 2:5). Como tal, o inferno responde (e não levanta) questões fundamentais relacionadas com a justiça de Deus. Através da ira vindoura, julgamento e inferno, a vitória final de Deus sobre o mal é exibida e Sua justiça é vindicada. Há um “conforto” para o inferno (2Tes. 1:5-11; Tg. 5:1-6; Ap. 18-22), como sua dura realidade oferece esperança e encoraja a perseverança nos santos perseguidos. Deus irá julgar a todos e Ele vai vingar Seu povo; Deus vai vencer no fim e a justiça irá prevalecer. E, por intermédio do Seu justo julgamento e da vitória final, Deus irá glorificar a Si mesmo, exibindo Sua grandeza e recebendo o louvor que é devido (Rm. 9:22-23; Ap. 6:10; Ap. 11:15-18; Ap. 14:6-15:4; Ap. 16:5-7; Ap´. 19:1-8).
Embora a comparação não seja perfeita e também por ser em menor escala, tenho tendência a pensar que nós podemos lamentar de forma justa que Osama Bin Laden se opôs ao Deus vivo e verdadeiro e será punido adequadamente. Mas nós também podemos nos alegrar, da mesma forma, na derrota e no julgamento que recai sobre pessoas que são más – e ele era claramente mal e merecedor de toda punição que a terra poderia dar. As danças nas ruas podem não ser meramente um nacionalismo Americano, mas uma resposta apropriada para a exibição parcial da justiça humana, enquanto aguardamos a exibição final e perfeita da justiça divina no tempo que há de vir.
Christopher Morgan serve como professor de teologia e reitor da Escola de Ministros Cristãos da Universidade Batista da Califórnia em Riverside. Ele é co-editor do livro “Hell Under Fire: Modern Scholarship Reinvents Eternal Punishment” e “Faith Comes by Hearing: A Response to Inclusivism”.
 fonte: iPródigo

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pouco importa!



João 8.48-51

Pessoas que fazem da religião o seu próprio deus não tem o costume de discutir saudavelmente os assuntos que dizem respeito ao que Deus realmente quer ou não, e não estão muito ligadas ao que é a vontade de Deus na verdade.
Jesus se deparou algumas vezes com esse tipo de gente e esses encontros mostraram o quanto esse tipo de pessoa está distante da vontade de Deus e o quanto são diferentes de Jesus. Eles não tem muitos argumentos e geralmente ofendiam Jesus de forma pessoal, como por exemplo no encontro relatado em João 8.48: Os judeus lhe responderam: “Não estamos certos em dizer que você é samaritano e está endemoninhado?”
Jesus não se importa com posição social, não é de seu interesse a forma como as pessoas o vêem, se esta visão está relacionada a seu status econômico, ser chamado de pobre ou ser visto como alguém marginalizado não o atinge nem ofende, sendo assim, ele nem mesmo se defende deste tipo de argumento.
Mas, quando o chamam de endemoniado ele se defende, ele não admite isso e responde a acusação com a afirmação de que ele honra a seu Pai, ele também os acusa de desonrarem a Deus (João 8.49). Porque Jesus não se importa quando o acusam de ser excluído, marginalizado ou simplesmente pobre, mas se defende quando o chamam de endemoniado?
A resposta é simples, ser chamado de samaritano, nazareno ou qualquer titulo de pessoas de baixa classe social não o ofendem porque dizem respeito a ele mesmo como pessoa, mas quando o chamam de endemoniado ou louco estão ofendendo a Deus e a palavra que Jesus está transmitindo. Se as pessoas passassem a considerar Jesus como louco ou endemoniado elas não o ouviriam, não dariam mais atenção a sua pregação, isso não poderia ser admitido, Jesus se anulou de todas as maneiras possíveis para nos transmitir sua mensagem, ele permitia qualquer dano a si mesmo, mas não admitia dano algum a sua mensagem.
Hoje em dia os cristãos (não todos) não seguem a linha de Jesus, não se importam com a mensagem que ouvem desde que lhes faça bem e mantenha suas vidas confortáveis, preferem a vida mais fácil, o modo mais fácil de levar as coisas, ao invés de procurar sempre fazer o certo, mesmo que as vezes seja mais difícil.
Impressionante que a também a igreja hoje em dia muitas vezes anda na direção oposta, ela valoriza as coisas que tem, muda a mensagem para ter mais. Não vem do mundo o descrédito à mensagem, vem muitas vezes da própria igreja, vem da forma como os que deveriam defender a palavra estão a tratando, isso é mal.
Até que ponto o homem pós-moderno está disposto a se sacrificar e anular para por em evidência a mensagem que defende? Até que ponto estamos dispostos a negar a nós mesmos em favor da mensagem do evangelho? Até onde a sede por resultados toma o lugar da sede por justiça?
O cristão não precisa e nada disso, precisamos viver baseado nos conceitos que Jesus viveu, não nos que a igreja vive. A igreja vive conceitos materiais hoje (com suas exceções), a vitoria que é pregada hoje você tem se tiver uma casa boa, se tiver um bom salário, se tiver carro, se a família está em paz. Se você tem doença, se esta desempregado, se tem brigas na família, enfim, se você sofre deve ter alguma coisa que não está certa, é porque Deus não está se agradando de você, esta não é a vitória  real para o cristão. Que Deus nos ajude a vier baseado nos valores do Seu Reino.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

John Piper – Qual é nossa participação no novo nascimento?



