terça-feira, 28 de maio de 2013

O Início das Preocupações

João 16.16-18

 “Mais um pouco e já não me verão; um pouco mais, e me verão de novo”.
 Alguns dos seus discípulos disseram uns aos outros: “O que ele quer dizer com isso: ‘Mais um pouco e não me verão’; e ‘um pouco mais e me verão de novo’, e ‘porque vou para o Pai’?”  E perguntavam: “Que quer dizer ‘um pouco mais’? Não entendemos o que ele está dizendo”.

Jesus está diante do inicio da preocupação dos discípulos, eles que até agora tinham estado de certa forma atribulados com várias coisas, mas, estavam (de algum jeito) tranqüilos porque Jesus estava com eles. A (real) preocupação deles começou quando Jesus anunciou sua partida, ele diz que vai deixá-los e isso deve ter causado assombro para os discípulos.
Jesus os confortou com a promessa do Espírito Santo, e, feito isso, passou a falar sobre sua ausência e porque isso seria bom para os discípulos, Jesus é o supremo bem e tudo que ele fez e continua fazendo é para o nosso bem, mesmo que ocasionalmente e temporariamente seja algo que não nos cause prazer.
A verdade é que da parte de Deus e o que depende de Deus está tudo bom e perfeito, Deus sempre sabe o que fazer e de fato ele faz o que precisa ser feito no tempo que precisa ser feito.
Por outro lado há um problema grave, pois os discípulos (assim como nós) não entenderam o que ele dizia a eles, eles não compreenderam nem o sentido da morte de Jesus e muito menos o bem que lhes faria a vinda do Espírito Santo. Eles não compreenderam que para que os nossos pecados fossem cravados na cruz Jesus também precisaria ser cravado nela, eles não entenderam que Jesus veio com uma missão que deveria terminar com sua morte e conseqüente ressurreição, enfim, eles não compreenderam nada a respeito da morte de Jesus e muito menos sobre como seria a vinda do Espírito Santo.
A falta de entendimento dos discípulos causou neles o que causa em qualquer ser humano: eles começaram a reclamar e murmurar e provavelmente pensaram que Jesus é quem não estava compreendendo as coisas.
Penso que algum dos discípulos estivesse até com a intenção de ir dar um toque em Jesus pra explicar que a morte é o fim de tudo, que quando alguém morre não faz mais nada. Eles talvez pensassem que o entendimento de Jesus não estivesse tão esclarecido mais, que Jesus não estivesse com suas capacidades tão certas mais.
Na verdade somos assim com o que não entendemos, temos esse problema de não ver nossa incapacidade, de pensar que o outro é quem não está raciocinando bem. Jesus por outro lado está muito acima de nós, em Isaías 55 Deus diz ao profeta que os seus caminhos não são os nossos caminhos e nem os seus pensamentos são os nossos pensamentos, pois ambos estão muito acima do que qualquer pessoa possa almejar ou conquistar.
Os discípulos estavam vendo isso na prática, pois Jesus estava ali ensinando e dizendo coisas que eles precisavam ouvir, que os ajudaria no tempo que estava chegando. Na verdade as coisas não devem ser fáceis para quem quer seguir a Cristo, porque seguir a Cristo é sempre andar na contra-mão, é ir contra coisas que o mundo acha normal, é recusar fazer o que não é certo mesmo quando o mundo inteiro estiver fazendo, é dizer não quando todos dizem sim, etc.
Jesus estava ali falando para eles enquanto eles não queriam acreditar no que estavam ouvindo. Eles obviamente esperavam que Jesus ficasse ali e instituísse algo (a Igreja Pentecostal de Jesus?), que continuasse com eles até ficar velhinho e morrer farto de dias. Eles não queriam estar numa sociedade que os odiasse sem a proteção de Jesus.
Mas Jesus vê mais longe que nós e consegue manter firme o olhar para que aquilo que ele designou desde o principio. Era necessário que ele os deixasse por um tempo, era necessário que eles passassem algumas dificuldades (prisão, açoites, humilhações a nível social, cultural e psicológico, etc.) para amadurecerem.
Cristãos sofrem hoje em dia, qualquer que quiser carregar a cruz de Cristo de verdade terá que sofrer muitas coisas, mas há de se reconhecer que aqueles crentes sofreram um pouco mais. Há de se reconhecer também que não podemos comparar qualquer dificuldade da vida que temos com a glória da nova Jerusalém, assim como não podemos reclamar de qualquer dificuldade visto que a cruz foi uma dificuldade um pouco maior...

