domingo, 16 de dezembro de 2012

DOIS DESTINOS

Jesus usava uns exemplos bem estranhos, mas muito úteis e atingiam o objetivo que ele queria.
Jesus deu certa vez esta sentença: “eu sou a videira, vocês são os ramos”, o discípulo não tem vida em si mesmo, da mesma forma que o ramo só tem vida enquanto está ligado à videira.
Jesus tem a vida definitiva, sendo assim, os discípulos precisam estar em Jesus pra receber esta vida. Há dois finais óbvios, duas possibilidades: permanecer ou não na videira.
Para quem permanecer a vida, como Jesus é a fonte de vida, é preciso estar nele para ter a vida definitiva.
Por outro lado quem não permanecer com ele obviamente está desligado da fonte de vida, não resta alternativa senão a morte.
Para quem permanece em Jesus e recebe a vida definitiva (vida eterna) há também o beneficio de produzir fruto, quem está vivo obviamente desenvolve a vida (produz fruto).
Esse produzir fruto (conseqüência da aproximação e do compromisso com Jesus) se reflete não em coisas para si mesmo, não se reflete também em números e muito menos em igreja cheia (os neopentecostais que me perdoem). Esse fruto se reconhece no cumprimento dos mandamentos que Jesus deixou (amor Deus e ao próximo), no fim, não é somente um compromisso com Jesus, mas também com o próximo.
Esse compromisso com Jesus não é fruto de voluntarismo, mas sim o resultado de uma capacitação. Advinda de receber suas palavras que limpam, sendo assim as coisas são bem simples: Jesus infunde suas palavras que limpam, fornece vida ao ramo para que este permaneça na videira, o ramo permanece na videira. 



sábado, 1 de dezembro de 2012

Levantem-se, vamo-nos daqui!


João 14.28-31

Servir a Cristo sempre é bom, mesmo quando as coisas são difíceis, e quase sempre são. Pois o príncipe desde mundo não está a nosso favor, interessante que oi justamente contra isso que Jesus lutou, o inimigo principal de Jesus não foram os religiosos, ele não esteve contra pessoas, por mais que muitas pessoas se opuseram a ele e chegaram até a matá-lo.
Seu inimigo não eram essas pessoas, na verdade ele não se importou com esse inimigo e falou pouco dele, sua ação e seu pensamente foi mais concentrado nas pessoas que estavam ao seu redor, às pessoas que o procuravam e buscavam sua presença com humildade.
Perto do dia em que morreria na cruz (como de fato morreu), Jesus citou esse inimigo aos seus discípulos. Interessante que Jesus não teve medo hora nenhuma, ele sabia que seria entregue para sofrer, que ia morrer e isso de maneira humilhante. Não seria fácil para ele, não seria nada fácil.
Sabendo que teria que passar todas essas coisas (e que eram necessárias) ele deu a seus discípulos as últimas instruções, ele deu tranqüilidade a eles sabendo que sua partida não seria definitiva e nem prolongada (Vou, mas volto para vocês) ele alertou seus discípulos sobre seu inimigo (o príncipe deste mundo está vindo). É interessante porque Jesus não teve medo hora nenhuma, ele sabia e instruiu seus discípulos a não terem medo também deste inimigo, até mesmo porque a luta de seus discípulos não seria contra inimigo algum.
Diante do inimigo Jesus fala uma frase bem simples: Levantem-se, vamo-nos daqui! (Jo 14.31)
Essa expressão marca o que Jesus quer de sua igreja, me lembra uma expressão que ouvi uma vez também: os chamados para fora. A idéia de que igreja é movimento, de que igreja é Igreja se ela caminha, se ela está em movimento.
Há um desencadeamento de fatos que precisam ser mencionados. Primeiro é preciso dizer que Jesus estava dando instruções a seus discípulos, ele estava buscando fixar em suas mentes o fato de que eles não teriam mais sua presença de forma material e que teriam que buscar resolver as coisas.
Segundo, Ele os alerta para a presença dos seus adversários, que não eram pessoas, mas sim o sistema, Jesus não se põe contra nenhum ser humano, mesmo que muitas pessoas se posicionem contra Jesus ele não age contra ninguém, este inimigo é o sistema opressor.
Terceiro e mais brilhante, Jesus chama os seus para movimentar-se, sua chamada é para continuarem trabalhando independente do que o mundo pensar deles ou fizer contra eles, o inimigo vem, enquanto isso nós trabalhamos.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ENQUANTO O MUNDO DESMORONA...


Acredito que até a pessoa mais desinformada saiba das más noticias sobre o Brasil, principalmente em São Paulo e agora até em Florianópolis. É assustador saber também que uma lista com 100 nomes de policiais HONESTOS foi entregue ao crime para que esses policiais morressem, ou seja, se o policial não participa da corrupção ele morre, injustiça é uma palavra que não diz completamente o sentido que isso tem.
É assustador saber o quanto este mundo está não somente violento, mas também apodrecido. O julgamento do mensalão está acabando e provavelmente alguns (senão todos) não vão cumprir a pena por “falta de espaço” nas cadeias. Duvido que falte lugar pra assaltante que rouba 100 reais ou traficante de boca de fumo. Pra peixe pequeno não falta espaço.
Olhando a nível global o que se vê é o presidente dos EUA reeleito, Barack Obama, assim que reeleito aprovou o uso recreativo (incluir http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2012/11/casamento-gay-e-uso-recreativo-da-maconha-aprovados-em-referendos) da maconha para os estados que quiserem. No Egito um muçulmano extremista convocou o povo muçulmano a derrubar a esfinge e as pirâmides.
O mundo está um lugar cada vez mais difícil de viver, onde uma mulher vai pedir a um mendigo para não depredar um patrimônio público e apanha na cabeça com um pedaço de pau e não morre porque outras pessoas impedem. No meio disso tudo a solução encontrada pelo ministério público de São Paulo é pedir para que seja retirada a frase “Deus seja louvado” das notas de reais.
Alguns dizem que Deus esqueceu este mundo, e pelas noticias que leio e atitudes das pessoas ao meu redor eu começo a acreditar que as pessoas querem que Deus esqueça mesmo. Isso se espalha como praga, as desgraças que as pessoas fazem e dão um jeito de culpar Deus no final das contas.
A um tempo atrás eu ouvi uma frase muito interessante que sempre me lembro ao ouvir noticia das desgraças que acontecem no mundo, a frase é: graças a Deus que vivo em outra realidade.
Não quero dizer com isso que sou alienado, simplesmente sei que ha uma saída, há esperança, pois quem tem Deus tem sempre uma saída. E é isso que buscamos também. Creio que a melhor noticia de todos os tempos foi essa: Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós (João 1.14).
Essa noticia diz que Ele não somente veio, mas viveu com a gente, quando dizemos que Deus sabe a dor que sofremos, estamos falando a verdade, Jesus veio e teve uma vida miserável, passou fome, frio, más condições de moradia, de saúde. Fez o máximo pelo próximo e foi questionado por isso, foi excluído por isso, mal visto. Creio que dizer que Jesus se sacrificou por nós não deve ser entendido somente como aquele momento na cruz, toda sua vida foi um grande sacrifício.
Ele sofreu no sentido mais estrito da palavra, seu sofrimento não foi pouco, mas teve um objetivo bem específico, a possibilidade de nós vivermos. É complicado publicar um texto que defenda a fé em Cristo numa sociedade em que dizer que é ateu é “legal e inteligente”, se a pessoa diz que não crê em Deus ela é tida como alguém que pensa livre, que não está preso a nada, nem ninguém.
Mesmo com toda essa baboseira sendo dita uma coisa mantemos e disso não nos apartamos, Cristo veio e viveu entre nós, isso é um fato esplendidamente bom. E é interessante que ele viu que este mundo está perdido, mas isso não o desanimou, ele não veio mudar a realidade inteira, mas veio transformar pessoas, não creio que Deus venha e tire o mal do mundo, o problema não está no mal, o mal não é um indivíduo que caminha na rua e pode ser identificado, mal é atitude, mal é o que as pessoas fazem (da no mesmo, mas...), sendo assim Deus tem uma forma de fazer as coisas e um plano que ele pôs em prática para que o mundo esteja melhor.
Durante o tempo em que estava aqui ele escolheu doze homens para estarem com ele, esses homens aprenderam dele, o mundo de cada um deles foi totalmente transformado e eles foram enviados ao mundo para ensinar outros, essa é a missão da igreja, assim como no filme Titanic aqueles homens tocaram até o navio afundar, o cristão autêntico tem que anunciar o evangelho enquanto o mundo desmorona, mesmo que a sociedade não seja transformada.
Que Deus nos leve a anunciar sua palavra levando em consideração a urgência de pregar em um mundo que desmorona.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Alguns podem ver...




