sábado, 29 de janeiro de 2011

No Princípio



João 1.1-14
Nós conhecemos Jesus de muitas formas, para uns ele é filho de Zeus que está pronto a castigar qualquer um que erre em algum aspecto da vida, para outros ele é o Silvio Santos dando dinheiro pra todo mundo que é fiel e não pensa muito, quem é Jesus então? Quem está certo? Como podemos saber quem é esse Jesus?
A resposta a última pergunta é a mais fácil de todas, pois a bíblia contém quatro evangelhos falando disso e mais um monte de epístolas que complementam. Sendo assim tudo o que temos que fazer para responder as outras duas perguntas precisamos ler a Bíblia conhecer o verdadeiro Jesus.
O evangelho de João é o que eu mais gosto, a linguagem e o fato de João estar bem velho quando escreveu sempre me chamaram a atenção. Este livro é mais que um evangelho, é o legado de um homem.
João começa diferente, ele começa de cima para baixo, Mateus começa falando da genealogia de Jesus até Abraão, João começa seu evangelho antes da criação (no principio era aquele que é a palavra...). A primeira definição que João dá para Jesus é que Jesus é Deus, o filho de Deus.
Jesus é luz, e não é uma luz qualquer, é uma luz que nos da certeza de onde estamos. Nele não há duvidas. É o caminho certo, é uma luz tão forte que mostra tudo que fazemos. Por isso os homens que praticam obras más não gostam dele, porque suas obras eram más.
Esses foram os que não entenderam quando um homem de aparência não tanto sociável apareceu no deserto anunciando o reino de Deus. Este homem era João Batista, testemunha da luz.
Jesus não é um homem que praticou o bem, Jesus é Deus encarnado (e aquele que é a Palavra tornou-se homem e viveu entre nós...). Interessante notar que na mesma porção que diz que Jesus é Deus diz também que ele viveu entre nós, cremos que Jesus não é um Deus ausente, distante, mas é um Deus que anda conosco, que habita com a gente, e que podemos ver sua glória.

Sentença Falsa e Sentença Verdadeira

João 8.15-18


Os fariseus não conseguem ver além que lhes mostram seus olhos. Para eles o que estava logo adiante não passava de um carpinteiro querendo fazer bagunça, e não o Messias. Eles não viram o sonho realizado, estavam tão cegos pela religiosidade que não conseguiram ver que tudo aquilo de que as profecias falavam era verdade.
A religiosidade os tinha tornado cegos pras coisas que o Espírito Santo estava fazendo na humanidade, os planos que Deus estava concretizando, que eram coisas boas para toda a humanidade. A mentalidade farisaica não podia ver o cumprimento das profecias da maneira correta, eles já não esperavam o messias prometido, mas sim um herói nacional.
Nós podemos estar em lugar dos fariseus também. Cegos pela religiosidade e impedidos de ver o que Deus esta fazendo, de ver que a obra de Deus que tanto esperávamos, sendo realizada. Eu penso que quando Deus inspirou aqueles homens a escrever sobre os fariseus, talvez fosse uma mensagem para muitos de nós cristãos. Nos julgamos conhecedores, nos julgamos bons, nos julgamos os melhores em vários sentidos, e é exatamente de nós que Jesus declara: “vocês julgam por padrões humanos!”
Jesus por outro lado não exclui de seu chamado aos fariseus, ele não sentencia ninguém, seu maior interesse é que as pessoas o sigam. Jesus, ao olhar para os religiosos ele vê neles a necessidade de serem convertidos e viverem de seu amor e compartilharem de sua vida.
Mesmo nós, com todos os nossos pecados, mesmo com todas as nossas falhas, mesmo sendo filhos desobedientes e insensatos como somos, Jesus ainda estende a nós seu convite. É por isso que ele diz: eu não julgo ninguém.
Jesus não julga por si mesmo, quem julga é Deus, a sentença que Jesus profere não é de si mesmo. Assim deve ser aquele que diz seguir a Cristo, não deve tomar independência das coisas, não deve agir como se não dependesse de Deus. Jesus diz: Mesmo que eu julgue, as minhas decisões são verdadeiras, porque não estou sozinho. Eu estou com o Pai, que me enviou.
Suas palavras mostram que mesmo ele que é Filho de Deus se submeteu a autoridade divina, isto é mais que exemplo, é uma ordem e Jesus para cada cristão em todos os tempos.
Jesus estava justificado pelo testemunho do Pai, não porque ele precise de testemunhas, mas porque o Pai, que sempre estava com ele, é uma testemunha em seu favor. Sendo assim, Jesus era comprovadamente o Messias, mesmo na lei judaica estava comprovado a veracidade de seu ministério, pois era necessário o testemunho de duas pessoas, Jesus e o Pai eram testemunhas em seu favor.