Você pode ter pensado que eu diria que não temos participação na regeneração, porque somos espiritualmente mortos. Mas os mortos participam e muito de sua ressurreição – afinal de contas, eles ressuscitam! Eis um exemplo do que quero dizer: quando Jesus se aproximou da sepultura de Lázaro, que estava morto havia quatro dias, Lázaro não teve participação alguma na concessão de sua nova vida. Cristo causou a ressurreição. E Lázaro ressuscitou. No instante em que Deus nos dá nova vida, vivemos. No instante em que o Espírito produz fé, cremos.
A sua participação consiste em exercitar fé — fé no Filho de Deus crucificado e ressurreto, Jesus Cristo, como o Salvador, o Senhor e o Tesouro de sua vida.
A resposta continua assim: a sua ação de crer e a ação de Deus em fazer acontecer são simultâneas. Ele faz acontecer, e você crê no mesmo instante. E — isto é muito importante — a ação dEle é a causa decisiva da sua ação.
Se é difícil para você pensar numa coisa originando outra quando elas são simultâneas, pense no fogo e no calor ou no fogo e na luz. No momento em que há fogo, há calor. No momento em que há fogo, há luz. Entretanto, não diríamos que o calor provocou o fogo ou que a luz causou o fogo. Dizemos que o fogo causou o calor e a luz.
Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; (1 João 5:1)
A combinação do tempo presente (crê) com o particípio (é nascido) é importante. Ela mostra claramente que a fé é a conseqüência, e não a causa, do novo nascimento. Nossa atividade contínua de crer é o resultado e, portanto; a evidência de nossa experiência passada do novo nascimento, pela qual nos tornamos e permanecemos filhos de Deus. (John Stott)
Então, o que isso significa para nós? Significa quatro coisas, e oro para que você as receba com alegria.
1. Significa que devemos crer para sermos salvos, “Crê no Senhor Jesus e serás salvo” (At 16.31). O novo nascimento não assume o lugar da fé, ele envolve fé, é o nascimento da fé.
2. Significa que, entregues a nós mesmos, não cremos. Um morto não pode dar respiração a si mesmo.
3. Significa que Deus, sendo rico em misericórdia, grande em amor e graça soberana, é a causa decisiva da fé.
4. De acordo com 1 Pedro 1.22, o amor é o fruto do coração que foi regenerado. Isso quer dizer que nenhum aspecto da vida deixa de ser afetado pelo novo nascimento.

No capítulo 8, Piper expõe 1 Pe 3:13-25 e mostra a relação entre nossa fé e o novo nascimento. Tem um pequeno trecho onde ele fala sobre relevância e pregação (algo tão falado hoje em dia) que abre o capítulo  majestosamente. Já no capítulo 9, ele explica porque as boas novas tem que ser inteligíveis e não um mantra e, expondo 1 João 5:1, mostra porque o novo nascimento é a causa da fé e não o contrário.
fonte: Voltemos ao Evangelho



sábado, 2 de abril de 2011

E o filho se torna o pai



João 8.41-47

41 Vocês estão fazendo as obras do pai de vocês”.

Protestaram eles: “Nós não somos filhos ilegítimos. O único Pai que temos é Deus”.

42 Disse-lhes Jesus: “Se Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por mim mesmo, mas ele me enviou. 43 Por que a minha linguagem não é clara para vocês? Porque são incapazes de ouvir o que eu digo.

44 “Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira. 45 No entanto, vocês não crêem em mim, porque lhes digo a verdade! 46 Qual de vocês pode me acusar de algum pecado? Se estou falando a verdade, porque vocês não crêem em mim? 47 Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus”.