Que Deus nos abençoe para que reconheçamos sua grandeza, tanto o seu conhecimento e sabedoria como a obra que ele vai realizar.

VOCÊ SABIA QUE DEUS ORDENA QUE VOCÊ SEJA FELIZ?


Servi ao SENHOR com alegria. Salmos 100.2

Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração. Salmos 37.4


A melhor notícia do mundo é que não existe conflito entre a maior felicidade que você pode ter e a perfeita santidade de Deus. Estar satisfeito com tudo o que Deus é, por meio de Jesus, magnifica-O como o maior tesouro e, ao mesmo tempo, traz para você a maior alegria — alegria eterna e infinita — maior do que qualquer outra felicidade que você possa ter.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Nunca é Correto Ficar Irado contra Deus


por John Piper
Recentemente, disse estas palavras a um grupo de centenas de pessoas: “Nunca, nunca, nunca é correto ficar irado contra Deus”. Houve uma feição de incredulidade em muitos rostos. Muitas pessoas não aceitavam tais palavras. É evidente que não concordavam com tal afirmação.
Obviamente, alguns me compreendiam, outros pareciam confusos. Desde então, tenho pensado muito sobre aqueles olhares perplexos. Que pressuposições tornaram esta afirmação difícil de ser aceita? Para mim, nada poderia ser tão óbvio. Mas, por que ela parece tão confusa para outros?
Existem duas pressuposições que podem ser comuns para muitas pessoas de nossos dias, duas pressuposições que fazem tais pessoas recuar diante de minha afirmação.
Primeira, muitos pressupõem que sentimentos não são certos nem errados; são neutros. Por isso, dizer que a ira (quer seja contra Deus ou contra qualquer pessoa) não é correta assemelha-se a dizer que espirrar não é correto. Você não coloca o rótulo de “certo” ou “errado” em espirrar. É algo que apenas acontece com você. Essa é a maneira como muitas pessoas pensam sobre os sentimentos: eles apenas acontecem com você. Por conseguinte, não são morais ou imorais; são neutros. Assim, eu dizer que nunca é correto ficar irado contra Deus equivale a colocar o sentimento de ira em uma categoria à qual ele não pertence — a categoria moral.
Este tipo de pensamento sobre os sentimentos é uma das razões por que existe tanta superficialidade no cristianismo. Pensamos que somente atos de reflexão e volição têm relevância moral, neste mundo. E achamos que sentimentos como desejo, deleite, frustração e ira são sentimentos involuntários, que irrompem em nossa alma sem relevância moral. Não nos admiramos com o fato de que muitas pessoas não buscam serem transformadas em seus sentimentos, mas apenas nas “escolhas”. Isso produz um crente superficial.
Esta pressuposição é contrária ao ensino da Bíblia. Na Bíblia, muitos sentimentos são considerados moralmente bons ou maus. O que os torna bons ou maus é a maneira como eles se relacionam com Deus. Se mostram que Deus é verdadeiro e precioso, os sentimentos são bons. Se sugerem que Deus é mau, falso ou tolo, tais sentimentos são maus. Por exemplo, o deleitar-se no Senhor não é neutro, visto que é recomendado (Sl 37.4). Portanto, é bom. Mas deleitar-se com a injustiça é errado (2Ts 2.12), porque significa que o pecado é mais desejável do que Deus, e isto não é verdade.
O mesmo é verdade a respeito da ira. A ira demonstrada em relação ao pecado é boa (Mc 3.5), mas a ira dirigida contra a bondade é pecado. Essa é a razão por que nunca é correto ficar irado contra Deus. Ele é sempre e tão-somente bom, não importa quão estranhos e dolorosos pareçam os caminhos dEle para conosco. A ira dirigida contra Deus significa que Ele é mau, fraco, cruel e tolo. Nada disso é verdade e isso desonra a Ele. Quando Jonas e Jó ficaram irados contra Deus, Jonas foi repreendido por Deus (Jn 4.9), e Jó se arrependeu no pó e na cinza (Jó 42.6).
A segunda pressuposição que pode levar muitas pessoas a tropeçarem na afirmação de não ser correto ficar irado contra Deus é a pressuposição de que Deus realmente faz coisas que nos dão motivo para ficarmos aborrecidos com Ele. Mas, embora a providência de Deus pareça bastante dolorosa, devemos crer que Ele é bom, e não ficarmos irados contra Ele. Isso seria semelhante a ficarmos irados contra o cirurgião que nos opera. Tal ira seria correta, se o cirurgião se enganasse e cometesse um erro. Mas Deus nunca se engana.
Tenho aprendido, com o passar dos anos, que, se uma pessoa pergunta: “É correto ficar irado contra Deus?”, ela pode estar querendo perguntar outra coisa bem diferente. Talvez esteja querendo dizer: “É correto expressar ira contra Deus?” Estas perguntas não significam a mesma coisa, e a resposta nem sempre é a mesma.
