quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A morte que ameaça



João 8.21-24
21 Mais uma vez, Jesus lhes disse: “Eu vou embora, e vocês procurarão por mim, e morrerão em seus pecados. Para onde vou, vocês não podem ir”.
22 Isso levou os judeus a perguntarem: “Será que ele irá matar-se? Será por isso que ele diz: ‘Para onde vou, vocês não podem ir’?”
23 Mas ele continuou: “Vocês são daqui de baixo; eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo; eu não sou deste mundo. 24 Eu lhes disse que vocês morrerão em seus pecados. Se vocês não crerem que Eu Sou, de fato morrerão em seus pecados”. (NVI)

Jesus acabou de combater as idéias religiosas que o classificavam como falso profeta e impostor, ele tinha ido contra os fariseus e afirmado sua legitimidade como Filho de Deus. Jesus está no mesmo lugar ainda, com uma ênfase diferente, ele pretende falar de outras coisas agora.
Jesus anuncia sua partida, porém há o acréscimo de sua advertência contra a atitude dos fariseus em querer mata-lo. Jesus aponta para o paradoxo que pairava na atitude dos seus adversários, eles queriam matar aquele que tem o dom da vida, matar Jesus era justamente o que causaria sua morte. Interessante que a atitude deles em tirar a vida de Jesus era o que iria causar justamente a sua morte. O dono de toda a vida poderia lhes doar vida, porém, quando eles se levantam para tirar-lhe a vida, é sua própria vida que estão tirando.
Ele entregará sua vida quando chegar a hora, a sua hora, sua morte será dolorosa a um ponto insuportável para qualquer ser humano, por isso que ele diz: “Para onde vou, vocês não podem ir!”
Os fariseus, que queriam a morte de Jesus, fazem um comentário recheado de ironia, eles pensam que Jesus irá se suicidar, eles não param de pensar na morte de Jesus. Sua ira contra ele é tão grande que eles não vêem outra solução que não seja sua morte.
A afirmação de Jesus põe os fariseus em seu devido lugar. Ele mostrou porque eles não poderiam compreendê-lo e tampouco se colocar no mesmo nível que ele. Eles não eram dignos de Jesus, nem ao menos poderiam se por a discutir com Jesus, mesmo seu mais sublime pensamento ainda seria terreno, Jesus por outro lado é o filho de Deus, não ha comparação sadia entre uns e outros.
Jesus, portanto, não necessitava de respondê-los ou de ficar a discutir com eles.
Isso nos mostra uma realidade contemporânea e importante para nós. Nós muitas vezes nos colocamos a discutir com Deus, pensamos coisas como: porque Deus faz as coisas assim? Por que minha vida não está melhor? Por que Deus não faz isso ou aquilo por mim? Interessante que nossas questões são geralmente centradas em nós ou em coisas que nos beneficiam. Deus, porém não é deste mundo, ele não é daqui de baixo e tem preocupações maiores do que ficar a nos agradar.
É precisamente isso que Jesus esta dizendo aos fariseus, eles tinham sua atenção centrada nas coisas aqui da terra, como o que comer, ou em que dia trabalhar, Jesus tem sua atenção nas coisas do alto, ele tem preocupações maiores que nós e expõe este fato aos fariseus.
Jesus repete o aviso dado anteriormente aos religiosos, opor-se a ele iria conseqüente e rapidamente levá-los a morrer em seus pecados, eles estavam entrando por uma porta que não tinha volta, era necessário que eles se arrependessem desse caminho, pois era um caminho sem volta. A situação deles não era final ainda, eles poderiam simplesmente voltar atrás. Crer em quem é Jesus não somente os livraria da morte, como também lhes daria a vida eterna.
A realidade nossa não é tão diferente da realidade dos fariseus, temos Jesus bem perto, no entanto, não o reconhecemos e nem o respeitamos como Deus que ele é. Porém, Jesus nos alerta através do tempo, pois o que ele disse a 2 mil anos é valido para nós, morreremos em nossos pecados se não crermos que ele é quem ele é.
Não podemos nos igualar a ele, ele é lá do alto, não é deste mundo, sua mentalidade ultrapassa a nossa em larga escala. Sendo assim, o que nos resta é crer nele.

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