Jesus é capaz de dizer sempre a coisa certa.
“Vocês estão fazendo as obras do pai de vocês!”
Com esta frase Jesus abre a próxima parte de seu discurso, tornando mais evidente suas palavras com relação a origem do que os religiosos faziam. Os dirigentes do templo deixam de fingir que não entendem e protestam contra a afirmação de Jesus, eles negam que sejam filhos de outro que não seja Deus a qualquer custo, e mostram que entenderam o que Jesus dizia (pelo menos em parte), afirmam que Deus é Pai, para com isso, afirmar que são seus filhos
Jesus reafirma que agimos exatamente como nosso verdadeiro pai, ou seja, como quem nos criou, mesmo que de forma involuntária. Os dirigentes do templo, chefes religiosos afirmavam e talvez até tivessem certa vontade de ser descendentes de Abraão, mas suas ações eram instintivamente aprendidas de seu pai, e seu pai não era Abraão, nem Deus. Eles não agiam como se viessem de Deus. Jesus está dizendo que não basta dizer que vem de Deus, na verdade não adianta nada só dizer se isso não procede do que somos.
O que falamos tem que ser alimentado pelo que somos, o que dizemos precisa ser confirmado pelas nossas atitudes, assim era com Jesus, assim precisa ser com a gente também, não adianta nada dizer isso ou aquilo. Se na hora da ação o que fazemos não torna legítimas nossas palavras.
Os religiosos não tinham ação que evidenciasse sua fala de que eram filhos de Deus, e matar Jesus era a maior evidência de todas com relação a isso.
Jesus está mostrando a todos desde o início de seu ministério que era proveniente de Deus, quando ele diz: “pois eu vim de Deus e agora estou aqui, Eu não vim por mim mesmo, mas ele me enviou”. Ele está chamando todos a observarem suas ações e tudo mais de sua vida e ver se algo que ele faz é contrário ao Deus que ele prega. Deus está a favor da vida, Jesus também está.
Seus inimigos não compreendiam Jesus quando ele ia mais a fundo nas questões. A verdade é que os fariseus e os outros inimigos de Jesus não tinham capacidade para aprender o que ele ensinava, eles não prestavam atenção ao que ele dizia, sendo assim, não podiam obedecer, conseqüentemente.
Podemos dizer através desta afirmação que ouvir o que Jesus tem a dizer, entende-lo e segui-lo é devido à capacidade e não escolha, Jesus pode dizer hoje: siga-me quem for capaz!
Mas quem é capaz de seguir, entender e obedecer Jesus? Certamente alguém pode dizer que é capaz de fazê-lo, assim como os fariseus e demais religiosos daquele tempo. É impressionante como a atitude deste tipo de gente não mudou depois de 2 mil anos. A verdade é que ninguém tem capacidade de si mesmo para seguir e obedecer a Deus.
Jesus revela de quem os judeus eram filhos, eles podiam negar, mas suas ações davam evidência exatamente do que Jesus estava dizendo. Não havia como eles fugirem se suas próprias ações, mesmo que eles negassem, suas atitudes mostravam a quem eles obedeciam. Mesmo que eles tivessem uma aparência, o que eles faziam demonstrava a quem obedeciam e não se pode fingir pra sempre, um dia alguém descobre. Da mesma forma que muitos fingem hoje, se vestem de uma certa forma, falam com palavras que evidenciam algo que no fundo não passa de uma mentira.
Muita gente hoje finge ser algo, tanto no meio underground quanto no meio evangélico isso é muito comum, deputados da bancada “evangélica” formando esquemas de corrupção, metaleiros que não fazem nada que mostre na prática a revolução que eles mesmos propõem. Como disse Cazuza, “meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder”!
Jesus talvez tenha compartilhado esse sentimento ao ver o templo, que no passado foi usado para adorar a Deus, agora sendo usado para manter um sistema que oprimia justamente ao pobre e aos menos favorecidos, pessoas a quem a misericórdia de Deus se destina. Infelizmente tem sido assim em muitos lugares hoje em dia, pessoas desprovidas de riquezas tem tido pouco ou nenhum espaço em nossas igrejas, quando tem espaço dentro da igreja, é o espaço que sobra, pois primeiro vem os “irmãos” (se é que se pode chamar de irmão) que tem o “coração” (carteira) mais recheado, depois de acomodar essas pessoas, aí o pobre pode sentar onde sobra, contanto que não fale nada, ou seja, quando tem lugar não tem voz.
Sendo assim, o movimento underground ou a igreja não tem nada de errado em si, mas os problemas são as pessoas que estão na igreja ou no movimento underground.
Jesus sempre disse que com ele é sempre sim, sim! e não não! Ou seguimos o diabo. O problema aqui nesta passagem é que Jesus estava diante de homens que não queriam admitir uma verdade incontestável, eles não eram filhos de Deus.
Jesus afirma categoricamente que o diabo é o pai dos seus opositores, também relembra o fato de que o Diabo sempre foi homicida, a vida que Deus dera a Adão fora tirada no dia em que o diabo entrou em contato com o homem, a mesma serpente que gerou o pecado no coração do homem, estava motivando o pecado dentro do templo. Os inimigos de Jesus somente seguiam a linha de seu pai, que é inimigo de Deus.
Eles afirmavam mentiras ao povo, sobre uma falsa liberdade, uma falsa santidade também, em Jesus nada há de falso, sua vida é integra e é justamente isso que ele oferece.
Jesus denuncia de onde vem a mentira e a morte presente no sistema opressor. Não havia modo de algo bom sair deste sistema, infelizmente alguns líderes hoje são assim também, com postura, mas sem atitude, com palavras de bem, mas ações malignas.
A triste verdade é que o povo estava sendo enganado, a mentira imperava e a morte também, pois a base de tudo estava em alguém que desde o princípio dos tempos é assassino, tudo estava perdido naquele sistema, o melhor a fazer era aderir a outro sistema e acabar com aquele, aceitar e seguir Jesus resolvia o problema, Jesus na verdade não é um sistema, mas um modo de vida.
Jesus não compactua com o sistema opressor, ele não somente não aprova como denuncia a mentira em que vivem e em que incentivam outros a viver, sendo assim, não havia modo de eles aceitarem Jesus, nada havia de semelhança entre o modo de Jesus agir (verdade que dá a vida) e o modo dos fariseus agirem (mentira que mata).
Não há nenhuma semelhança entre Jesus e a igreja que adere ao sistema que oprime o próximo, que humilha o pobre, que leva mais para baixo os miseráveis. Se Jesus procurasse a própria glória da mesma forma que os dirigentes judeus, eles logo o aceitariam, pois estariam diante de alguém semelhante a eles. Mas Jesus é diferente, Jesus anda na contramão, Jesus vai exatamente na direção contrária ao sistema do lucro, do capitalismo selvagem, da religiosidade impiedosa. Sendo assim, era impossível que a verdade de Jesus fosse compatível com a mentira dos religiosos.
Após fazer sua acusação Jesus os questiona sobre sua própria legitimidade, Jesus faz uma pergunta afirmativa para lhes mostrar que tinha integridade, ao contrário de seus opositores. A sua vida dava legitimidade ao seu discurso, a verdade pregada era verdade vivida, a liberdade da qual ele falava era exatamente a liberdade que ele vivia.
O conceito de pecado apresentado por Jesus é outro bem diferente da religião e revoluciona o conceito de pecado que temos. Para Jesus, pecado é ir contra o desígnio de Deus, não importa o que fazemos, pode ser até mesmo algo “bom”. Para Jesus, não importa o que fazemos, se o que fazemos não vem de quem somos, é preciso ser filho de Deus ao invés de simplesmente agir como um. Fingindo, seremos simples atores, e não cristãos de verdade.
É interessante notar como as pessoas querem se parecer com algo hoje. Mulheres que compram coturnos pesados para parecerem metaleiras e depois mal conseguem andar. Vejo caras que gastam muito dinheiro para customizar todo um aparato para ficar com uma aparência de headbanger, tudo inútil. Se não é algo que vem de dentro, não adianta. Da mesma forma, tem gente se vestindo de cristão, compra uma serie de CDs de certos cantores “gospel”, passa a andar com a Bíblia embaixo do braço e a chamar todo mundo de “irmão”, do mesmo modo, se não vier de dentro, não adianta.
Jesus por outro lado não podia ser acusado de pecado em qualquer sentido, suas palavras eram tão excelentes quanto seu modo de agir. Eles, porém, tem a sua lógica e modo de agir que, de acordo com a lógica proposta, lança uma mentira como sendo verdade, sendo assim, a verdade proposta por Jesus parece mentira.
Esta coerência que leva a matar Jesus não permite que aceitem a verdade, e esta é a razão pela qual não conseguem crer em Jesus. Eles estavam tão aprofundados na influência do diabo que não poderiam ver que Jesus lhes dizia a verdade. Como já dito anteriormente, crer em Jesus não é escolha e sim capacidade. Alguém com a mesma influência maligna dos religiosos inimigos de Jesus não consegue crer nele também.
Eles afirmavam que sua “verdade(?)” estava baseada em Deus, o que eles queriam na verdade era fazer Deus de cúmplice da sua mentira, e de seu modo de vida hipócrita, mas é exatamente isso que Jesus pretende ao dizer que ele vem de Deus, e que a evidência de que os religiosos não vem é que eles não podiam crer em Jesus.
Jesus conclui com o pensamento lógico, quem é de Deus ouve o que de Deus diz, simples assim. Jesus sendo filho de Deus, faz as obras que Deus o manda fazer. Suas ações o identificam com Deus da mesma forma que o modo de vida dos discípulos em Antioquia os identificou com Cristo.
Assim deve ser com todos que querem ser chamados de cristãos, ser cristão não é tanto fazer o bem ou ajudar o próximo, ser cristão é ser como Cristo. Jesus, sendo nosso maior exemplo, espera que sejamos como ele é. Se formos como Jesus, faremos as obras que ele fez. Só pode obedecer Deus aqueles que são seus filhos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Filhos de Quem?


