Dons Espirituais: Fé

Mark Driscoll
"Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito;" (1 Cor. 12:8-9 NVI)

O Dom Espiritual de Fé Definido
O dom da fé é a capacidade de prever o que precisa ser feito e confiar em Deus para conseguir fazer ainda que pareça impossível para a maioria das pessoas.

Pessoas com o Dom de Fé
Pessoas com o dom da fé confiam em Deus em situações difíceis e até mesmo impossíveis quando outros estão prontos a entregar os pontos. Estas pessoas são freqüentemente visionários que sonham grandes sonhos, oram grandes orações, e tentam grandes coisas para Jesus. Também tendem a ser otimistas, esperançosas, perseverantes, orientadas a mudanças e focadas no futuro. Estas pessoas também tendem a ser muito convincentes quanto à verdade das Escrituras porque elas próprias estão convencidas da verdade e do poder de Deus e da Sua Palavra.

Fé nas Escrituras
Em certo sentido, toda a vida e ministério de Jesus pode ser resumida como uma vida de fé porque ele contínua e perfeitamente confiava em Deus, o Pai, em todas as coisas.
A fé também é ilustrada na vida de Paulo (Atos 27:21-25), Estevão, que estava "cheio de fé" ( Atos 6:5), e a mãe de Jesus, Maria, que confiou que Deus lhe daria um filho apesar dela ser virgem (Lucas 1:26-38). Hebreus 11 também enumera um grande número de fiéis que tinham o dom da fé.

Você tem esse dom?
Aqui vão algumas perguntas para você fazer a si mesmo:

• Você vê os obstáculos como oportunidades e confia em Deus para o impossível? 
• Você se pega freqüentemente gloriando-se do poder de Deus e do que O viu fazer? 
• Você se sente motivado por novos ministérios? 
• Sente-se contrariado por alguém que manifesta a opinião de que algo não pode ser feito ou consumado? 
• É comum outros crentes virem até você em busca de esperança quando se defrontam com uma tentação ou tarefa aparentemente esmagadora? 
• Você tem um ministério de oração eficaz, com muitas respostas maravilhosas à orações que eram impossíveis do ponto de vista humano?

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Nota do Editor: A publicação desta série não implica em plena concordância do site bomcaminho.com com a opinião do autor. Cremos que o assunto é controverso e não dispomos de abundantes informações nas Escrituras, principalmente a respeito das características peculiares de cada dom citado. A série é publicada aqui para reflexão e avaliação inteligente do leitor. "julgai todas as coisas, retende o que é bom;" (1 Ts 5:21 RA)
Fonte: Extraído do site Resurgence

Tradução: Juliano Heyse

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AMIZADE QUE SEPARA

Amizades sempre vêm pra somar, amizades verdadeiras, é claro. Penso que o ser humano como um ser pessoal precisa do próximo, o filme “O Náufrago” mostra que o ser humano não vive sozinho, precisa sempre de companhia de amigos, mesmo que o amigo seja representado por uma bola de vôlei.

O que se pode esperar de toda amizade? Creio que toda em amizade deva se esperar pelo menos a companhia. esta é a melhor coisa que um amigo pode oferecer ao outro.

Com Jesus não é diferente, ele ainda contou tudo que ia fazer aos seus discípulos porque eles eram seus amigos, sendo assim, amizade com Jesus somou-se ao fato de saberem tudo que Deus estava fazendo e que ia fazer naquele contexto, amizade com Jesus ainda hoje vem somada a conhecer a vontade do Pai.

Porém, nem tudo são flores como diz o velho ditado. Quando se tem um amigo, quando uma pessoa alia-se a outra pessoa conseqüentemente deve-se tomar em conta que os inimigos desta pessoa serão considerados teus inimigos também, Jesus diz também que o mundo iria nos odiar, e porque? Por sermos seus amigos, se somos seus amigos...

Sendo assim, a amizade com Jesus constitui-se inimizade com o mundo, da mesma forma conforme Tiago disse em sua epistola toda amizade com o mundo constitui-se inimizade contra Deus.

Mas o que seria o mundo? Quem é esse inimigo de Deus que não somente é inimigo de Deus como também é inimigo de qualquer amigo de Deus?

A palavra grega usada é kosmos, que pode ser traduzida como mundo, mas em sentidos diferentes, mas Jesus usa na maioria das vezes para apontar o sistema injusto de pecado que domina a sociedade e constrói os valores que quiser, a parte de Deus, a parte de seu amor e longe de sua justiça, um mundo perdido em pecado, tão arruinado e depravado quanto possível.

A amizade com Jesus é um amizade que vem pra somar, mas para separar também, para somar com Jesus, a videira verdadeira, que deseja e trabalha pelo bem do homem. Que, além disso, leva seus discípulos a fazerem o mesmo, convence do pecado e leva a uma luta contra o pecado com a mesma intensidade como ele mesmo luta.