Este tipo de pergunta geralmente surge em tempos de perdas e grandes sofrimentos. A doença ameaça desfazer todos os seus sonhos. A morte toma um filho precioso da família. Um divórcio ou um abandono completamente inesperados abala os alicerces de seu mundo. Nestas ocasiões, as pessoas são capazes de se irarem bastante contra Deus.
Isto é correto? Para responder esta pergunta, podemos, talvez, questionar as pessoas iradas: é correto sempre ficar irado contra Deus? Em outras palavras, uma pessoa pode sentir-se irada contra Deus por qualquer motivo e ainda estar correta? Foi correto, por exemplo, Jonas irar-se contra a misericórdia de Deus para com Nínive? “Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez. Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado” (Jn 3.10-4.1). Imagino que a resposta é “não”. Não devemos ficar irados contra Deus por simplesmente qualquer razão.
Todavia, perguntamos: que atos de Deus nos dariam o direito de ficarmos irados contra Ele, e quais atos não nos dariam este direito? Isto é difícil de responder. A verdade começa a fechar o coração irado.
Que tal respondermos: as coisas que nos desagradam? Estes atos de Deus justificam nossa ira contra Ele? São atos de Deus que nos ferem? “Eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão” (Dt 32.39). Estes atos nos justificam em dirigir nossa ira contra Deus? Ou é a escolha dEle em permitir que o diabo nos prejudique ou nos aflija? “Disse o Senhor a Satanás: Eis que ele [Jó] está em teu poder; mas poupa-lhe a vida. Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça” (Jó 2.6-7). A decisão de Deus em permitir que Satanás aflija a nós e a nossos filhos justifica a ira que sentimos contra Ele?
Ou veja a ira por outro lado. O que é a ira? A definição comum é: “Um intenso estado emocional induzido por desprazer”. Mas existe uma ambigüidade nesta definição. Você pode sentir “desprazer” por uma coisa ou por uma pessoa. Ira por uma coisa não contém indignação contra uma decisão ou um ato. Apenas não gostamos dos resultados daquela coisa: a embreagem quebrada, o grão de areia que alojou-se em nosso olho ou a chuva em nosso piquenique. Mas, quando ficamos irados contra uma pessoa, sentimos desprazer na escolha que ela fez ou na atitude que ela praticou. A ira contra uma pessoa sempre implica forte desaprovação. Se você está irado contra mim, acha que eu fiz algo que não deveria ter feito.
Esta é razão por que irar-se contra Deus nunca é correto. É errado — sempre errado — desaprovar a Deus por aquilo que Ele faz e permite. “Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25). É arrogância de criaturas finitas e pecaminosas desaprovar a Deus por aquilo que Ele faz e permite. Podemos lamentar o sofrimento. Podemos ficar irados contra o pecado e contra Satanás. Mas Deus é sempre correto naquilo que faz e permite. “Ó Senhor Deus, Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos” (Ap 16.7).
Muitos dos que dizem ser correto o irar-se contra Deus realmente querem dizer que é correto expressar a Deus a suaira. Quando eles me ouvem afirmar que é errado ficar irado contra Deus, pensam que isto significa: “Alimente os seus sentimentos e seja hipócrita”. Este não é o significado das minhas palavras. Elas significam que é sempre errado desaprovar a Deus em qualquer de seus juízos.
Se experimentamos a emoção pecaminosa de ira contra Deus, o que devemos fazer? Devemos acrescentar o pecado de hipocrisia ao pecado de ira? Não. Se temos tal sentimento, devemos confessá-lo a Deus. Ele o conhece, de qualquer maneira. Deus vê o nosso coração. Se a ira contra Deus estiver em nosso coração, podemos contar-lhe isso, dizer que sentimos tristeza e pedir-Lhe que nos ajude a remover tal ira, mediante a fé em sua bondade e sabedoria.
Quando Jesus morreu na cruz por nossos pecados, Ele removeu para sempre a ira de Deus, em favor de todos os que crêemnEle. A disposição de Deus para conosco agora é de completa misericórdia, mesmo quando se mostra severa e disciplinadora (Rm 8.1). Portanto, aqueles que confiam em Cristo serão removidos do terrível espectro da ira de Deus. Podemos clamar em agonia: “Deus meu, Deus meu, onde estás?” Mas logo diremos também: “Em tuas mãos, entrego o meu espírito”.
Digo-o novamente: nunca é correto ficar irado contra Deus. Mas, se você cair neste pecado, não o aumente por meio de hipocrisia. Conte a Deus a verdade e arrependa-se.
Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © 
Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Jesus Ajuda os Discípulos a Aumentarem a sua Fé