João 8.37-40
37 Eu sei que vocês são descendentes de Abraão. Contudo, estão procurando matar-me, porque em vocês não há lugar para a minha palavra. 38 Eu lhes estou dizendo o que vi na presença do Pai, e vocês fazem o que ouviram do pai de vocês”.
39 “Abraão é o nosso pai”, responderam eles.
Disse Jesus: “Se vocês fossem filhos de Abraão, fariam as obras que Abraão fez. 40 Mas vocês estão procurando matar-me, sendo que eu lhes falei a verdade que ouvi de Deus; Abraão não agiu assim. (NVI)

Jesus sempre me causa admiração, mesmo quando ele era provocado até o limite ele se mantinha fiel a mensagem, não perdia tempo com más respostas. Mesmo quando respondia as perguntas idiotas dos seus inimigos ele continuava transmitindo sua mensagem. Jesus, ao mesmo tempo que, confirma a descendência de Abraão que seus adversários possuíam faz sua denúncia quanto ao seu procedimento, segundo o entendimento popular da época e até hoje, “filho de peixe, peixinho é!”, sendo assim, o que se podia esperar de quem afirma ser filho de Abraão era que sua atitude fosse igual a de Abraão. O homem que se dispôs a sacrificar seu próprio filho em oferta a Deus jamais tentaria matar o filho de Deus. Eles poderiam até compartilhar a mesma linhagem de Abraão, mas não a mesma dignidade e nem a mesma santidade ou procedência, podemos afirmar com toda a certeza que ser filho de alguém bom ou importante não vale nada se a atitude não comprovar isso.
Jesus não faz as coisas em interesse próprio, a exemplo de Deus, seu Pai. Seus adversários também agem de forma muito semelhante a seu pai, Jesus mostra que agimos exatamente como nosso pai, seja ele quem for, o pai que os religiosos tinham não era, na verdade, nem Abraão e nem Deus, eles tinham outro pai.
Interessante que Jesus está dizendo que nossas ações são iguais as de nosso pai espiritual, somos de Deus ou do diabo, não tem meio termo, os religiosos não queriam ou não podiam entender que estavam agindo exatamente como seu pai, mesmo que não admitissem isso.
Eles não queriam e não iam admitir que seu pai não era Abraão. Eles poderiam ter a mesma linhagem e o mesmo sangue até, mas mesmo assim eles não eram descendentes de Abraão. Como diz o ditado popular: “pai não é quem faz, mas quem cuida!” Paternidade não é vista em linhagem, mas em ação. Ser filho é fato dinâmico, nossas atitudes mostram de quem somos realmente filhos.
O que este fato tem a ver com um cara fã do Iron Maiden que mora em Ji-Paraná? Jesus está explicando que da mesma forma que aqueles caras, nós precisamos ter atitudes que nos identifiquem com o que pretendemos passar, da mesma forma que ser cristão requer atitude e não somente aparência, ser Underground é ter atitude. Da mesma forma que Jesus não aderiu a moda dos mestres de seu tempo e nem incentivou ninguém a seguir tendências, alguém que se diz “metaleiro” precisa ter atitude, não fazer algo porque outros fazem, Metal Discípulos é um ministério que visa unir essas duas forças.
Ser forte e ter coragem pra ter atitude diante deste mundo como um headbanger cristão. Alguém que não se deixa levar pelo que outros estão fazendo e que não se contenta com injustiça, que tem coragem de fazer diferença num mundo onde todo mundo quer ser igual, nas aparências e no egoísmo também. Se você é underground: seja diferente e faça diferença.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

E a Verdade os Libertará!

João 8.31-36
31 Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. 32 E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
33 Eles lhe responderam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?”
34 Jesus respondeu: “Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. 35 O escravo não tem lugar permanente na família, mas o filho pertence a ela para sempre. 36 Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres. (NVI)


Jesus acabara de receber novos adeptos, o versículo 30 diz que muitos creram em Jesus, sendo assim, Jesus podia já ficar feliz.
Era como um final de culto onde houve apelo e muitos levantaram a mão, o pastor manda alguém pegar os nomes e logo haverão muitos batismos e a igreja vai ter novos membros, isso sem falar no relatório pastoral que vai estar recheado. Todo mundo sai feliz.
Jesus é diferente dos pastores que estão por aí, ele não se dá por vencido quando muitos o abandonam, mas não se dá por vencedor quando muitos dizem crer em suas palavras.
Jesus não está preocupado em ter um numero grande de ouvintes, ele quer discípulos, pessoas que estejam dispostos a fazer mais do que dizer “sim” as suas palavras. Sendo assim, não basta aceitar suas palavras, é preciso seguir seus passos, Jesus anuncia uma importante e impactante frase (Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos). Uma frase antiga diz: "não basta ser pai, tem que participar!” aplicado a Jesus, este dito ficaria assim: “não basta dizer sim, tem que seguir!”
Suas palavras são diretas e dificilmente algum pastor atualmente fala algo assim, pois dizer isso é correr o risco de perder adeptos, e ninguém quer isso, eu vejo pastores reclamando de membros de suas igrejas que dão trabalho, mas eles não estão dispostos a dispensar suas ovelhas trabalhosas, isso diminui a receita da igreja, da descontentamento em muita gente, da mais trabalho se livrar de ovelha ruim do que agüentar as mesmas. A opção menos trabalhosa é sempre a escolhida.
Jesus anuncia isso na frente dos fariseus, que acabaram de perder adeptos para ele, e ainda completa com a frase famosa: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará!”
Jesus viu aquelas pessoas saindo de um sistema opressor para integrarem a nova vida que ele oferece, ele os chamara para caminharem no novo êxodo que ele propusera, sendo assim algo precisava ser acrescentado às mentes que tão tinham a completa noção do que acabaram de fazer, sendo assim Jesus anuncia  sua liberdade, eles não precisavam mais ser oprimidos, não precisavam mais ser escravos de um sistema que era bom para os que estavam no poder.
Com Jesus não temos que estar presos a qualquer coisa, ele nos oferece liberdade, não somente no que se refere a ir e vir, mas também liberdade intelectual, filosófica (seja lá o que isso quer dizer) ou psicológica. Suas palavras são a verdade e a verdade nos torna livres.
De quem somos escravos? Esta pergunta fez eco na cabeça dos fariseus, no exato momento em que Jesus disse a frase acima. Afinal, só precisa de liberdade quem é escravo, eles serviam ao império romano naquele exato momento, mas sua mente hipócrita não admitia isso, sendo assim o convite de Jesus à liberdade fez muito sentido, mas eles sempre batiam no peito para afirmar a linhagem de Abraão (que provavelmente nem tinham) não poderiam admitir que não eram homens livres. Eles mantinham outros em rédeas, não poderiam admitir que eram escravos.
Jesus apresenta a seus seguidores a beleza da opção que eles fizeram: a liberdade. Interessante que a igreja hoje abandonou esta mesma liberdade, no lugar de gozar a liberdade ela prefere dizer que é livre, e para gozar dessa tal liberdade ela se prende em vários sistemas (doutrinários, teológicos, constitucionais, etc).
Jesus mostra a impossibilidade da afirmação dos fariseus em dizer que eram livres afirmando que na vida (cheia de pecados) que eles tinham e propunham não havia liberdade, pois quem peca, é escravo do pecado, e quem é escravo não vive em liberdade. Há portanto dois caminhos a seguir, seguir os dirigentes do templo (escravidão) ou seguir Jesus (liberdade).
Com suas palavras, Jesus não somente reafirma a opressão do templo, mas a mentira que era a vida da forma como os religiosos propunham, pois a verdade acabara de libertar vários oprimidos, e de que a verdade liberta?
Os judeus afirmaram serem descendentes de Abraão. É importante lembrar que o simples fato de ser filho de Abraão não indica liberdade. Abraão tinha dois filhos, Ismael, filho da escrava e Isaque, filho da promessa. Seguir Jesus, a palavra/promessa tornou aqueles homens filhos de Deus, algo que realmente os habilitou a bater no peito por alguma coisa, porém, eles nada disseram.
Ser descendente da escrava faz da igreja uma descendente de Abraão, mas a mantém como escrava da mesma forma. É preciso então gozar da liberdade que Cristo propõe, deve-se aderir a Cristo, não ao sistema.
Sendo assim Jesus lança mão do convite à vida verdadeira e mostra como é impossível para quem não é seu discípulo viver essa vida, temos hoje muitas escolhas, mas apenas uma é crucial: a quem seguir. Todos fazemos essa escolha, ainda que muitos afirmem nunca ter feito esta escolha, ainda que muitos morram afirmando que não fizeram escolha alguma, a verdade é que nascemos como seguidores do sistema opressor quando não escolhemos outra coisa, permanecemos seguidores desse sistema.
O convite de Cristo não permaneceu somente para aqueles homens do passado, a vida verdadeira (possível somente para quem segue a Cristo) continua sendo possível e a decisão de seguir a Cristo tem a mesma urgente necessidade de ser efetivada na vida de todos e qualquer um pode fazer essa decisão. Termino este texto com a seguinte e importante pergunta: você já tomou essa decisão?