Olhando para nossa realidade podemos ver que apesar do caos, há também esperança. Há duas campanhas que me chamam a atenção e não é porque eu pense que o dinheiro vai todo para essas campanhas ou que os canais de televisão que assistem essas campanhas sejam justos em outras campanhas e na forma de proceder como empresas publicas: é o Criança Esperança e o Tele Tom.
Me chamam a atenção porque são campanhas voltadas para crianças, com a aparente preocupação com as crianças, creio ser justo que a preocupação com crianças porque são seres humanos tão valiosos quanto qualquer um mas com menos possibilidades em si mesmos de sobrevivência no mundo de hoje em dia.
Na verdade o mundo sempre foi um lugar perigoso e uma criança sozinha nunca esteve segura, na verdade ninguém está seguro se está sozinho (esta regra não vale para Chuck Norris).
Jesus era um apologeta nato. Ele não somente ensinava os discípulos, mas também os protegia dos ataques que os fariseus faziam. Ele agia como um pai, como um tutor, como o que fosse necessário para que seus discípulos não ficassem a mercê de qualquer inimigo, seja qualquer das facções religiosas que perseguiam Jesus ou do próprio diabo, que tinha um dos seus infiltrados no meio dos discípulos.
Jesus voltou para junto do Pai e foi exatamente por isso que ele elaborou um plano na trindade para que seus discípulos não ficassem órfãos, já que ele teve que deixá-los. Ele enviou o Espírito Santo para que estivesse com seus discípulos e com a igreja desde sua morte até o fim de todos os tempos. Mas sua ação não se restringiu a isso, Jesus não se resume hoje em dia ao que alguém sente quando ora ou quando uma musica toca na igreja. Ele é mais do que isso e sua preocupação com nossa existência como pessoas e como igreja não se resumiu a ficar pensando no que poderia fazer para nos ajudar, ele mesmo permanece entre nós através da igreja, ele mesmo age e se faz visível para os seus.
É interessante como isso acontece na vida prática, pois há pessoas que afirmam com toda a certeza que Jesus existe mesmo sem terem “visto” ele, tais pessoas não viram Deus da mesma forma como vêem as pessoas ao seu redor, mas vêem Deus em tudo, ao olhar para o céu (esteja nublado ou com Sol), ao olhar para uma arvore, ao olhar para o sofrimento (tanto delas quanto dos outros) ou para as catástrofes do mundo. É interessante o fato de que muitos estejam dispostos a morrer por isso.
Há outras pessoas, no entanto, que não vêem Deus em nada, que usam muitos argumentos (sejam científicos, filosóficos ou biológicos) para afirmar como as coisas acontecem, para essas pessoas acreditar em Deus ou professar uma religião é total perda de tempo.
A questão central que vejo nisso é o seguinte, Jesus não se manifesta para qualquer um, sua presença não pode ser vista ou sentida por qualquer um, há um critério para que a pessoa veja Jesus em suas manifestações, ela precisa pertencer a ele. É interessante que para  estar com Jesus, pertencer a ele e servir a ele não é necessário pagar a ele com dinheiro, não é necessário também estar no topo em qualquer espécie de status.
Jesus não se baseia nos critérios humanos como status (seja ele social, financeiro ou intelectual), sua sentença não é estabelecida da mesma maneira que a nossa. Sendo assim, os que andam com Jesus, aqueles capazes de andar com ele, são chamados a isso pelo fato de que Deus é bom, de que Deus é misericordioso, nada deles mesmos, nenhum motivo de orgulho ou arrogância, pelo contrário, o fato de alguém ser salvo pela graça (sem merecer) é motivo de humilhação.
Basicamente funciona assim: Jesus se manifesta para os seus, estes não somente vêem Jesus em suas próprias vidas como em tudo que acontece até mesmo as catástrofes e infelicidades que ocorrem no mundo servem para evidenciar a existência de Deus. Aqueles que não são de Jesus não o vêem, nem se quiserem, Jesus é para essas pessoas somente uma palavra ou algo em que outros crêem, não tem sentido nenhum adorara algo que está só na imaginação dos outros.
Que Deus nos abençoe para vermos sua ação em todas as coisas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

QUEM AMA OBEDECE



Agostinho disse que “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.” Creio que é importante conhecer a Bíblia e o que ela ensina, já que tem tanta gente falando de Jesus por aí, é importante conhecer Jesus a partir do que está escrito sobre ele na Bíblia mesmo.
Algo que ele disse que é muito interessante é: Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele”.
É interessante que anteriormente ele estava falando de como deve ser as coisas em na comunidade que ele estava inaugurando, pouco antes ele está falando da manifestação dele que só é vista pela comunidade, então ele faz essa declaração que tem um efeito individual para seus discípulos, pois não serve para a comunidade toda, mas para cada discípulo individualmente.
Jesus declara que aqueles que são seus poderão vê-lo e agora vai mais fundo um pouco na questão, após falar de sua ação como Deus, ele fala de uma exigência que é muito menor do que a recompensa que esta sendo proposta.
Sua exigência é obediência, sabendo que Deus é amor e que o principal foco é o bem do homem, esta obediência abrange todos os pontos da vida e não tem folga, embora as ordens de Deus sejam boas, não se referem a nenhum carnê da multiplicação e nem à doação de casa e nem carro, mas a doação de si mesmo.
Esta doação de si mesmo exige mudanças drásticas e um comportamento diferente de todo o mundo, ao invés de correr atrás de coisas, exige ver o mundo com outros olhos, exige olhar o próximo de um jeito diferente, exige agir de maneira diferente, não é só ir a uma igreja e escolher um dia da semana para “guardar”.
Interessante o fato de Jesus estabelecer uma relação entre amar e obedecer, pois quem finge amar faz muitas coisas, mas dificilmente vai conseguir ser obediente, a obediência, com raríssimas exceções, é uma característica de quem ama.
E esse amor e essa obediência são recompensados, não apenas com a vida eterna nos céus, mas com a revelação de Deus, não uma revelação física, nada a ver com algo material, muito melhor do que isso.
Somente quem ama Jesus (e isso demonstrado em atos) tem sua intimidade, até mesmo porque mesmo com toda sua humildade Jesus não se apresenta a quem não gosta dele, a quem não se importa com ele, sua intimidade é para aqueles que o amam e obedecem seus mandamentos.
Que Deus nos leve a uma obediência demonstrada em amor.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

