segunda-feira, 11 de abril de 2011

John Piper – Qual é nossa participação no novo nascimento?



Você pode ter pensado que eu diria que não temos participação na regeneração, porque somos espiritualmente mortos. Mas os mortos participam e muito de sua ressurreição – afinal de contas, eles ressuscitam! Eis um exemplo do que quero dizer: quando Jesus se aproximou da sepultura de Lázaro, que estava morto havia quatro dias, Lázaro não teve participação alguma na concessão de sua nova vida. Cristo causou a ressurreição. E Lázaro ressuscitou. No instante em que Deus nos dá nova vida, vivemos. No instante em que o Espírito produz fé, cremos.
A sua participação consiste em exercitar fé — fé no Filho de Deus crucificado e ressurreto, Jesus Cristo, como o Salvador, o Senhor e o Tesouro de sua vida.
A resposta continua assim: a sua ação de crer e a ação de Deus em fazer acontecer são simultâneas. Ele faz acontecer, e você crê no mesmo instante. E — isto é muito importante — a ação dEle é a causa decisiva da sua ação.
Se é difícil para você pensar numa coisa originando outra quando elas são simultâneas, pense no fogo e no calor ou no fogo e na luz. No momento em que há fogo, há calor. No momento em que há fogo, há luz. Entretanto, não diríamos que o calor provocou o fogo ou que a luz causou o fogo. Dizemos que o fogo causou o calor e a luz.
Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; (1 João 5:1)
A combinação do tempo presente (crê) com o particípio (é nascido) é importante. Ela mostra claramente que a fé é a conseqüência, e não a causa, do novo nascimento. Nossa atividade contínua de crer é o resultado e, portanto; a evidência de nossa experiência passada do novo nascimento, pela qual nos tornamos e permanecemos filhos de Deus. (John Stott)
Então, o que isso significa para nós? Significa quatro coisas, e oro para que você as receba com alegria.
1. Significa que devemos crer para sermos salvos, “Crê no Senhor Jesus e serás salvo” (At 16.31). O novo nascimento não assume o lugar da fé, ele envolve fé, é o nascimento da fé.
2. Significa que, entregues a nós mesmos, não cremos. Um morto não pode dar respiração a si mesmo.
3. Significa que Deus, sendo rico em misericórdia, grande em amor e graça soberana, é a causa decisiva da fé.
4. De acordo com 1 Pedro 1.22, o amor é o fruto do coração que foi regenerado. Isso quer dizer que nenhum aspecto da vida deixa de ser afetado pelo novo nascimento.

No capítulo 8, Piper expõe 1 Pe 3:13-25 e mostra a relação entre nossa fé e o novo nascimento. Tem um pequeno trecho onde ele fala sobre relevância e pregação (algo tão falado hoje em dia) que abre o capítulo  majestosamente. Já no capítulo 9, ele explica porque as boas novas tem que ser inteligíveis e não um mantra e, expondo 1 João 5:1, mostra porque o novo nascimento é a causa da fé e não o contrário.
fonte: Voltemos ao Evangelho



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