John Piper – A Centralidade de Deus em Si Mesmo


Em 2007, numa entrevista para a revista Parade, o ator Brad Pitt descreve como ele tropeçou no ego de Deus, assim como C.S. Lewis, Michael Prowse e Erik Reece antes dele.
Pitt foi criado como um Batista do Sul conservador. Por algum tempo, sua religião funcionou. Mas não por muito tempo.
“A Religião funciona. Eu sei que há conforto lá, um crashpad. É algo que pode explicar o mundo e te dizer que há algo maior que você, e que vai ficar tudo bem no final. Funciona porque é reconfortante. Eu cresci acreditando nisso, e funcionou pra mim em o que quer que tenha sido minha pequena crise pessoal no colégio; mas não durou muito para mim.”
Por que não? Ele aponta para o ego de Deus.
“Eu não entendia essa ideia de um Deus que diz: “Você tem que me reconhecer. Você tem que dizer que eu sou o melhor, e então eu lhe darei a felicidade eterna. Se você não fizer isso, não vai ganhar!” Parecia pra mim algo relacionado a ego. Eu não consigo ver Deus operando a partir do ego, então não fez sentido para mim.”
Então aí está novamente.
Deus é infinitamente sábio, justo, santo, forte e bom. Mas a ordem de Deus de que o vejamos como ele é, e sermos felizes com isso, é a razão pela qual Pitt achou Deus ininteligível. O fato de Deus ser Deus tem sido sempre o principal problema.
Há uma resposta para a aparente egomania de Deus e sua exigência de que o abracemos como o supremo — e supremamente satisfatório — Tesouro do universo:
1ª Razão — Ele é supremamente valioso e supremamente satisfatório.
2ª Razão — Recebê-lo como tal é a única forma de encontrarmos plena e eterna alegria.
3ª Razão — Portanto, sua exigência de que façamos tal é amor, não egomania.
Ore para que os milhares de Brad Pitts vejam que a exigência de Deus de adoração é uma exigência em que apreciamos o que é supremamente apreciável.
 extraido de : Voltemos ao Evangelho