AINDA HÁ UMA DECLARAÇÃO


Quem nunca recebeu uma declaração de amor de alguém que gostava não sabe o que é rir com cara de besta. Por mais simples que seja um gesto de amor é sempre bom. Para os casais de namorados apaixonados isso sempre ocorre.
Bem, em alguns casos isso é bem superficial, porque o mesmo cara que diz hoje que ama a namorada, amanha termina com ela e diz a mesma coisa pra próxima, mas ao é bem disso que estamos falando.
Jesus recebeu uma declaração de Pedro quando disse que estava para ser entregue às autoridades: Darei a minha vida por ti!
Esta declaração não dizia que Pedro amava Jesus o bastante para dar sua vida pela causa, mas pelo contrario, ele queria se destacar entre os discípulos e mostrar que ele era melhor, que ele amava mais o mestre, que ele merecia maior destaque.
Interessante que no Reino de Deus o maior não é aquele que esta num pedestal onde todos veem, mas sim aquele que trabalha de forma que as pessoas vejam Cristo, como Jesus disse: aquele que quiser ser o maior seja o que serve.
Pedro ficou decepcionado com ele mesmo quando negou Jesus, penso que ele esperava ser mais forte, enfrentar o exército, ele que nunca tinha medo de ninguém agora fugira de uma empregada, uma serva, alguém cuja palavra nem era digna de confiança, e não foi somente uma vez e nem somente de uma mulher. Interessante ver que os valentões podem pouco quando a situação aperta.
Pedro deve ter ficado desolado, ele que pensava ser o primeiro entre os discípulos, ele pensava que estava disposto a fazer mais por Jesus, ele que avançou no servo do sumo sacerdote quando Jesus estava sendo preso, ele que estava sempre fazendo declarações de que estava mais disposto a fazer por Jesus do que os outros, ele mesmo estava ali, jogado num quanto qualquer sem saber o que fazer.
E qual de nós que não tem momentos semelhantes na vida? Coisas que você estava seguro que não ia fazer, mas acaba fazendo, pecados graves que a gente condena no próximo. Tem uma frase que sempre digo: o mais santo sempre tem pecados horríveis escondidos. Todo cristão passou ou vai passar por um momento desses com relação ao pecado, mesmo quem não é cristão acaba passando por momentos de decepção consigo mesmo.
Muitas pessoas que sorriem para todos os lados não passam no fundo de frustrados que não alcançam aquilo que exigem dos outros. Pedro foi assim, ele se auto proclamou o melhor entre os discípulos, aquele que amava mais Jesus, aquele que estava disposto a morrer por Jesus ou matar por Jesus (a orelha de Malco que o diga). Esse mesmo Pedro viu que não era capaz de morrer por Jesus e nem mesmo com Jesus. Penso que Pedro olhou para si mesmo e viu que não havia palavras que ele pudesse dizer a Jesus que curasse aquela dor ou que o desculpasse pela sua covardia.
Sem saber o que fazer ele voltou a pescar, tentando fingir que aqueles três anos que passou com o mestre não existiram, tentando tapar o sol com a peneira, tentando convencer a si mesmo que seu lugar era no mar, pescando peixes, já que Jesus morreu não havia mais nada a fazer. Em sua mente seria melhor continuar a atividade de pescador mesmo e apagar esses anos da memória, pois mesmo que ele quisesse não restava força em si mesmo para continuar a obra do mestre, ele foi convencido por sua atitude de que não estava disposto a fazer tanto pelo mestre, na verdade ele não estava, por si mesmo, disposto a fazer nada (como muitos crentes hoje em dia).
Uma coisa que eu gosto em Jesus é que ele sempre nos surpreende, ele sempre tem algo melhor para nós, ele sempre vem com uma coisa que é exatamente o que precisamos, Jesus sempre sabe o que fazer e isso é sempre muito bom.
Pedro estava pescando quando Jesus veio, Jesus faz o mesmo milagre que fez na primeira vez que viu a Pedro, ele mandou jogar a rede do outro lado do barco e esta voltou cheia de peixes, Pedro estava envergonhado de ver não somente que Jesus estava ali, mas também de ver que tudo estava acontecendo exatamente como Jesus disse que aconteceria. Ele devia estar pensando talvez: se eu não tivesse sido tão arrogante eu não teria errado e seria digno da presença do mestre.
Imagino que quando Jesus fez a fogueira na praia e assou os peixes Pedro deve ter sentado o mais distante possível tentando até mesmo se esconder da luz do fogo para que Jesus não precisasse olhar pra ele.
Uma das ultimas coisas que ele tinha dito a Jesus era que estava disposto a morrer em lugar de Jesus, ele queria demonstrar que amava a Jesus mais do que qualquer pessoa amava. É exatamente isso que Jesus pergunta a Pedro: Simão, filho de João, você me ama mais do que estes?
Penso que Pedro deve ter revirado os olhos, pois ficou provado justamente que ele não amava, teria essa situação toda da crucificação e ressurreição mexido com Pedro de tal forma que o levasse a amar Jesus mais do que os outros? A resposta felizmente é positiva, a crucificação, morte e ressurreição de Jesus fazem toda a diferença na vida de uma pessoa. Pedro estava envergonhado e deve ter respondido baixinho de uma forma que mal dava pra ouvir, ele disse: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.
Jesus faz a mesma pergunta novamente como que dizendo: eu não to ouvindo. Pedro dá a mesma reposta, talvez tenha falado um pouco mais alto, não porque estava mais confiante em si mesmo, mas pelo fato de que Jesus perguntou pela segunda vez a mesma coisa. Jesus pergunta pela terceira vez e Pedro já está desolado, ele não sabe mais o que dizer, então ele reconhece não apenas que ele não é tão capaz quanto pensava mas reconhece de fato que Jesus está acima de todas as coisas, que Jesus é Senhor e que sua soberania é indiscutível, ele reconhece não apenas o que suas palavras dizem mas ele reconhece que ele não estava disposto a morrer por Jesus, mas Jesus estava disposto a morrer por ele. Suas palavras carregam o peso da angustia de Pedro em não ser capaz de fazer pelo mestre o que o mestre faz por ele.
É justamente isso que Jesus esperava, é exatamente dessa forma que estamos na verdade diante dele, a situação de Pedro não havia mudado desde que ele negara Jesus, ele não tinha sido rebaixado de nível, ele apenas enxergava a si mesmo e enxergava Jesus da forma como ambos são: Jesus totalmente santo e ele totalmente pecador. Era esta a declaração que ainda restava, ele que achou que não havia nada a dizer agora havia dito exatamente o que ele deveria ter dito desde o principio.

Uma coisa que particularmente gosto na Bíblia é que o ensinamento e os acontecimentos são eternamente aproveitáveis para nosso crescimento, quantos de nós já não nos vimos na mesma situação em que Pedro estava? Quantos de nós não decepcionamos a nós mesmos e ficamos com vergonha de Deus como se Deus estivesse nos expulsado do paraíso?
E o mesmo Jesus que amparou a Pedro e o levou a mais brilhante de todas as declarações (não pela declaração em si, mas por toda a situação que envolve a declaração) é o mesmo que hoje anda com a gente conforme ele mesmo disse que andaria. Que nós também possamos aprender assim como Pedro e também dizer a Jesus: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo”.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Da parte de quem?



Quem nunca assistiu Chaves não sabe o que é dar umas boas risadas com piadas decentes, mesmo que sejam piadas toscas provindas de um humor pastelão.
Há uma frase que eu aprendi com o Chaves que sempre me possibilita trolar os outros e o chaves diz muito, na verdade é uma pergunta. Sempre que alguém bate no barril o Chaves pergunta quem é, logo após a pessoa dizer quem é ele pergunta: da parte de quem?
É interessante que está explícito obviamente da parte de quem é. Mas o interessante é que existe a possibilidade de não ser exatamente da parte da mesma pessoa que chamou, mas isso geralmente acontece quando a pessoa requisitada é alguém importante, nesses casos se faz necessário dizer da parte de quem, pois a pessoa que vem nem sempre fala em seu próprio nome.
Nesses casos a pessoa não tem a importância de si mesma, mas tem a mesma importância de quem a enviou, seja para aumentar a importância de sua presença ou não. Em tempos de guerra, quando um mensageiro leva uma carta ao quartel inimigo, ele não pode ser preso, pois ele vai em missão de paz, mas ele tem a importância de quem o enviou, ele deve ser recebido como quem o enviou.
Essa é uma comparação pobre de como funciona a questão de nossa missão de representar Cristo entre os homens. E quando vamos falar com Deus (orar, como dizem os crentes) falamos não em nosso próprio nome, mas em nome de Cristo, pedimos qualquer coisa que quisermos em nome de Cristo, e Deus fará em nós coisas muito melhores do que aquilo que pedimos ou pensamos.
O que vamos receber então? A bíblia diz que Jesus nos atenderá, mas ele vai nos atender exatamente no que for pedido?
É interessante como as pessoas estão tão mal habituadas a pedir e esperar receber conforme o pedido, como se Deus fosse um garçom de uma loja que tem de tudo. As orações são recheadas de pedidos e a esperança de quem ora é que Deus faça algo quanto ao que foi pedido, e nisso a gente encontra muitos exemplos: mãe querendo que o filho passe no vestibular, pai querendo uma promoção no emprego porque quer comprar aquele carro novo, moleque querendo ficar com aquela menininha, enfim, os exemplos são inúmeros, e todo mundo acha que Deus vai só dizer sim.

Com Deus as coisas são um pouco diferentes, Deus vai um pouco além do que pensamos que será feito, e principalmente porque para ele não há impossíveis. Sendo assim, podemos olhar para as situações e soltar a imaginação para que nosso bem seja feito. Deus falou com o profeta Jeremias para clamar a Deus que ele seria respondido, Deus lhe diria coisas tão grandiosas que sua mente humana não compreenderia, Deus estava, desde já, disposto não exatamente a fazer o que Jeremias quisesse, mas sim o que fosse necessário. Sinto muito em dizer assim diretamente: mas Deus não é empregadinho de ninguém, não é menininho de recados e nem um emo que fica sem reação diante das tragédias e tudo que tem a fazer é ir pro canto chorar.