Essa amizade leva também a separação, ao rompimento com o sistema injusto, que procura levar seus dominadores a ter mais poder e leva o oprimido a mais opressão. Enquanto aliar-se a Jesus leva e requer importar-se com o próximo, aliar-se com o mundo não requer nada além de acomodar-se ao mundo, assistir sem nada fazer a tudo que este faz, não somente no que se refere ao nível social, como também o religioso.

Este mundo odeia a Jesus, não somente porque Jesus faz o bem, mas porque o bem que Jesus faz denuncia o mal que impera no mundo. As pessoas não vêem e não viram que havia tanta podridão naquele sistema até Jesus surgir fazendo o bem, ensinando as pessoas, curando seus doentes e mostrando como eles poderiam viver de um modo que agrade a Deus, dando uma alternativa àquelas pessoas oprimidas pelo sistema que imperava exatamente porque aquelas pessoas não tinham outra opção senão fazer o que era requerido por aquele sistema.

Os dominadores desejavam e faziam de tudo para não deixarem de serem dominadores, tudo que exigiam das pessoas é que não fizessem nada, deixassem que o sistema continuasse explorando quem ele quisesse. Este é o mundo ao qual Jesus se referia e o mesmo que odiava tanto a Jesus como odeia a seus seguidores.

Mas Jesus age dentro desta situação de exploração, ele não se contenta com a injustiça, ele vai de encontro aos seus, aqueles a quem ele escolheu e os tira do mundo, livra os seus dessa opressão tirando-os de fato do mundo. Ele não se restringe á vontade de que os seus estejam fora do mundo, fora do sistema injusto que causa invalidez, que cega e emudece o homem, ele de fato tira tais pessoas que não tinham compromisso com nada alem da exploração que o mundo faz neles mesmos para que sejam dele, tenham compromisso com ele, deixem de serem explorados. Isso gera um ódio mortal no mundo, esse rompimento que Jesus faz acontecer, essa quebra de “contrato” do homem com o sistema que o explora, isso leva também a uma situação de ódio e inimizade.

Há algo interessante nisso, o ódio do mundo serve de certa forma como medidor para saber em que nível está o comprometimento de alguém tanto com Jesus como com a sua causa.

O que se pode ver é que a amizade com Jesus é uma amizade que separa o homem, separa o homem de tudo aquilo que vem para consumir sua vida, todas as coisas que aparecem causando morte, conseqüentemente com todas as pessoas que estão no mundo e defendem esse sistema de injustiça.

Mas também é uma amizade que vem para somar, somar com aquele que é nada menos que o criador de todas as coisas que existe, não somente criador, mas mantenedor também. Alguém cujo interesse e realização de planos está no bem do homem, um bem que está acima de todas as coisas, como a bíblia diz: as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, pode-se ver então que há uma medida certa pra a ação de Deus, uma medida que não nos deixa perecer e é suficiente para todos os dias.

Que Deus nos leve a não somente ver mas entender quão bom é ser amigo de Jesus e a que isso nos leva.

Amigos, amigos...

Na vida há algumas coisas importantes, uma delas são as amizades. Penso que é bom ter amigos, é bom ser notado e há gente que faz de tudo pra isso, amigos são pessoas que nos ajudam a ser nós mesmos, nos ajudam a melhorar quem somos.

Sendo assim, a amizade na vida tem esse objetivo, nos ajudar de forma a nos tornar melhores, de forma a nos levar a fazer isso com o amigo também, uma ajuda mútua com o fim de que ambos sejam melhores.

Li uma frase certa vez que dizia assim: “pessoas precisam de pessoas para serem pessoas”. Esta frase é muito verdadeira e digo mais: ninguém sobrevive sozinho. Amizade de verdade é despretensiosa, tem a exigência da companhia apenas, tem a recompensa da companhia também, por que não?

É interessante observar que é algo cada vez mais difícil, pessoas serem amigas umas das outras por muito tempo, creio que uma das razões é devido ao fato de que tem se buscado cada vez mais nas amizades um interesse que a amizade verdadeira não se propõe a saciar. Status social, financeiro, religioso, musical, nenhuma dessas coisas deveriam ter qualquer influência no sentido de desfazer amizades, e não tem, não na amizade verdadeira.

Lembro de uma musica de Simon & Garfunkel chamada Old Friends/Bookends, aproveito a oportunidade de citar a letra dessa música e abaixo o vídeo da mesma.

Old Friends/Bookends

Simon & Garfunkel

Velhos amigos

Velhos amigos

Sentavam-se em seu banco de praça como num final de livro

Um jornal voando pela grama

Cai nas pontas arredondadas

Dos sapatos caros

Dos velhos amigos

Velhos amigos

O inverno acompanha os velhos

Perdidos em seus sobretudos

Esperando pelo pôr-do-sol

Os sons da cidade trespassando as árvores

Pousando como poeira

Nos ombros dos velhos amigos

Você pode nos imaginar daqui a anos

Dividindo um banco de praça tacitamente?

Qual terrivelmente estranho ser septuagenário...