Satanás fez o Mal se suicidar na Cruz


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ONIPOTÊNCIA E BONDADE DE DEUS - POR ED RENÉ KIVITZ


Acho que Epicuro foi quem formulou a questão a respeito da relação entre a onipotência e a bondade de Deus. A coisa é mais ou menos assim: se Deus existe, ele é todo poderoso e é bom, pois não fosse todo-poderoso, não seria Deus, e não fosse bom, não seria digno de ser Deus. Mas se Deus é todo-poderoso e bom, então como explicar tanto sofrimento no mundo? Caso Deus seja todo-poderoso, então ele pode evitar o sofrimento, e se não o faz, é porque não é bom, e nesse caso, não é digno de ser Deus. Mas caso seja bom e queira evitar o sofrimento, e não o faz porque não consegue, então ele não é todo-poderoso, e nesse caso, também não é Deus. Escrevendo sobre a Tsunami que abalou a Ásia, o Frei Leonardo Boff resume: “Se Deus é onipotente, pode tudo. Se pode tudo porque não evitou o maremoto? Se não o evitou, é sinal de que ou não é onipotente ou não é bom”.
Considerando, portanto, que não é possível que Deus seja ao mesmo tempo bom e todo-poderoso, a lógica é que Deus é uma impossibilidade filosófica, ou se preferir, a idéia de Deus não faz sentido, e o melhor que temos a fazer é admitir que Deus não existe.
Parece que estamos diante de um dilema insolúvel. Mas Einstein nos deu uma dica preciosa. Disse que quando chegamos a um “problema insolúvel”, devemos mudar o paradigma de pensamento que o criou. O paradigma de pensamento que considera o binômio “onipotência/bondade” como ponto de partida para pensar o caráter de Deus nos deixa em apuros. Existiria, entretanto, outro paradigma de pensamento? Será que as palavras “onipotência” e “bondade” são as que melhor resumem o dilema de Deus diante do mal e do sofrimento do inocente? Há outras palavras que podem ser colocadas neste quebra-cabeça?
Este problema foi enfrentado por São Paulo, apóstolo, em seu debate com os filósofos gregos de seu tempo. A mensagem cristã era muito simples: Deus veio ao mundo e morreu crucificado. Pior do que isso: Deus foi crucificado num “jogo de empurra” entre judeus e romanos, isto é, diferentemente dos outros deuses, o Deus cristão foi morto não por deuses mais poderosos, mas por homens. Sendo Deus, jamais poderia ser morto por mãos humanas, e sendo o Deus onipotente, jamais poderia nem mesmo ser morto. Paulo, apóstolo, estava, portanto, diante de um dilema semelhante ao proposto por Epicuro: Deus era uma impossibilidade filosófica.
Foi então que os apóstolos surgiram com uma resposta tão genial que os cristãos acreditam que foi soprada pelo Espírito Santo: antes de vir ao mundo ao encontro dos homens, Deus se esvaziou da sua onipotência, isto é, abriu mão do exercício de sua onipotência, e por amor, deixou-se matar por eles. (Eu disse que “Deus abriu mão do exercício de sua onipotência”, bem diferente de “Deus abriu mão de sua onipotência”).
O apóstolo Paulo admitia que não era possível pensar em Deus sem considerar o binômio bondade/onipotência. Optou pela palavra amor, assim como o apóstolo João, que afirmou “Deus é amor”. Jesus de Nazaré foi Deus encarnado na forma de Amor, e não Deus encarnado na forma de Onipotência. Os cristão não dizem “Deus é poder”, dizem “Deus é amor”.
Isso faz todo o sentido. Um Deus que viesse ao encontro das pessoas em trajes onipotentes chegaria para se impor e reivindicar obediência irrestrita, impressionando pela sua majestade e força sem iguais. Jung Mo Sung adverte que “a contrapartida do poder é a obediência, enquanto a contrapartida do amor é a liberdade”. Também assim pensou o apóstolo Paulo, ao afirmar que o que constrange as pessoas a viver para Deus é o amor de Deus (demonstrado na morte de Jesus na cruz). Não é o poder de Deus que cativa o coração das gentes, mas sim o amor de Deus.
Na verdade, “Deus não tinha escolha”. Ao decidir criar o ser humano à sua imagem e semelhança, deveria criá-lo livre. Desejando um relacionamento com o ser humano, deveria dar ao ser humano a liberdade de responder voluntariamente ao seu amor, sob pena de ser um tirano que arrasta para sua alcova uma donzela contrariada. Somente o amor resolveria esta equação, pois somente o amor possibilita a liberdade para que o outro possa inclusive rejeitar o amor que se lhe quer dar.
André Comte-Sponville é um ateu confesso (sei que vou levar pedradas) que discorre a respeito do amor divino como poucos que já li. Acredita que o amor divino é um ato de diminuição, uma fraqueza, uma renúncia. Usa os argumentos de Simone Weil: “a criação é da parte de Deus um ato não de expansão de si, mas de retirada, de renúncia. Deus e todas as criaturas é menos do que Deus sozinho. Deus aceitou essa diminuição. Esvaziou de si uma parte do ser. Esvaziou-se já nesse ato de sua divindade. É por isso que João diz que o Cordeiro foi degolado já na constituição do mundo. Deus permitiu que existissem coisas diferentes Dele e valendo infinitamente menos que Ele. Pelo ato criador negou a si mesmo, como Cristo nos prescreveu nos negarmos a nós mesmos. Deus negou-se em nosso favor para nos dar a possibilidade de nos negar por Ele. As religiões que conceberam essa renúncia, essa distância voluntária, esse apagamento voluntário de Deus, sua ausência aparente e sua presença secreta aqui embaixo, essas religiões são a verdadeira religião, a tradução em diferentes línguas da grande Revelação. As religiões que representam a divindade como comandando em toda parte onde tenha o poder de fazê-lo são falsas. Mesmo que monoteístas, são idólatras”.
Você já imagina onde quero chegar. Isso mesmo, entre a onipotência e a bondade de Deus existe a liberdade do homem, e o compromisso de Deus em respeitar esta liberdade. Isso ajuda a entender porque existe tanto sofrimento no mundo. O mal não procede de Deus e não é promovido ou determinado por Deus. O mal é conseqüência inevitável da liberdade humana, que teima em dar as costas para Deus e tentar fazer o mundo acontecer à sua própria maneira. Diante do mal e do sofrimento, o Deus com os homens, encarnado em Amor, também sofre, se compadece, tem suas entranhas movidas de compaixão. E morre. O Deus Amor encarnado em Jesus de Nazaré é assim, entre matar e morrer, prefere morrer.
Mas você poderia perguntar por que razão Deus não acaba com o mal. Isso é simples: Deus não acaba com o mal porque o mal não existe, o que existe é o malvado. O mal não é uma entidade ao lado de Deus. O mal é o resultado de uma ação humana em afastar-se do Deus, sumo bem. O monoteísmo cristão afirma que há um só Deus, e que o mal é a privação da presença de Deus. Os cristãos não são dualistas que postulam a existência do bem e do mal. O mal é apenas a ausência do bem. Por isso, o mal não existe, o que existe é o malvado, aquele que faz surgir o mal porque se afasta de Deus, o supremo e único bem.
Ariovaldo Ramos me ensinou assim, e completou dizendo que “para acabar com o mal, Deus teria que acabar com o malvado”. Mas, sendo amor, entre acabar com o malvado e redimir o malvado, Deus escolheu sofrer enquanto redime, para não negar a si mesmo destruindo o objeto do seu amor. Por esta razão Deus “se diminui”, esvazia-se de sua onipotência, abre mão de se relacionar em termos de onipotência-obediência, e se relaciona com a humanidade com base no amor, fazendo nascer o sol sobre justos e injustos, e mostrando sua bondade, dando chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo sustento com fartura e um coração cheio de alegria a todos os homens.
A equação amor e liberdade na relação entre Deus e o homem resulta um escândalo: um Deus que sofre por amor. E quando Deus sofre, o homem sofre. Ou, na verdade, Deus sofre porque o homem sofre, isto é, Deus sofre porque ama o homem que sofre.
extraído de Paulo Cilas

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Denúncia



João 8.25-30

25 “Quem é você?”, perguntaram eles.
“Exatamente o que tenho dito o tempo todo”, respondeu Jesus. 26 “Tenho muitas coisas para dizer e julgar a respeito de vocês. Pois aquele que me enviou merece confiança, e digo ao mundo aquilo que dele ouvi.”
27 Eles não entenderam que lhes estava falando a respeito do Pai. 28 Então Jesus disse: “Quando vocês levantarem o Filho do homem, saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou. 29 Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, pois sempre faço o que lhe agrada”. 30 Tendo dito essas coisas, muitos creram nele. (NVI)