por John Piper
Em Lucas 17.5, os apóstolos pediram ao Senhor que lhes aumentasse a fé. Como Jesus os ajudou nisso? De duas maneiras, nas quais Ele lhes falou a verdade. Mesmo na maneira como Jesus respondeu, Ele mostra como a fé vem pelo ouvir. Conhecer certas coisas pode aumentar nossa fé.
Primeira, Ele fortaleceu a nossa fé por nos dizer (v. 6) que o elemento crucial em realizar grandes coisas, para promover o reino de Deus, não é a quantidadede nossa fé, e sim o poder de Deus. Jesus disse: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá”. Ao se referir ao grão de mostarda, depois de receber um pedido sobre a fé aumentada, o Senhor Jesus desvia a atenção da quantidade da fé para o objeto da fé. Deus move a amoreira. E isso não depende necessariamente da quantidade de nossa fé, e sim do poder, da sabedoria e do amor de Deus. Sabendo isso, somos ajudados a não nos inquietarmos quanto à nossa fé e inspirados a confiar na livre iniciativa e poder de Deus.
Segunda, Jesus ajuda-nos a aumentar a fé por dizer-nos (vv. 7-10) que, ao fazermos tudo quanto nos foi ordenado, ainda somos radicalmente dependentes da graça. Ele nos dá uma ilustração. Talvez você queira ler novamente os versículos 7 a 10. A essência da ilustração é que o senhor de um escravo não se torna devedor deste, quando este realiza muitos trabalhos. O significado é que Deus nunca é nosso devedor. O versículo 10 resume este fato: “Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”. Somos servos indignos; temos feito somente aquilo que é nosso dever. Sempre somos devedores para com Deus. E nunca seremos capazes de pagar este débito, nem isto é esperado de nós. Sempre seremos dependentes da graça de Deus. Nunca conseguiremos sair de nosso débito para uma condição em que Deus é nosso devedor. “Quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?” (Rm 11.35).
Quando Jesus disse (v. 9) que o senhor não agradeceu ao servo, a palavra “agradecer” é provocante. Creio que a idéia é de que “agradecer” é uma reação à graça. A razão por que o senhor não agradeceu é que o servo não estava dando ao senhor mais do que este merecia. Ele não estava tratando o senhor com graça. Graça significa ser tratado melhor do que merecemos. Isto é o que acontece em nosso relacionamento com Deus. Nunca podemos tratar a Deus com graça. Nunca podemos dar-Lhe mais do que Ele merece. Isto significa que Ele nunca nos deve agradecimentos. Ele nunca nos diz: “Obrigado!” Pelo contrário, Deus está sempre nos dando mais do que merecemos, e sempre Lhe devemos agradecimentos.
Portanto, a lição para nós é que, ao fazermos tudo o que devemos — quando tivermos resolvido todos os problemas da igreja, corrigido todas as atitudes de todos os crentes, mobilizado muitos missionários, amado os pobres, resgatado casamentos, criado filhos piedosos, cumprido todas as promessas que fizemos, honrado todas as responsabilidades de nossos negócios e proclamado com ousadia a Cristo — Deus não nos deve qualquer agradecimento. Pelo contrário, naquele momento nos relacionaremos com Ele como devedores à graça, assim como o fazemos agora.
Isto é um grande encorajamento para a fé. Por quê? Porque significa que Deus é tão livre para abençoar-nos antes de nos mostrarmos eficientes como tambémdepois. Visto que somos servos “inúteis”, antes de fazermos o que devíamos, e “inúteis” depois de havermos feito, é somente a graça que motiva a Deus a ajudar-nos. Por conseguinte, Ele é livre para ajudar-nos antes e depois de O servirmos. Isto é um grande incentivo para confiarmos nEle, a fim de recebermos ajuda, quando não estamos sendo eficientes. E esta confiança é exatamente aquilo que obtém o poder de sermos eficientes.
Portanto, duas coisas aumentam nossa fé.
1. Deus mesmo, e não a quantidade de nossa fé, é o fator decisivo em remover amoreiras do caminho.
2. A graça espontânea é decisiva na maneira como Deus lida conosco antes e depois de havermos feito tudo o que devíamos.
Nunca agimos além de nossa necessidade por graça. Por isso, confiemos em Deus para as grandes coisas com nossa pequena fé e não sejamos paralisados por aquilo que ainda precisa ser feito em nossa vida pessoal, na igreja, em nossa profissão e na causa de missões mundiais.


Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © 
Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

COISAS SEM LÓGICA...



João 16.12 Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora.
Uma das coisas que buscamos para compreender algo é a coerência, quando vamos ouvir alguém que nos ensina, o que esta pessoa diz precisa fazer sentido, caso contrário NÃO FAZ SENTIDO ouvir o que a pessoa tem a dizer.
Há muita gente tomando microfone sem estar preparado e com isso há uma imensa confusão em sua fala, seu discurso fica incompreensível e obviamente não há como compreender, e toda compreensão de tal discurso será uma compreensão errada do assunto proposto.
Por outro lado, há o fato de que muitas vezes não estamos à altura no que se refere a quem está falando, com isso julgamos algo como se fosse sem lógica, sendo que, na verdade, não compreendemos o assunto.
Assim era com Jesus, ele falava certas coisas e contava parábolas sobre coisas que não tinham muita lógica, como o homem que plantou um figueira em uma vinha, ou do pastor que larga 99 ovelhas e vai atrás de 1 que se perdeu.
Ainda hoje quando algumas pessoas falam do evangelho ou da bíblia, muitas não entendem algo e julgam que tal coisa é fora de lógica.
Jesus mesmo falou que ele tinha muito que dizer aos discípulos mas eles não podiam entender ainda, ou seja, haveria um tempo em que eles poderiam compreender o que ele tinha pra dizer e o que ele já havia dito, mas até esse tempo chegar eles não entenderiam o que ele tinha pra dizer e o que ele estava dizendo.
Creio que o mesmo vale para nós hoje, muitas coisas que ouvimos e lemos em nossa bíblia não é compreensível ainda, não temos capacidade de compreender muitas coisas, mas todo entendimento que Deus quiser que tivermos, nós teremos um dia. Por enquanto devemos continuar buscando, continuar orando e continuar lendo nossas Bíblias sabendo que Deus nos leva ao entendimento e à ação daquilo que ele quer que façamos...