Deus é mais forte, Deus é bom, Deus é amor, etc. a lista de qualidades já é conhecida, mas o que nunca (ou dificilmente) se tem em mente é que ele é vivo e age mesmo de uma forma que nossa mente não entende. Somos muito limitados, o ser humano se acha adulto, mas na verdade é uma criança olhando para o espelho se achando grande. É necessário entender que não somos os senhores do destino e não podemos fazer nada, por isso que precisamos de Deus. Que Deus nos abençoe.

sábado, 20 de outubro de 2012

SEU CONSELHEIRO



E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, (Evangelho de João 14.16)
Ninguém hoje em dia quer ouvir conselhos com raríssimas exceções. E entre os poucos que ouvem conselhos há uma pequena porcentagem que seguem os conselhos. A verdade é que o ser humano só dá valor aos conselhos dados quando tudo dá errado justamente porque não ouviu os conselhos que lhe deram.
Enquanto Jesus estava aqui ele deu muitos conselhos, suas palavras são espírito e vida e isso possibilitou a ele ser um mestre como nenhum outro antes dele e nem depois dele. Enquanto ele esteve aqui foi muito bom mestre e cuidou em fazer o máximo pelos seus discípulos. Jesus proporcionou uma vida plena a cada um dos doze enquanto estava aqui, e não somente isso, ele foi um grande líder, mostrou a eles como deve ser a vida de quem deseja estar com Deus, daqueles que Deus transformou em seus filhos.
A frase inicial mostra a saída que Jesus encontrou para a Igreja pelo fato de que ele não estaria aqui para sempre. Em vista de que ele não estaria aqui de forma física e material para sempre, deixar o Espírito Santo foi a solução ideal para o problema, para a Igreja, a comunidade dos discípulos de Cristo, aqueles que foram chamados das trevas para a luz.
Jesus teve que ir conforme já estava escrito anteriormente, ele precisou morrer pra pagar os pecados da humanidade e para inaugurar a nova humanidade, ele precisava ressuscitar para vencer a morte, ele precisava subir para junto do Pai, e precisava amparar seus discípulos por sua perda, então a trindade tem a solução perfeita, o Espírito Santo estaria aqui como nosso conselheiro, aquele que faria por nós algo que não gostamos, mas que é supremamente necessário. Interessante é que as pessoas rejeitam conselhos e são justamente conselhos as coisas que mais são necessárias para nos ajudar.
O Espírito Santo é agora nosso conselheiro, aquele que vai estar sempre com a gente para nos orientar a forma correta de andar no único caminho para Deus que é Jesus Cristo. Que o Espírito Santo nos guie e nos perdoe por desprezarmos tanto a ajuda que ele nos oferece e que é tão bem vinda.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ela não está aqui


Um homem chega num bar e toma todas porque alguém o convenceu de que a alegria estava no fundo da garrafa, depois de tomar a primeira ela olha no fundo da garrafa e não vê a alegria. Ele faz isso muitas vezes até que desmaia, no outro dia ele não lembra de nada e decide retornar à vida normal.
Na semana seguinte ele vai a uma festa, dança muito, se diverte, sai com uma mulher, transa com ela. Faz isso muitos finais de semana, passam meses nessa vida e não encontra a alegria, ele ainda se considera na busca pela felicidade.
Nesta vida “festiva” ele conheceu a maconha, começou a fumar porque disseram a ele que traz paz, e ele acreditou... Ele esperava encontrar a alegria e a paz no final de cada baseado, mas não estava conseguindo, porque a paz e a alegria encontrada acabavam muito rápido e ele tinha que fumar outro pra que a paz e alegria voltassem.
Depois da maconha ele viu que precisava de mais adrenalina e mais “vida”, sendo assim ele começou a usar outras drogas mais pesadas, e assim foi sua vida. Ele experimentou tudo que podia e muito mais do que deveria. Ele se viu velho e sem forças, viu que sua vida tinha sido gasta quase totalmente e o seu objetivo principal (encontrar alegria) não tinha sido alcançado.
Felizmente essa não é uma história real, infelizmente há muitas histórias como esta acontecendo no nosso país, na nossa cidade também. E é muito interessante saber que a alegria é um dos 3 pilares do reino de Deus: pois o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
É triste saber que tanta gente ta se iludindo com promessas de que a alegria esta aqui ou ali, é mais triste saber que muitas dessas pessoas só vão se dar conta de que correram em vão quando for tarde demais. Penso que a velhice é o tempo de agradecer ou morrer de remorso, principalmente pra quem se deu conta de que foi tantas vezes avisado pelos amigos que o caminho em que estava daria em morte.
Mas a boa notícia (?) é que muitos morrerão cedo e não serão velhos arrependidos, serão cadáveres jovens. Então você que leu isso até aqui e ta achando que não tem anda a ver pode ficar tranquilo e continuar fazendo o que quiser, vamos fingir que eu não escrevi nada e você finge que não leu nada.
Sempre costumo ouvir e estou acreditando totalmente que as pessoas não querem a verdade, mas sim palavras agradáveis, alguém vai me perguntar talvez: como você pode falar de coisas que você nunca usou? Realmente, graças a Deus (não por mim) eu nunca fumei, nem usei drogas, mas tenho visto tanta gente com remorso da própria vida, que não quer saber de mais nada porque pensa que não dá tempo mais. Gente que gastou seu tempo com coisas que não ajudaram a nada na vida alem de levá-las ao estado calamitoso em que se encontram.
É interessante que nos acostumamos a falar essas coisas sem ter uma ação prática, sem fazer nada pelos que perecem (como diz a Bíblia). Mas no Brasil muito se fala e pouco se faz, a prova disso são as campanhas pra se eleger que muita gente faz prometendo tudo pra depois não fazer nada, por isso que é mais fácil fingir que eu não disse nada e continuar fazendo exatamente o que quer.
Foi-se o tempo em que as pessoas davam conselhos pra mudar alguma coisa, hoje em dia os conselhos são dados para que a consciência esteja limpa e a frase “eu avisei” possa ser dita. Me sinto meio que falando ao vento quando digo qualquer dessas coisas. Mas fazer o que, não fui chamado pra me calar diante da situação dos que perecem, diante de uma realidade que não seria imaginável se não fosse real, diante da apatia de pessoas que tem medo de falar alguma coisa, diante de um mundo em que há tanta gente com conhecimento pra fazer alguma coisa e não faz.
Martin Luther King Jr. Disse que ele tinha um sonho e eu também tenho um. Eu sonho de que as pessoas acordem pra realidade e vejam o caminho. Que Deus nos abençoe.

sábado, 6 de outubro de 2012

A MESMA ATITUDE



Atitude tem sido uma palavra cujo sentido aponta para algo que falta muito hoje em dia, bem, na verdade é algo muito necessário, mas pouco praticado. O mais interessante disso é que as pessoas admiram muito quem tem atitude.
Vejo muita gente falando do ministro do STF pelo que ele está fazendo com os acusados do mensalão, em resumo é porque ele tem atitude. É interessante esse fato, as pessoas admiram muito quem tem a atitude que elas mesmas não querem e não tem.
O mais fácil mesmo é falar (e como as pessoas falam...), aliás, o que mais existe é gente que fala. Não estou condenando toda espécie de discurso, acho inclusive válido que haja discurso, nenhuma prática tem utilidade real sem teoria.
Jesus foi O Homem do discurso, ele sempre reunia as pessoas pra trazer algum discurso, subiu ao monte pra declamar um dos discursos mais marcantes da história. Suas palavras “São Espírito e Vida”, é por isso que eu apoio totalmente a idéia do discurso, principalmente porque Jesus foi além do discurso.
Tanto os fariseus quanto os discípulos não acreditavam, a principio, que Jesus é o Filho de Deus. Para ambos Jesus disse basicamente que se eles não acreditassem em suas palavras, que pelo menos analisassem suas obras, Jesus estava fazendo a eles o mesmo convite que ele faz hoje através da igreja.
É nessa parte que talvez você diga: mas a igreja só quer dinheiro! E eu concordo(em parte) com você porque muitos pregadores(?) só querem mesmo o dinheiro do povo e até mesmo a razão de serem “pastores(leia salmo 23 pra desmentir que esses sejam pastores)” e estarem na mídia seja o desejo pelo dinheiro.
Quando digo “Igreja”, não estou me referindo às igrejas que existem por aí e nem a certos pastores, na verdade falamos mais de como a igreja deveria ser do que como ela de fato é. A igreja conforme Jesus deixou prescrito e como a Bíblia diz é uma comunidade onde todos têm tudo em comum, se dedicam a aprender mais a cada dia, repartem o que tem para que ninguém passe necessidade. É isso que significa “Igreja”, pelo menos é isso que a Bíblia ensina que é Igreja.
Jesus não se alarmou em explicar que era o Messias, o Cristo, filho do Deus vivo. Ao invés disso ele se preocupou em “mostrar” que era Cristo, para que a frase (creia nas minhas obras) sempre pudesse ser confirmada não somente pelas suas palavras, mas também pelas suas obras.
É interessante porque tanto Paulo como Tiago continuaram e desenvolveram essa idéia. Ninguém pode ser salvo pelas obras, mas não existe ninguém salvo que não tenha obras. Ou seja, a atitude é algo intrínseco pra quem é cristão de verdade.
Quando alguém olha o mundo com (pelo menos, fazendo um esforço) de usar a mesma óptica de Deus, vai ver que não tem como não falar algo para mudar as coisas.
Tem uma banda que eu gosto muito e gostaria de citar uma letra que exprime (quase que) exatamente o que o texto acima quer dizer.
Confira a letra e o vídeo.