O texto começa com uma pergunta feita pelos fariseus (“Quem é você?”). O mais interessante é que esta pergunta vem logo após Jesus dizer quem ele é. A questão não surgiu porque os fariseus não soubessem quem era Jesus, mas porque a declaração de Jesus sobre quem ele é não foi satisfatória, sendo assim, eles se fingiram de desentendidos por algumas razões, e uma delas é porque eles não esperavam um Messias como Jesus.
Jesus reafirma o que havia dito, ele não volta atrás e nem fala novamente. O que ele diz é só pra lembrar as suas próprias palavras.
Jesus não reclama o titulo de Messias, pois ele não era o Messias que os religiosos esperavam. Sua autoridade é segundo a lei de Deus, não segundo a lei dos homens.
Em um momento de pressão, Jesus não dá pra trás, ele não desmente o que havia dito, ele confirma, assim como ele espera que nós façamos e não o neguemos, ele também não nega quem ele é por causa da circunstância.
Jesus anuncia então o que tem a fazer, ele não somente diz quem é, como anuncia a posição condenável em que os fariseus se colocaram. Jesus diz que há um julgamento esperando pelos seus adversários não só pelo que eles planejam fazer com Jesus, mas pelo que eles vêm fazendo com o povo.
Isso faz pensar em nossas próprias ações injustas, o que fazemos e que também é condenável, será que estamos tão diferentes dos fariseus? É bom pensar nisso.
Jesus julga baseado no que ouviu de seu Pai, mas quem é seu Pai? Essa pergunta fez eco na cabeça dos fariseus, sua mentalidade religiosa não pode aceitar o fato de que Deus está em favor do homem, sua preocupação é antes julgar do que ajudar. Mal sabiam eles que sua atitude em julgar e condenar os outros era exatamente o que os levaria a serem condenados.
As palavras de Jesus o levariam ao madeiro, ele não somente sabe disso como prediz sua morte (Quando vocês levantarem o Filho do homem). Os fariseus queriam a morte de Jesus, achando que estariam acabando com Jesus. Não sabiam que sua atitude iria exaltar Jesus acima de todos, tudo que Jesus fez (o discipulado de doze homens, suas parábolas, seus discursos, seus milagres, enfim, seu ministério), tudo isso deveria resultar em sua exaltação, e nisso os fariseus tem grande parte.
O que aparentemente seria uma vitória para os fariseus, foi a vitória e exaltação de Jesus. Diante disso Jesus não precisa e nem vai dar pra trás, afinal ele tem a companhia do Pai, ele está muito bem protegido, assim como um pai conduz seu filho protegendo-o, o Pai conduzirá Jesus (seu filho) e irá protegê-lo. Jesus age com ousadia e não volta atrás em suas declarações, se seu pai é Deus em favor do homem, ele também é.
Impressionante disso tudo é que quando Jesus fala, suas palavras causam transformação, muitos aderiram a ele depois de seu discurso.
Quando Jesus fala há transformação, sendo assim, por que muitos vão à igreja e não se convertem?
Este texto me fez lembrar que muitas vezes as pessoas vão à igreja e não são convertidas porque Jesus não esta falando lá. A pregação é coerente, o pregador usa técnicas para causar boa impressão, há demonstração de poder através de exorcismos, louvor “extravagante”, testemunhos diversos. Mesmo assim, Jesus não se faz presente, neste caso, a falta de conversão é culpa da igreja, pois está sendo como o templo era e seus lideres como os fariseus.
Por outro lado, há também a possibilidade de irem no intuito de se divertir, aproveitam as músicas, e até participam de alguma coisa, mas não dão atenção ao que Jesus está falando, sendo assim eles responderão pelos seus próprios atos, assim como os que não aderiram a Jesus no caso citado.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ponto Com - Cristo Reina

sempre penso em letras de música, porque a música 
influencia muito e eu gosto de musicas com letras boas, 
quando descubro musicas profundas eu gosto mais ainda. 
Gostei dessa musica e vejo que ela reflete o sentimento 
que queremos passar no metal discípulos. 








Se quer vencer tem que lutar 


levante a mão pra guerrear


o anjo vem tocar voce e te dar força pra vencer


não precisa mais temer Cristo guarda voce


a chave da vitória esta em suas mãos 


Cristo Reina Deus de salvação


receba agora a vitoria que DEUS entrega pra voce


se algum demonio se levantar por sete caminhos vai se


mandar


não precisa mais temer


cristo guarda voce a chave da vitoria esta em suas


mãos....


é só buscar e acreditar e as muralhas derrubar


agora que ja venceu de um brado forte e glorifique a


DEUS

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

UM JESUS UNDERGROUND






Por muito tempo indaguei o por que da religião ter se tornado o maior inimigo do Reino de Deus. Eu me pergunto se Jesus faria muita das coisas que julgamos ser certo ou errado. Ele tinha um jeito todo peculiar de ser, cuspir nos olhos de um cego, por exemplo, permitir que uma prostituta o beijasse, dentre outros acontecimentos chocantes aos olhos dos judeus.
Ao estudar um pouco sobre a cultura no oriente, passamos a ver o quão chocante foram as  atitudes de Jesus. Se você me perguntar se um cristão deve usar tatuagem eu lhe digo com toda certeza que o escândalo cultural que Jesus causou foi muito maior que uma simples tatuagem nos dias de hoje, por  exemplo.
Uma coisa é fato: Jesus foi e é UNDERGROUND !!! Eu poderia falar de homens que são exemplos de vida e santidade na cena cristã, mas tomei a responsa de falar do Rei dos Reis: Jesus – o Messias.    O maior exemplo de paixão e radicalismo.
Ele como nosso modelo de vida, estilo, fé e devoção nos inspira a deixar as coisas insignificante da vida para buscar o que realmente é importância… as pessoas. Nunca vi um cara tão apaixonado por vidas como Ele. Ele me constrange com sua devoção e caráter.

Segue então a pergunta. Se Ele é nosso exemplo de vida, se devemos imitá-lo, porque não nossos levados ao mesmo grau de radicalismo? Será por medo, rejeição ou vergonha? Ser cristão não é um status e nem uma marca de tênis famosa e muito menos uma modinha formulada pela mídia.
Sabe, tenho acompanhado as noticias tanto no meio secular como cristão e te  digo com certeza que o mundo esta clamando por um cristianismo extremo na mesma intensidade que Jesus pregava… Brother, não tô falando de gritos, lindas performaces, oratórias e sim alguém que tem seus olhos abertos para o Reino, um lugar onde Deus é o centro… não um julgo, um peso, uma obrigação, mas um estilo de vida sadio.