Velhos amigos

Movem-se juntos pelos mesmos anos

Compartilhando em silêncio o mesmo medo

(Interlúdio)

Uma época foi-se

Foi-se uma época

Uma época de inocência

Uma época de confiança

Deve ter sido há muito tempo

Eu guardo uma foto

Preserve suas memórias

Elas são tudo o que sobra de você

Um Amor de Mandamento

João 15.15-17

Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome. Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros.

Anteriormente Jesus disse para amar uns aos outros com um amor que ninguém pode possuir, amor ao ponto de dar a própria vida em favor dos amigos, Jesus também diz que a forma de sermos seus amigos é sendo obedientes aos seus mandamentos, obediência vinda como resultado da permanência com ele (na videira).

Agora Jesus lança uma novidade para seus discípulos, o fato de que eles não são chamados mais de servos, mas de amigos, mas o que isso quer dizer?

Bem, o servo não sabe o que o seu senhor faz. Quando alguém tem um empregado, não tem obrigação de dar satisfação ao empregado: se ele vai sair, para onde ele vai, o que vai fazer, quem vai encontrar, o que vai dizer. Nenhuma dessas coisas compete ao servo saber, não interessa e não deve interessar. Isso dizendo a partir da perspectiva de um empregado, um escravo pode até sofrer umas chicotadas se ficar se metendo na vida de seu senhor. Baseado nisso que Jesus diz que não chama seus discípulos de servos.

Jesus então acha outra classificação para seus discípulos, outra forma de chamá-los, ele passa agora a chamá-los de amigos. Essa forma de chamar seus discípulos traz algumas implicações.

1.     Está estabelecida a forma como funcionará a relação entre Jesus e seus discípulos, a amizade é a forma de entender a relação entre Jesus e seus discípulos, não somente aqueles ali mas todos os próximos que vierem a se agregar ao grupo.

2.     Há agora igualdade, sendo considerados amigos não há então entre eles maior ou menor, mas todos participam e todos são beneficiados

3.     Essa amizade é baseada na integração de todos.

4.     Eles agora saberiam, tinham acesso ao que Deus quer, ao que Deus diz, a todas as coisas que Deus diz.

Jesus também chama seus discípulos de amigos e não de servos porque eles não são mais somente discípulos, agora há outro nível de relacionamento, eles já passaram o período inicial de discipulado, agora são amigos também. A missão agora tem a mesma importância pra eles e para Jesus, eles não são apenas pessoas sob ordens, são cooperadores na missão de Jesus, suas vidas estão em jogo na mesma proporção que a de Jesus.

Amigos de verdade não pedem pra ajudar, eles simplesmente ajudam e não só isso, eles ajudam como se o projeto fosse deles desde o inicio, compram a briga mesmo, tem os mesmos amigos e os mesmos inimigos, tem a mesma missão.

Todo relacionamento é baseado em exigência e recompensa, este aspecto não é diferente no relacionamento com Deus, a diferença está no fato de que Deus nos leva a cumprir com as exigências propostas.

Há uma recompensa interessante de ser amigo de Jesus, que é o fato de que sempre, teremos tudo que pedirmos em nome de Jesus, de acordo com a vontade de Deus (no tempo certo, da forma correta, com a perseverança apropriada), isso é muito bom de saber, todo cristão vive uma vida de sofrimento, não é fácil seguir a Cristo e isso de forma profunda, ser um cristão a nível profundo e verdadeiro não é fácil, há muita coisa pra viver e fazer, há muita coisa que é necessária nessa vida, é uma bandeira a ser sustentada que não é fácil, mas não é ruim.

Exatamente devido a essa dificuldade que é uma recompensa saber que Deus está ao nosso lado e que o próprio Jesus faz companhia a quem se torna seu amigo, e principalmente pelo fato de que foi ele que escolheu quem ele queria que fosse seu amigo, essa é inteiramente uma responsabilidade que ele assumiu.

Falando em assumir responsabilidade, há também a responsabilidade que todo crente assume quando passa a ser crente, que é o fruto que obrigatoriamente o discípulo de Cristo tem que produzir, Jesus fala da recompensa antes de falar da exigência, mas por que? Seria uma pegadinha, ele estaria mostrando coisas boas pra depois surpreender com as ruins? Um fato precisa ser observado pra que uma conclusão seja tirada.

A exigência será cumprida se a recompensa for cumprida antes, ou seja, o que Deus quer pode ser feito se Jesus permanecer com os discípulos, se Jesus mantiver essa amizade, o amor de uns para com os outros é possibilitado.

Ele inclusive termina falando sobre esse amor, sobre o fato de que os discípulos precisam ter esse amor uns pelos outros e mais do que isso, precisam por em prática esse amor uns pelos outros. O amor uns pelos outros é então o mandamento, anteriormente Jesus dissera aos discípulos que eles seriam seus amigos se fizessem o que ele lhes ordena, é então revelado o que ele lhes ordena: que amem uns aos outros.