Natal, festa pagã? O segredo nunca antes revelado!


domingo, 12 de maio de 2013

O TEMPO E OS APRESSADOS



João 16.12-15

“Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso eu disse que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês.
Quem nunca esteve atrasado para algo importante não sabe o que é stress, não falo de uma cerveja com os amigos, falo de casamento, formatura, ou outros casos de “vida ou morte”.
Há também um outro mal dos apressados, a ansiedade, a respeito disso Jesus alertou seus discípulos no sermão da montanha (Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. – Mt 6.25).
Os discípulos estavam apressados pelo que eles se tornariam, ou talvez estivessem acomodados em continuar dependendo de Jesus. Para os dois casos Jesus aponta o fato de que o projeto de Deus era para que eles no tempo certos dessem conta da obra, Jesus está apontando para o fato de que em breve eles teriam que dar continuidade ao que Jesus estava iniciando.
Outra coisa para a qual Jesus está apontando é o fato de que isso não depende e nem dependerá da habilidade, carisma ou qualquer outra coisa que os discípulos tivessem neles mesmos, pois quando “o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade” (v. 13).
Podemos entender que Jesus estava preparando o terreno e, além disso, estava preparando seus discípulos e os confortando com esse fato. Creio e afirmo que os discípulos não encararam com normalidade quando Jesus disse que iria os abandonar para que eles continuassem o que ele começou. Porém, era necessário.
Deus na verdade tem sempre misericórdia de seus filhos e, assim como o Espírito Santo esteve na igreja para cuidar dos discípulos ele ainda está na igreja para cuidar de cada um de nós, nos consolar, nos aconselhar, nos direcionar a cumprir com a vontade de Deus, pois ele sabe que não somos bons o bastante e é exatamente por isso que ele nos acompanha.
Que o Espírito Santo nos de paciência quando estivermos apressados, nos de ânimo quando estivermos acomodados, e cuide de nós assim como cuidou dos discípulos naqueles dias.

sábado, 11 de maio de 2013

Algumas Idéias...




Ao contrário do que muitos pensam o cristianismo verdadeiro não é baseado na idéia de um velho com um raio na mão morando nas nuvens, pronto a soltar o raio na cabeça de quem comete pecado, esse é Zeus e não Deus.
Não é baseado na idéia de um juiz que está julgando as pessoas de acordo com suas ações, como se o mundo fosse dividido entre pessoas boas e pessoas más. Deus vê somente dois tipos de pessoas: redimidas e não-redimidas, porque todas são más.
O cristianismo conforme ã vida do próprio Cristo não exclui pecadores, não coloca pessoas ricas em destaque sobre os pobres, não explora pessoas pobres também, muito pelo contrário, o verdadeiro cristianismo como a bíblia ensina vai ao encontro do pobre e o ajuda no que for preciso.
Deus conforme conhecemos, não é um velho mal-humorado que tem prazer em ver o sofrimento humano, que mata pessoas inocentes todos os dias no mundo todo pra satisfazer seu ego.
Não baseamos a salvação de alguém em suas obras, como se alguém pudesse conseguir a salvação através de boas obras, mas não é aceitável que um cristão seja visto como verdadeiro se ele tem uma vida de pecado.
O cristianismo não é baseado em julgar alguém no sentido de condenar a pessoa ao inferno, mas também não é baseado na idéia de aceitar tudo o que dizem pessoas que tem nome de crente.
Deus não olha para os maus-exemplos na historia do cristianismo e os coloca como corretos, muito pelo contrário, o que é errado permanece como inaceitável ainda que a humanidade toda o faça.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

AQUELE QUE PERMANECE



João 6.60-67
Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: “Dura é essa palavra. Quem pode suportá-la?”
Sabendo em seu íntimo que os seus discípulos estavam se queixando do que ouviram, Jesus lhes disse: “Isso os escandaliza? Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir para onde estava antes? O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida. Contudo, há alguns de vocês que não crêem”. Pois Jesus sabia desde o princípio quais deles não criam e quem o iria trair. E prosseguiu: “É por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai”.
Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo.
Jesus perguntou aos Doze: “Vocês também não querem ir?”