“Ser cristão não é ser alienado e sim alguém que
enxerga a vida por um prisma bem amplo”

Gostaria de citar aqui alguns pontos que julgo de suma importância para que possamos compreender  um pouco da visão de Cristo quando veio a terra:

1.   IDENTIDADE
Algo que gostaria de citar é o falto de Jesus ter convicção de quem ele É.
O seculo XX e XXI tem sido mestre em gerar pessoas sem identidade. Garotos que vivem a copia de uma astro do rock, garotas que se vestem como as mulheres frutas, novelas, filmes, seriados e bandas tem sido os grandes influenciadores para nossos adolescentes, gerando essa falta de identidade. Então brother não adianta comprar roupas caras para seu filho, dá a chave do carro para seu guri, se você nunca falou que o ama e nunca esta perto dele nos momentos de duvidas. Ok???
Quando o Espirito dirigiu Jesus para o deserto o diabo fez a seguinte pergunta: “Se tu és o filho de Deus”. Cara, nessa frase poderia está o cheque mate para detonar Jesus. O que satanás não contava é que Ele tinha e tem convicção de quem Ele é. Se houvesse alguma duvida seria mole fazer Jesus obedecer as ordens do inimigo já que buscaria provar quem era. Por que Jesus não transformou pedra em pão você já se perguntou?  Simples, ele não precisava provar nada para ninguém para ser Deus. Ele é Deus e ponto final. E que exploda quem pense o contrario.
Saiba quem você é em Cristo, esse é o primeiro passo de quem esta se enraizando no caminho do Senhor. Ter uma identidade sadia em Deus.

2.  PRECONCEITO
Em meu ultimo post mostrei algumas fotos que chocaram e causaram uma certa indignação por parte de muitas pessoas pelo fato de trazer injustiça, dor e covardia.
Sabe, um filme que gostei muito foi: Crash – no limite, ao abortar um tema como preconceito e como erramos ao procurar definir uma pessoa por aquilo que “aparenta ser”.  Fala-se muito em igualdade social, racial, religiosa, etc. Mas sera que temos experimentado isso?  Será que a cota de negro nas universidade vão diminuir o preconceito? Me desculpe Brasil, mas o preconceito esta mais vivo do que nunca em nossos dias.
Jesus foi totalmente contra qualquer tipo de preconceito ao tratar todos de igual valor. Um samaritano, ladrão, prostitutas, adulteras, gentios, etc… Ele agiu na base do Reino.
Ser preconceituoso é ser injusto, covarde e sem amor próprio. Porque julgar alguém pelo que pensa, atitude ou aparência? O que faria Jesus em seu lugar? Pense nisso!

3.  QUEBRANDO BARREIRAS
Ele era fora de sério. Pensar em Jesus é muito diferente daquilo que vemos na TV, internet e qualquer outro meio de comunicação. Ele é único. Nos mostrou um amor diferente, um amor que vai além do conforto e orgulho próprio.
Consigo ver Ele cuidando de cada discípulo com amor, posso imaginar quantas besteiras Pedro, João, Tiago, eles fizeram que não constam na Bíblia. Um clima de irmandade foi gerado entre eles, de paz. Mas mesmo assim não poupou nenhum deles… Ao dizer: Ide…. Ide… Ide…
Ide a todos !!! esse todos é justamente TODOS(tribos, povos e raças).  Cristo amava um desafio e um deles era conquistar o coração humano com seu modo de viver.  Pense comigo.. Você consegue imaginar o olhar da samaritana quando Jesus falou com ela? O de Zaqueu? De Madalena? Ele nunca médio esforços para conquistar uma vida! Quebre barreiras… A religiosidade dos judeus não foi suficiência para paralisar Jesus.
Seja uma benção aos que estão ao seu redor!

4.  AMIGO DE CRUZ
O que vem a sua mente a primeira vez quando se fala de ser amigo de Cruz?
Penso na cenas de uma pequena ilustração onde o personagem principal esta em uma guerra e  mesmo ferido volta ao campo de batalha para resgatar seu companheiro apenas para ouvir as palavras do amigo que estava quase morto dizer: “Eu sabia que você voltaria amigo”.  Assim como o personagem da historia, Jesus nos mostrou um outro lado de sua face. Um amor incondicional cheio de compreensão e interesse pelo próximo.
Imagina comigo uma geração toda sangrando a dor do pecado, todos a sua volta insistem em dizer que não há mais solução e que a morte é certa. Um homem veio de sua glória para resgatar essa geração. Sofreu dores, rejeição, foi traído, mas mesmo assim Ele tanto amou. O que vem a ser o amor em tempo onde viver para si é tao normal? O capitalismo contaminou nossa alma e só pensamos em nós.
O que fez Jesus descer dos céus e nos resgatar como o personagem da historia? Ele sentiu a dor dos doentes, da sociedade e não ignorou sua “lepra”. É tao fácil ignorar os portadores de HIV, as prostitutas, os drogados, os bêbados, os mendigos.. Mas quem vai ser o “amigo de cruz”?
Sabe, hoje em dia ser evangélico é legal.. mas não quero ser legal e sim ser Cristão. Um Cara que sente a dor dos doentes e maltratados pela sociedade.
Ser amigo de cruz é ajudar ao próximo no mais extremo da palavra.
Agir e não fingir. Chorar e não murmurar diante das adversidades.”
É tempo de despertar!
Muitas pessoas adorariam ser seu amigo.
Curtir sua companhia.
Faça a Diferença!

CONCLUSÃO

Eu tive fome,
e tu formaste um grupo humanitário
para discutir minha fome.
Estive preso
e tu te retiraste discretamente para a tua igreja
e oraste pela minha libertação.
Estava nua
e, na tua mente, questionaste
a moralidade da minha aparência.
Estiver enferma
e tu te ajoelhaste e agradeceste a Deus por tua saúde.
Estava desabrigada
e tu me falaste do abrigo espiritual do amor de Deus.
Estava solitária
e tu me deixaste sozinha a fim de orar por mim,
Parecias tão santo, tão próximo de Deus!
Mas eu ainda estou com fome… e sozinha… e com frio.


Querido, faça a diferença!
Em Cristo, com Amor
Extraído de: Jason Mastral