Tá no sal

PontoCom

São vícios são guerras
é a morte consumindo sem ter dó
racismo nazismo
não respeitam mais o criador
orgia lascívia
pessoas destruindo o amor
doenças violência
até quando suportar a decadência
miséria pobreza
já não tem com que por a tua mesa
consumo riqueza
privilégio de alguns que não enxergam o amor
cê tá no sal véi...
sem vícios sem guerras
pra ter paz é preciso entender
que racismo violência
não é culpa do nosso criador
pessoas vazias culpam Deus com suas teorias
não tendo consciência que as mudanças
só vão acontecer se a cristo
Deus vivo o coração e sua mente converter
que a vida sem ele fica difícil construir
um mundo novo com amor
cê tá no sal véi...
"para que acumular tesouros sobre a terra
onde a traça e a ferrugem corroem
onde os ladrões escavam e roubam
ajuntai tesouros nos céus onde a traça
e nem a ferrugem corroem onde os ladrões
não escavam e roubam por que onde esta o seu tesouro
estará também seu coração"
por que se não...
cê tá no sal véi...
(Mateus 6:19-21)


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Por que sair?



Este é uma pergunta que é muito feita por algumas pessoas em dias de festa e em dias comuns também. Se for olhar bem, se a situação não esta boa não há motivo para comemorar, e se esta boa, o que há na rua que não se pode ter em casa? Sendo assim, a pergunta retorna: por que sair?
Eu penso na tristeza que deve ser a vida de quem se ilude achando que deve beber até cair hoje porque amanhã pode morrer, principalmente quando amanhece o dia e a pessoa não morreu, está com uma puta dor de cabeça e fez um monte de coisas que tem motivos pra se arrepender.
Aí me vem aquela frase que muitos já disseram: quem não bebe não tem historias pra contar. Bem, só tem uma contradição nesta frase, porque quem bebe não lembra o que fez, sendo assim, não tem história pra contar porque não se lembra. Quem tem historia pra contar é quem não bebeu e depois teve que ir acudir o amigo que fez merda.



Mas a pergunta do inicio era: porque sair? A verdade é que não há motivos reais para comemorar uma pseudo felicidade baseada em coisas que as pessoas pensam que tem, como amigos por exemplo.
Se bem que o conceito de amizade é muito pessoal aparentemente, porque a um certo tempo atrás amigo era aquele que acompanhava, que ajudava, que participava em momentos de tristeza, diferente de hoje em dia (pelo menos na mente de alguns).
Amigo hoje em dia é diferente, é aquele que bebe junto, que te chama pra sair, que ajuda a inteirar pra comprar a bebida, mas não é necessariamente aquele que ajuda a levantar quando você passa mal, não é aquele que te carrega pra casa quando você se fere e nem é aquele que te livra de encrencas. Também não é aquele que te anima quando você está pra baixo, mas aquele que te põe mais pra baixo ainda. Não sei se estou velho ou se o conceito foi deturpado, prefiro acreditar no último.
A verdade é que a noite de sábado é cada vez mais desanimadora e é preciso mais bebida pra aguentar, o tédio é cada dia maior e cada vez mais é necessário beber porque amar tá difícil (como dizem alguns).
Sei que ser pessimista não é a melhor forma de lidar com os problemas, mas não vejo outra forma de analisar e pensar na vida de muitos que vivem assim. Penso que é muito triste olhar pra si próprio e ver a vida degradante que se leva e gastar o tempo que resta piorando a própria situação.
Outra coisa triste e contraditória que vejo é que as pessoas que vivem assim tem em mente a ideia: ninguém tem nada a ver com minha vida e por isso eu faço o que eu quero. Essa ideia entra em contradição com as atitudes das mesmas pessoas quando passa alguém diferente delas que ao invés de se afundar cada vez mais está fazendo algo pra melhorar e pra mudar.

Há um tempo atrás estava entre “amigos” e os crentes foi o assunto que alguém jogou no meio, foi interessante as perolas que surgiram: “eu não acho certo esses irmãos!”, “esse povo de igreja quer ser certo pra tudo, não bebe, não fuma, não sabe viver.” “olha Lutero que reformou a igreja pra ela ficar desse jeito aí”.
Eu costumo dizer que as frases mais acidas sobre Deus são ditas por quem não sabe nada sobre ele. Penso que essa frase resume bem a razão das criticas. Tenho meu pensamento sobre gente crente e penso que não é só porque alguém frequenta alguma igreja que está habilitado a apontar o dedo para todas as direções e cutucar as feridas dos outros como se fosse alguém melhor.
A verdade é que aparentemente há pouca esperança pra esses tipos de pessoas citados acima, é lamentável que tanta gente viva assim, nas cinzas de si própria. Falando de uma forma mais cristã eu diria que a verdade é que o pecado é tão nocivo para o ser humano que ele distorce nossa forma de ver as coisas, o que é certo não parece tão certo e o que é errado não parece tão errado assim para quem já foi dominado pelo pecado.
Aí me vem à mente uma coisa interessante através de outra pergunta: porque Jesus se importa com essas pessoas? Por que ele teve que se desfazer se sua gloria pra morar com seres são patéticos, pessoas que se  afundam em sua própria insignificância e fazem de tudo pra piorar a própria situação (que já está uma “beleza”)?
Ainda bem que Deus não é humano, ainda bem que Deus transcende tudo isso que chamamos de realidade, ainda bem que ele é Deus. Quando eu olho pra situação de algumas pessoas eu vejo alguém se matando aos poucos, mas quando Deus olha ele vê alguém que precisa muito dele, ele vê alguém que pode ser usado por ele, ele olha com misericórdia, ele sente desejo de fazer algo e foi o que, de fato, ele fez.
Jesus deixou o céu não foi porque ele queria aparecer e se tornar o destaque, ele queria justamente fazer algo por quem não estava em destaque, aquelas pessoas invisíveis que encontramos todos os dias e fingimos não ver, ele também olhou por aquelas que fazem de tudo pra chamar a atenção e chamou a essas pessoas para segui-lo, ele olhou pra outros que presos em sua religiosidade não conseguiam ver o próprio mal e os chamou, Jesus estendeu seu chamado a todos, ele não se preocupou com a religião ou com a visão política de ninguém, seu chamado não foi dependente do estado financeiro ou social de ninguém, nem mesmo o estado moral foi empecilho para que o seu chamado chegasse aos ouvidos.

Ele teve pena e agiu com misericórdia para com todo mundo, não excluiu ninguém e nem mesmo rejeitou ninguém, sua voz ainda chama aos cansados e sobrecarregados com os fardos da vida, ele ainda quer a companhia de bêbados degenerados, ele ainda quer conversar com prostitutas e mendigos amaldiçoados, ele ainda chama a todos para segui-lo e se tornarem pescadores de homens.
Que seu chamado seja ouvido entre nós, porque ele se importa até mesmo com quem não se importa.