Interessante notar que a falta de amor a causa, é algo que está bem presente nos dias atuais. A verdade é também que não há causas boas por aí, levanta-se um movimento e é questão de tempo até que algo seja revelado para que se veja a falta de ética ou de moral e outras coisas que faltam nas causas que existem por aí.
Vê-se pessoas tidas como heróis nacionais sendo desmascaradas e revela-se sua face corrupta logo. Vivemos em um tempo em que alguém diz que está em um partido pode incorrer em defender gente culpada, então logo essa mesma pessoa abandona sua integridade, seu modo de agir ou muda de ideologia.
Como exemplo disso notamos os defensores e acusadores de Cuba, ainda mais com a visita da blogueira Yoani Sanchezz, poucos dias atrás. Logo se vê pessoas apontando coisas boas e outras apontando coisas ruins em Cuba, como se viu os ativistas do PT. A política brasileira tem se resumido basicamente a ativistas do PT defendendo suas causas e ideologia e do outro lado os tucanos e seus aliados enviando e recebendo acusações.
A mesma coisa se vê na disputa entre ativistas gays (que querem a todo custo a aprovação da lei contra a homofobia) e Silas Malafaia e seus aliados que não querem que essa lei passe.
No futebol não é diferente, o jogador defende com garra a camisa do time que ele estiver usando, o jogador do Vasco tem seu passe vendido ao Flamengo, passa então  a se dedicar ao Flamengo, ele não se importa com a camisa que ele estiver usando, não há amor à camisa também.
Interessante que a igreja deveria ser diferente, cristãos deveriam defender a bandeira do evangelho a todo custo, mesmo que isso lhes custasse a vida, mas deixemos claro que a bandeira defendida deve ser a do evangelho e não a do pastor e muito menos a da denominação.
Creio que o pior nisso tudo é a variedade de causas que evangélicos defendem e algumas delas são bem estranhas ao evangelho. Defende-se muito a pessoa (pastores e cantores) e pouca defesa se vê da fé em si. Vejo comentários de gente crente (?) que apóia escarnecedores, e continuo a me perguntar: que bandeira essas pessoas estão defendendo?
Jesus esteve disposto a perder todos os discípulos por não modificar a mensagem, por se manter e defender a integridade da mensagem (Jesus perguntou aos Doze: “Vocês também não querem ir?”). Até onde você está disposto a desfazer do que tem (dinheiro, família, conforto, amigos...) para não maculas a mensagem e ser fiel a ela?

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Que oferta?




