por John Piper
Esta passagem nos dá cinco diretrizes para a oração, as
quais precisamos ouvir.
Primeira:
“Perseverai na oração”.
Existe muito poder a ser desfrutado em perseverarmos na
oração. Não esqueçam o amigo inoportuno de Lucas 11.8: “Digo-vos que, se não se
levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da
importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade”; e não esqueçam a
parábola que Jesus contou “sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer”. A
perseverança é o grande teste de genuinidade da vida cristã. Louvo a Deus pelos
crentes que têm perseverado em oração durante sessenta, setenta ou oitenta
anos! Oh! que sejamos um povo de oração e que este ano — e todos os nossos anos
— seja saturado com orações ao Senhor de todo o poder e de todo o bem. Será bom
dizermos no final da vida: “Completei a carreira, guardei a fé”, por meio da
oração.
Segunda:
“Vigiai na oração”.
Isto significa: “Esteja alerta!” Esteja mentalmente
desperto. Talvez o apóstolo Paulo tenha aprendido isto do que aconteceu no
Getsêmani. Jesus pediu aos discípulos que orassem, mas os encontrou dormindo.
Ele disse a Pedro: “Não pudeste vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para que
não entreis em tentação” (Mc 14.37,38).
Precisamos estar em vigilância enquanto oramos — em
vigilância contra as vagueações de nossa mente, contra as vãs repetições,
contra expressões vulgares e sem sentido, contra desejos restritos e egoístas.
Também devemos vigiar por aquilo que é bom. Devemos estar especialmente alerta
quanto à orientação de Deus, nas Escrituras, para as nossas súplicas. É Deus
quem opera em nós a vontade de orar, mas sempre experimentamos esta capacitação
divina como nossa própria atitude e resolução.
Terceira:
Seja agradecido em todas as orações.
São admiráveis os relatos do que Deus tem feito na vida de
muitos crentes, por meio da oração. Tais relatos me têm estimulado a persistir
em oração com ações de graças. Compartilhe com os outros estas boas coisas.
Quarta:
Peça que se abra uma porta à pregação da Palavra, na sua vida.
Em dois sentidos:
1. Que, semana após semana, haja corações abertos e
receptivos em sua igreja;
2. Que seus vizinhos se mostrem receptivos ao evangelho,
enquanto você o anuncia. “Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira,
vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o
coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16.14). Isto é o que
desejamos aconteça nos domingos e durante a semana.
Quinta:
Ore pelos pregadores de nossa pátria, para que eles apresentem com clareza o
mistério de Cristo.
“Grande é o mistério da piedade” (1Tm 3.16). Oh! que chamada
para o proclamarmos! Eu amo o ministério de pregador! Embora, não esteja a
altura dele. Eu e todos os pregadores, pastores, necessitamos de oração — para
que entendamos o mistério de Cristo, escolhamos os textos necessários,
preguemos no poder do Espírito Santo, falemos a verdade em amor. Sem Cristo,
nada podemos fazer.
Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John
Piper
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