Evangélicos na Parada Gay: "Me dê um abraço - Jesus te ama". Veja o Vídeo

Evangélicos na Parada Gay: "Me dê um abraço - Jesus te ama". Veja o Vídeo

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

UM LADO RUIM DA VIDA


Desde cedo somos ensinados a ver o lado bom das coisas e gosto de ver o lado bom das coisas também. Hoje quero falar de uma coisa ruim da vida, a falta de semancol, se bem que antes é bom esclarecer esta expressão.
Semancol é aquela habilidade que as pessoas precisam desenvolver pra saber quando se está sendo inconveniente, por exemplo aquele mala gritando no celular ao teu lado na praça enquanto você tenta ler um livro, isso é falta de semancol.
Tem sempre essas situações, sempre falta semancol justamente pra pessoa mais próxima de você quando você quer fazer algo que precisa de sossego, penso que não sou somente eu que passo por esse tipo de situação.
Por outro lado tem as surpresas que a vida dá pra gente e eu penso que até um mala pode ser usado por Deus (já que Deus usou uma jumenta pra falar). As vezes nossa paz é perturbada por uma boa razão e muitas vezes somos mudados por situações que gostaríamos de ter evitado. Por isso é que como cristão e calvinista que sou (ou pelo menos penso que sou) eu creio que tudo tem um propósito em nossa vida, todas as coisas acontecem por causa de alguma coisa que Deus está preparando pra mais tarde acontecer.
Certas pessoas se intrometem em nossos afazeres para nosso bem, como um certo “consertador” de redes que foi chamado para ser discípulos de seu primo que se achava o Messias. Depois de andar com ele, foi confirmado uma coisa que na época poucos sabiam, esse “messias” era O Messias, e mais do que isso, era o filho de Deus, o próprio Deus encarnado. Que surpresa boa, você acredita em uma coisa e descobre que é melhor do que você acreditava, isso é bom.
Não acredito que o apóstolo João tenha tido uma vida confortável , principalmente na parte em que ele passou pelo óleo fervendo, mas sei que ele teve uma vida muito melhor que a minha, morreu velho e teve o privilegio de ver o final de todas as coisas.
O bom de Jesus é que ele faz essas coisas com a gente, transforma um pescador em uma dos homens mais notáveis da historia, faz de um sujeito irado como João em o autor de um dos evangelhos. Jesus não é só um sábio ou só um louco, alguns podem considerar ele como qualquer dessas coisas, mas a verdade é que ele transcende nossa compreensão.
Que Deus nos leve a aceitar essa realidade.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

E a Igreja Segue Caminhando



É incrível como as coisas mudam, a um tempo atrás a igreja pra mim era o lugar onde eu aprendia historinhas com figuras coloridas. Depois vem o tempo em que a gente se acha grande demais pra isso, então veio a época de social depois do culto, sair com os amigos e chegar tarde (era essa a intenção, embora o tarde da época fosse as 23hs). Depois vem a época de ir sozinho para os acampamentos (na verdade essas duas fases são muito próximas) e depois veio a época de ir pro seminário pra me formar em teologia e pastorear uma igreja.
Bem, uma coisa em comum em todas as fases de minha vida foi que a igreja me pareceu uma grande família, imperfeita e com pessoas que a gente vê em raras ocasiões, outros muito próximos. O que pretendo dizer com isso é que as pessoas se importavam umas com as outras, e também tinha o pastor, aquele cara muito mala que não deixava ninguém faltar na igreja em paz. Ele ia na casa das pessoas e procurava saber delas, não se importava tanto com dinheiro como hoje em dia, até tinha falta de dinheiro e era ajudado sempre por alguém.
Creio que o conceito de família funcionava para a igreja, pais e mães que faziam o máximo para que seus filhos fossem para a igreja, pastores que chamavam a atenção de crianças que corriam pra todos os lados, diáconos que nos chamavam no canto pra falar umas verdades e nos faziam ficar envergonhados por ter atrapalhado o culto. Uma vez reclamei com minha mãe que eu tinha sido chamado atenção e que tinham brigado comigo porque eu estava correndo no pátio da igreja na hora do culto, ela me disse: isso é pra você aprender que não deve correr no pátio da igreja na hora do culto. Bem, eu não posso dizer que a partir dali eu nunca mais fiz aquilo, desobedeci minha mãe muitas vezes como qualquer pessoa que tem mãe em casa, mas não fiquei traumatizado e não virei ateu online e nem passei a postar coisas contra religião no meu facebook por isso (naquela época nem mesmo existia facebook).
O meu ponto é que os pais sabiam um pouco mais sobre criação de filhos e os filhos obedeciam um pouco mais seus pais e outras pessoas mais velhas, o mais interessante disso é que ninguém ficou traumatizado e muito menos teve qualquer distúrbio mental ou coisa do tipo.
Quanto à igreja tinha uma coisa muito interessante, as pessoas trabalhavam com evangelismo, eram promovidos bazares, as pessoas saiam entregar folhetos e convidando outros pra ir no culto.
Hoje em dia algumas igrejas são mais como um clube com palestrante. O palestrante não pode falar de coisas que desanimam, como sofrimento, ele tem que falar de coisas boas, como a resposta de Deus ser sempre boa (entende-se boa por conforto). Deus é um pai que enche os filhos de presente, como um papai Noel que vem o ano inteiro, todo mundo levanta a mão pra cima e canta glórias.
Há alguns bons exemplos de pessoas que ainda tem vontade de viver conforme a Bíblia diz, isso é bom. Mas é desanimador saber que você faz falta na igreja se o teu envelope de dízimo vem sempre com um grande recheio, você faz falta se é alguém disponível para fazer programação em cima de programação que serve só pra agradar gente crente. É triste ver a igreja vivendo pra ela mesma, sem se dar conta que existe um mundo de gente perdida do lado de fora dos portões e que essas pessoas precisam ouvir de Jesus, sua cruz, sua morte sangrenta e de sua vida também, que foi uma vida de doação aos outros, alguém que não buscou seus próprios interesses enquanto estava entre nós.
Que Deus nos leve a ser a igreja que ele quer e que este mundo precisa.

The Jesus Explosion

Certas músicas são verdadeiras pregações. Graças a Deus por existir bandas que falem tão diretamente sobre a Palavra de Deus.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Como Ser um Refúgio para seus Filhos?


por John Piper
Se papai está com medo, para quem o filhinho se voltará? Supõe-se que os pais são seguros; que eles sabem o que fazer, como resolver problemas, consertar as coisas e, mais importante do que tudo, como proteger os filhos dos perigos. Mas, o que acontece quando uma criança vê o medo na face de seu pai? O que acontece se o pai está tão atemorizado quanto a criança e não sabe o que fazer? Então, ela fica perturbada e sente pânico.
No entanto, se o pai é confiante, o filho têm um refúgio. Se o pai não está apavorado, e sim calmo e firme, todas as muralhas podem ruir; todas as ondas, quebrar-se; todas as serpentes podem sibilar; os leões, rugir; e os ventos, soprar, não haverá lugar mais seguro do que os braços do pai. O pai é um refúgio, enquanto está confiante. Esta é a razão por que Provérbios 14.26 diz: “Isso é refúgio para seus filhos”, se o pai tem forte confiança. A confiança do pai é um refúgio para o filho.
Pais, a batalha para sermos confiantes não é apenas a respeito de nós mesmos; é a respeito da segurança de nossos filhos. É uma batalha que se refere ao senso de segurança e felicidade deles. E sobre a questão se eles crescerão vacilantes ou firmes na fé. Até que os filhos conheçam a Deus, de maneira profunda e pessoal, somos a imagem e a incorporação de Deus na vida deles. Sendo pessoas confiantes, confiáveis e seguras para eles, é mais provável que eles se acheguem a Deus para tê-Lo como seu refúgio, quando as tempestades lhes sobrevierem.
Então, como podemos ter forte confiança? Antes de tudo, nós também somos crianças; vasos de barro, frágeis e quebradiços, que lutam com ansiedades e dúvidas. A melhor solução é usarmos a melhor aparência que tivermos e ocultarmos nosso verdadeiro “eu”? Na melhor das hipóteses, isso nos causará úlceras e, na pior, nos levará a uma duplicidade que desonra a Deus e repele os adolescentes. Esta não é a resposta.
Provérbios 14.26 nos oferece outra resposta: “No temor do Senhor, tem o homem forte amparo”. Isto é muito estranho. Este versículo nos diz que a solução para o medo é o temor. A solução para a timidez é o temor. A solução para a incerteza é o temor. A solução para a dúvida é o temor.
Como pode ser isto?
Parte da resposta é que o “temor do Senhor” significa temer desonrar o Senhor; e isso implica ter medo de temer aquelas coisas sobre as quais o Senhor nos prometeu ajuda para vencê-las. Em outras palavras, o temor do Senhor é um grande destruidor de temores.
Se o Senhor diz: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10), é algo temeroso inquietar-nos a respeito do problema sobre o qual Ele diz que nos ajudará. Temer esse problema, quando Ele diz: “Não temas, porque eu te ajudo”, é um voto de desconfiança contra a Palavra de Deus e uma grande desonra para Ele. E o temor do Senhor treme desonrar a Deus.
O Senhor diz: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”. Portanto, afirmemos confiantemente: “O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hb 13.5,6.) Se o Senhor lhe diz isso, não confiar na presença e ajuda dEle, conforme nos prometeu, é um tipo de orgulho. Coloca a nossa avaliação do problema acima do próprio Deus. Esta é a razão por que lemos estas admiráveis palavras do Senhor: “Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva?” (Is 51.12.) Quem é você para temer o homem, quando Deus prometeu ajudá-lo? É orgulho temer o homem. E o orgulho é oposto do temor do Senhor.
Sim, este Provérbio é verdadeiro e grande ajuda para nós. Pai, tema a Deus. Sim, tema a Deus. Tema desonrá-Lo. Tema desconfiar dEle. Tema colocar a sua avaliação do problema acima do próprio Deus. Deus afirma que pode ajudá-lo. Ele é mais sábio do que você, mais forte e mais generoso. Confie nEle. Tema não confiar nEle.
Por quê? Deus trabalha por aqueles que esperam nEle (Is 64.4). Deus resolverá o problema. Ele salvará a família. Cuidará dos pequeninos. Suprirá as necessidades de vocês. Tema desconfiar dessa promessa. Então, os seus filhos terão um refúgio. Eles terão um pai que tem firme confiança — não em si mesmo, e sim nas promessas de Deus, perante o Qual ele treme, se não confiar.

Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

sábado, 22 de setembro de 2012

ONDE FICA O CAMINHO?



Eu sempre gostei de saber o significado das coisas, é bom pegar um dicionário e ver umas poucas palavras, tem suas vantagens e não faz mal à saúde. Jesus disse que é o caminho, a verdade e a vida. Crer nisso é fundamental para quem quer ser cristão, Jesus deve ser a base para tudo, tanto atitudes quanto pensamentos. Mas, o que quer dizer caminho, verdade e vida? Porque estes termos são aplicados a Jesus?
Deus é somente um conceito para alguns, para outros (como eu) é a realidade que muda todo o restante. Sendo assim é bom tomar em primeiro lugar a premissa de que Deus existe, o fato de que Jesus viveu entre nós aponta para o fato de que Deus existe, não preciso argumentar em favor disso e nem vou. Deus existe.
Voltando à questão do sentido das coisas e do sentido da expressão de Jesus (eu sou o caminho, a verdade e a vida), Jesus usa três palavras para designar a si mesmo, ele se auto intitula de caminho, que nada mais é do que um conceito  subordinado ao termo a que conduz, dizer que Jesus é O Caminho é o mesmo que dizer que não há possibilidade de alguém ser de Deus se não estiver com Jesus, se não imitar seus passos, se não amar seu próximo, se não compartilhar a Palavra com o próximo. Jesus ser o caminho elimina a idéia de que todas as religiões levam a Deus, na verdade ter Jesus como o caminho é aceitar a idéia de que nenhuma religião leva a Deus, mas Jesus sim, a religião não é o método pra chegar a Deus, mas deve ser a forma de conviver com o próximo. Sendo assim, a religião não deve ser exclusivista, se for exclusivista não é religião, pelo menos não será a que Deus espera que vivamos.
Jesus é a verdade, que é termo adjetivo, verdade é a palavra de Jesus, sendo ele totalmente comprometido com suas palavras, podemos dizer que ele mesmo é a própria verdade, pois toda a verdade estava e está nele. Quando ele se dirigia a pessoas desinformadas, ele fazia diferente do que os escribas e fariseus, ele não fazia também como os políticos fazem atualmente e nem como alguns pastores, ele não inventava uma verdade bonitinha que servisse para trazer lucro para si próprio, mas sim para tirar as pessoas de seu estado de escravidão, tanto do sistema quanto do pecado, sendo ele o caminho, a verdade deveria iluminar esse caminho, e era isso que Jesus fazia.
Outra afirmação de Jesus com respeito a si próprio é de que ele é a vida, que é o único absoluto dos três termos que ele usou na frase, ele é o único que possui vida em sua plenitude e o único que pode comunicar vida, é interessante como as pessoas se preocupam com o conforto que vão ter na vida se esquecendo da preocupação com a vida em si. Jesus sabia que certas coisas na vida das pessoas não iriam mudar nunca e ele sabe também o que é melhor para cada um, ele não veio trazer conforto pra ninguém, nem ele mesmo teve conforto em sua vida terrena. Jesus veio ensinar a viver a vida plenamente onde quer que vivamos e em qualquer condição em que vivamos, o conceito de viver bem é outro em Jesus, viver bem não significa viver com conforto, não significa viver com coisas materiais, viver bem é ter paz, é ser feliz com a vida, é estar plenamente com Jesus, é andar no caminho vivendo a verdade.
Sendo Jesus o Caminho, a Verdade e a vida, viver bem é viver com ele, e através da Verdade (Jesus), andar no Caminho para Deus (Jesus denovo) vivendo a Vida (Jesus) de maneira plena. Que Deus nos abençoe.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O caminho da sujeição



Rubinho Pirola

Já ouvi por várias vezes que até Jesus, um dia, teve uma oração não respondida, ou atendida por Deus.

Fico a me perguntar, como viverão os que assim crêem - e pior, que se dizem cristãos e, como tal, tem de ter em Cristo, o mediador, o supremo intercessor diante da presença de Deus, das nossas vidinhas frágeis e sempre metidas em confusão, desconcertos e descompassos?

Essa confusão toda refere-se quando, diante da perspectiva da cruz, no momento de agonia de Jesus, no horto, pediu ao Pai: "Afasta de mim esse cálice!".

Mas esquecemos-nos, ou ignoramos que o seu clamor não parou ai. Houve na mesma sentença um - "Contudo... (porém, entretanto, todavia...) não seja como eu quero, como a minha carne deseja e faça-se a Tua vontade." E PONTO. (Mt 26:38)

Não houve um mas, não houve uma desculpa, não houve contemporização...

Houve uma derradeira conclusão. E atitude própria de quem estava pronto a manifestar a sua maturidade e confiança no amor divino.

Mesmo em face a toda adversidade, ao momento supremo e inédito (pela primeira vez em toda a eternidade passada e futura) de uma separação entre ele e o Pai, Jesus declarou - estou disposto, me submeto, haja o que houver.

Alguém já disse que seguir Cristo, ser cristão, chamar-se por esse nome, é crer que tudo já foi feito, todas as coisas pendentes entre nós e Deus já foi resolvido e a dívida toda quitada por Cristo e agora resta-nos submeter-se a Ele, a quem Deus fez Senhor e Cristo. À sua vontade, à sua ordem e comando, crendo que, HAJA o que houver, nada nos poderá separar do amor de Deus, justamente naquele advogado e sumo-sacerdote fiel e que não pode ser ignorado ou negado pelo Pai. Ponto.

O resto, é alegoria, é coreografia, é religião.

Que vivamos esse dia nessa perspectiva hoje. Reconhecendo em cada acontecimento, seja ele um pneu furado, um mendigo à porta com a mão estendida, a uma glória recebida, e etcéteras todas, tendo Deus e o seu propósito e chamado a nós, para que o vivamos. Mesmo que tenhamos de nos negar a nós mesmos, aos desejos e conveniências da nossa carne, confiando na Sua vontade - que é boa, perfeita e agradável!

Bom dia a todos!


"Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. "
Romanos 14:8


Rubinho é da turma do Genizah


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sábado, 1 de setembro de 2012

E o amor aos outros onde fica?



Ultimamente ando pensando no quanto me falta amor pelos outros. Bem, não falo de meus parentes e nem das pessoas próximas a mim com quem eu tenho amizade, mas falo de cumprir o que Jesus disse com relação aos inimigos. Sou falho nisso, reconheço que meus esforços não tem sido muito “efetivos”.
Jesus deixou este mandamento para cumprirmos, o de amar aos outros sem nos importarmos com quem quer que fossem esses outros. É interessante que o fato de alguém levar o nome de cristão é validado no que esta pessoa faz pelo próximo, Deus considera como algo feito para ele mesmo o que fazemos pelos outros e foi exatamente nisso que Pedro errou quando, em certa ocasião ele disse a Jesus que morreria por Jesus (o interessante disso é que Pedro negou a Jesus na mesma noite).
Jesus diante de tal afirmativa, conhecendo o coração de Pedro, respondeu com certa ironia dizendo: “Você dará a vida por mim? Asseguro-lhe que antes que o galo cante, você me negará três vezes” (Jo 13. 37-38).
Jesus não se importou com a afirmativa de Pedro por duas razões: a primeira é a razão obvia: Pedro não possuía nem coragem e nem amor o suficiente para se entregar às autoridades e a prova disso além do fato de que ele não se entregou foi que ele negou a Jesus. A segunda razão está no fato de que mesmo que Pedro tivesse coragem e morresse por Jesus ele não estaria ainda fazendo o que Jesus espera ou quer que seus discípulos façam por ele.
Talvez alguém que leia isso não entenda a afirmação de que Jesus não quer que alguém morra por ele, já que a prova de amor que as pessoas se convencem é quando alguém dá a própria vida por elas (por mais que ninguém que espera isso esteja disposto a fazer o mesmo pelo próximo), além do fato de que Jesus provou o seu amor por nós dando ele mesmo sua vida em favor do mundo.
Sendo assim, como que essa declaração pode ser verdade? Se for verdade como então que podemos provar o amor que temos (se é que temos) por Jesus?
Jesus deu o maior exemplo do que ele quer que alguém faça por ele, e isso ele fez quando tornou-se carne, mas aí vem a questão: não precisamos nos tornar carne porque já somos de carne.
Encarna-se não se refere apenas ao fato de que alguém que é Deus torna-se homem, mas tem mais ligação com a atitude de colocar-se no lugar do outro, seria mais como dar a vida pelos outros, e foi exatamente isso que Pedro não entendeu. Ao passo que ele queria dar a vida em lugar de Jesus ele deveria ser parceiro de Jesus dando ele também a vida em favor de seus irmãos e amigos, assim como Jesus fez.
É algo que em muitas igrejas falta, não somente o entendimento de que Jesus espera e quer que demos nossa vida pelo próximo como que de fato façamos isso. O que se vê muito é que as pessoas que são conhecidas como boas cristãs são na verdade bons crentes apenas, eles estão à disposição da igreja para qualquer coisa, mas não pelo próximo, e foi exatamente isso que Jesus condenou em Pedro.
Que Deus nos faça pessoas que se dedicam em fazer o bem pelo próximo em nome dele.