O interesse pelo dinheiro do pobre tem sido passado de geração à geração das pessoas que estão no poder. Interessante que é o pobre que tem pouco dinheiro mas tem servido às mesas de muitos poderosos.
Na igreja infelizmente não é diferente, houve quem estivesse na liderança e oprimisse os menos favorecidos em troca de se manter no poder e de riqueza, não foram todos, mas foram muitos. Isso não quer dizer obviamente que a religião é má ou que ela deveria ser extirpada do mundo, é a mesma coisa que acabar com a nação porque todos os governantes foram corruptos.
Não se deve julgar a religião pelos líderes maus que ela possui, mas pelo seu conteúdo e também pela sua proposta, se tanto o seu conteúdo (suas exigências) quando suas propostas estiverem levando seus seguidores à prática de injustiça, pode-se dizer que tal religião é má, caso contrário não.
Sendo assim analisemos a religião cristã. Quem foi o seu fundador? Quais os seus princípios? Qual a sua proposta? Creio que sendo eu um cristão eu possa estar sendo parcial e também pelo fato de não ser alguém com um grau tão elevado no que se refere ao nível teológico e minha análise pode não ser tão profunda quanto deveria ou poderia. Sendo assim, o melhor caminho é basear-se na Bíblia, pois um dos princípios da Reforma Protestante é Sola Scriptura. Este princípio diz que só a Bíblia tem a primazia, ou seja, em qualquer questão a Bíblia deve ser consultada, e em qualquer dúvida a ultima palavra é da Bíblia.
A Bíblia apresenta Jesus como a base para todo o cristianismo, sendo assim deve-se perguntar antes de mais nada: Quem foi Jesus? O que ele fez?
O evangelista João diz no final de seu livro que Jesus fez muitas coisas e se fosse para escrever tudo que ele fez não haveria espaço suficiente para os livros que seriam escritos. Sendo assim, é preciso analisar o que ele fez de uma forma geral. Certa vez João Batista enviou discípulos seus para perguntarem a Jesus se ele era mesmo o Cristo que eles estavam esperando ou se eles deveriam esperar outro. A resposta de Jesus foi para eles olharem o que ele estava fazendo: os cegos vêem, os aleijados andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e as boas novas são pregadas aos pobres (Lc 7.22). A atividade de Jesus constituía basicamente de assistência a quem tinha necessidade, assistência de verdade (não confunda com assistencialismo), ele pregava o que as pessoas precisavam ouvir, ele fazia o que era necessário em cada situação, sendo ele o filho de Deus ele tinha uma lista maior de atribuições, como curar doentes e ressuscitar mortos. É verdade que há muitos aí dizendo que fazem essas coisas, mas prefiro tomar Jesus como exemplo porque quando o examinaram para crucificá-lo não acharam nada que o condenasse, diferente de alguns fazedores de milagres modernos.
Além da atitude correta em relação a cada um Jesus ainda era e é o Filho de Deus. Muitos lembram apenas de sua morte usando um crucifixo no pescoço, outros usam apenas por usar sem se dar conta do significado. Mas mesmo os que usam por lembrarem da morte de Jesus se esquecem de olhar para Jesus vivo, o mesmo que andou entre os homens por 30 anos, que teve um ministério de 3 anos baseado na doação de si mesmo. É bom lembrar essas coisas, porque a atitude que Jesus quer de nós ele ensinou enquanto estava vivo e não depois de sua morte.
Qual a oferta então que é aceitável de nossa parte? Jesus quando falou de ser entregue às autoridades e morrer ele foi interrompido por Pedro que disse que morreria por ele, Jesus então condena a atitude de Pedro porque este não tinha entendido o que Jesus queria, sendo assim a pergunta permanece: qual a oferta que devemos dar a Deus? A resposta é: a própria vida em favor de Sua causa. Jesus não queria que Pedro morresse por ele, mas queria que ele desse sua vida pelo povo. Hoje podemos dar nossa vida pelo nosso próximo também, é uma oportunidade que cada um tem, é uma possibilidade que ainda existe.
A doação de si mesmo não deve se resumir a 10% do salário no cofre da igreja, deve ser muito mais, esta oferta não se refere apenas a dinheiro, se refere a entender que nossa vida e tudo que possuímos pertence a Deus e que o mínimo que podemos fazer é tudo que estiver a nosso alcance. Que Deus nos leve a doar cada vez mais do que temos (inclusive tempo).

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Duas Limpezas



João 15.3-4

3 Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado. 4 Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim.

Hoje em dia as coisas estão muito diferentes do que era a 20 anos atrás, se for comparar com a época da onda hippie vão ser notadas muitas outras diferenças. Se for comparar com os tempos em que Jesus estava na terra nem se fala.
A realidade é tão diferente que para ler a bíblia e ter um aprendizado verdadeiro é necessário ter um pouco de conhecimento de contexto, para não falar besteira em uma interpretação literal dos fatos e ensinamentos.
A verdade é que também não podemos jogar a Bíblia de lado como um livro velho e sem utilidade, é preciso reconhecer que conceitos morais como amor, respeito, honestidade, companheirismo e tudo mais que se refira a comunidade se encontram na Bíblia.
Jesus objetivou duas coisas basicamente com seus discípulos e com a comunidade que viria a seguir: novo nascimento e crescimento. É claro que alguém que nasce, se tiver saúde, irá crescer, é por isso que a vida que Jesus oferece é de desenvolvimento.
Usando uma linguagem mais “crente” um pouco eu diria que isso é conversão e santificação. Duas coisas que precisam urgentemente andar juntas.
O objetivo de Jesus para toda pessoa que esta com ele é que essa pessoa dê fruto. Para isso que Jesus (o próprio) concede o Espírito Santo a todo que se aproxima dele. ele ainda diz que só pode dar fruto quem permanece com ele. É como um contrato onde ele tem o compromisso de fazer o melhor dele