sábado, 11 de agosto de 2012

Seguir Jesus



Aqui está algo que há poucos realmente fazendo, seguir Jesus é algo que pouco se fala e sempre tem um idiota pra fazer a piada: não sei onde ele esta indo pra seguí-lo.
Muito se fala hoje em dia de prosperar, de colher a semente, de buscar a cura (ou determiná-la), de buscar a paz, de ser totalmente livre, etc.
Muito se fala sobre coisas que se pode ter deste lado da eternidade, enfim, coisas materiais, mas pouco se fala sobre seguir Jesus. E é exatamente isso que o cristão tem que fazer, mas antes de qualquer outra coisa é preciso falar um pouco sobre o que é seguir Jesus.
Seguir Jesus não é buscar as coisas que ele pode dar (carro, casa ou emprego), não é essa concentração em teologia da prosperidade porque não se refere a ter. Seguir Jesus também não é buscar coisas que ele pode fazer (curas, milagres, mutiplicação), porque as coisas que ele pode fazer para nós estão classificadas como coisas que podemos ter, assim como as coisas que ele pode nos dar. Sendo assim, o que é então seguir Jesus?
Seguir Jesus é fazer o que ele fez dentro de nossas limitações, não é sair fazendo milagres porque não somos filhos de Deus da mesma forma como ele é, sendo assim precisamos entender onde, como e com quem Jesus andava.
Jesus andava no meio do povo, apesar de os discípulos ficarem ao seu redor todos tinham acesso a Jesus, todos o tocavam e isso era tão evidente que, quando Jesus foi tocado pela mulher que tinha uma hemorragia lhe saiu poder e ele perguntou a seus discípulos quem o tocou os discípulos se admiraram de ouvir isso, pois “a multidão o comprimia”. Sendo assim, muitos o tocavam, não era possível determinar quem o havia tocado para que tivesse saído poder.
Jesus se preocupava em ensinar a verdade, ele não estava preocupado com o que iriam pensar dele, ele estava preocupado em ensinar a verdade, em dizer o que realmente significava a mensagem, em transmitir aquilo que deveria ser transmitido. Isso era tanto verdade que certa ocasião as pessoas começaram a abandonar Jesus porque suas palavras eram muito duras e ninguém podia suportar o peso de tal responsabilidade. É claro que eles podiam suportar (Jesus estava dizendo para dividirem tudo entre todos), o problema é que eles não queriam mesmo.
Creio que mesmo hoje em dia Deus espera que as pessoas façam o máximo para serem como Jesus, afinal, trata-se de um Deus imutável, pessoal e perfeito.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Como a Lei Me Ajuda a Conhecer Meu Pecado?



por John Piper
Comecemos olhando o contexto de Romanos 7.7-8
1. Paulo está defendendo a Lei, após dizer algumas coisas negativas a respeito da Lei (tais como: você precisa morrer para a Lei — 7.4; paixões pecaminosas são despertadas pela Lei — 7.6; a Lei veio para que a ofensa avultasse — 5.20).
2. O argumento de Paulo é que a Lei não é pecado, mas expõe o pecado como pecado. Ao fazer isso, a Lei freqüentemente torna o pecado evidente e recebe a culpa por ele.
3. Existe uma condição pecaminosa por trás de nossos pecados, uma condição sobre a qual precisamos ter conhecimento. Paulo diz no versículo 8: “O pecado… despertou em mim toda sorte de concupiscência”. Em outras palavras, o pecado da cobiça é produzido por uma condição que Paulo chamou de “pecado”. Esta é a nossa “depravação”, a nossa “queda” ou (para os crentes) a nossa “corrupção remanescente”.
4. Paulo usou o mandamento contra a cobiça para ilustrar como a Lei nos mostra nossa condição pecaminosa.
5. “Cobiça” significa apenas desejos que você não deveria ter. Os nossos desejos são maus porque brotam da perda de satisfação em tudo o que Deus é para nós em Cristo. Os desejos são maus quando procedem da perda de contentamento em Deus.
6. Até que a Lei de Deus entre em cena e proíba alguns de nossos desejos (“Não cobiçarás”), nossos desejos não são experimentados como pecado, e sim como exigências imperativas que parecem ter sua própria legitimidade. Até que a Lei de Deus confronte esta “lei” sediciosa, não experimentamos nossos desejos como pecado (“sem lei, está morto o pecado” — 7.8). “Eu quero isso. Portanto, eu devo ter isso.” Esse tipo de pensamento é inato. “Desejo equivale a merecimento”, até que a Lei de Deus venha e diga: “Não”. Percebemos isto com clareza nas criancinhas, que acham muito doloroso aprenderem que seus desejos não são leis.
7. Isto nos mostra a fonte da condição pecaminosa: independência de Deus, rebelião contra Deus. Em sua fonte, nossa condição pecaminosa é o comprometimento de sermos nosso próprio deus. Serei a autoridade final de minha vida. Decidirei o que é certo e o que é errado para mim, o que é bom ou mau para mim, o que é verdadeiro ou falso para mim. Meus desejos expressam minha soberania, minha autonomia e — embora normalmente não o digamos — minha suposta deidade.
Esta independência de Deus — esta rebelião e hipotética soberania, autonomia e deidade — produz todo tipo de cobiça. A expressão “toda sorte” dispõe-nos a pensar sobre quão diabolicamente a cobiça pode se expressar. Precisamos saber disso, pois, do contrário, não conheceremos o nosso próprio pecado ou a nós mesmos.
Em geral, existem dois tipos de desejos maus (cobiça) que a Lei desperta, e ambos são expressões de amor, de um caso de amor com a independência e auto-exaltação.
1. Um é bastante óbvio, ou seja, o desejo de ter as coisas proibidas. Provérbios 9.17 afirma: “As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável”. Agostinho confessou sobre a sua juventude: “Eu sentia disposição de roubar, e roubava, embora não fosse impelido por qualquer carência, exceto pela carência de um senso de justiça ou por um desprazer por aquilo que era certo ou por um amor ávido para praticar o erro… Não tinha qualquer desejo de gozar das coisas que eu ansiava roubar, mas somente gozar do roubo em si mesmo e do pecado”.1 Portanto, uma das formas de desejo que o mandamento desperta é o desejo de fazer a própria coisa proibida. Isto se deve ao amor inato de sermos nosso próprio deus e ao nosso desprazer por submissão.
2. O outro tipo de desejo mau, despertado pela Lei, é o desejo de guardar a Lei por nossos próprios esforços, tendo em vista a exaltação de nossa proeza moral. Isto parece bastante diferente. Não matarás, não furtarás, não adulterarás, não mentirás. Em vez disso, apenas justiça própria. Não que guardar a Lei seja errado ou cobiçoso. Antes, o problema é o desejo de guardá-la por meus próprios esforços, e não por dependência sincera do poder de Deus. O problema é desejar a glória de minha realização, e não a glória de Deus. Esta é uma forma sutil de cobiça.
Portanto, conheça a si mesmo! Conheça os seus pecados, sua condição pecaminosa de rebelião e insubordinação. Se isto o levar, repetidas vezes, à cruz e ao evangelho da justificação somente pela graça, por meio da fé, exaltará a Cristo, será cura para a sua alma e doçura para todos os seus relacionamentos.

Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
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